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As Notas de Julius 2024/25 (20)

Julius Coelho, em 11.12.24

Nesta rubrica, o leitor tem a oportunidade de apreciar - e se entender, criticar as notas (0-6) que eu atribuí aos jogadores do Sporting CP e a outros intervenientes do jogo com o CLUBE BRUGGE jornada nº 6 da LIGA DOS CAMPEÕES, que resultou numa derrota por 2-1Golo de Geny Catamo 3'.

DAR AS NOZES A QUEM NÃO TEM DENTES

Já é 4ª derrota consecutiva deste novo Sporting de João Pereira, uma face do leão até então desconhecida, irreconhecível, uma diferença abismal se compararmos o volume ofensivo de algumas semanas atrás, em que o único problema era o desperdício e agora mal cria oportunidades de golo. Uma entrada que até foi forte e que expôs as fragilidades do campeão belga, colocando-o logo em sentido com o golo a abrir do jovem moçambicano Geny Catamo (3'), mas mais uma vez a equipa consentiu uma reviravolta surpreendente no marcador, sofrendo 2 golos surgidos do nada que ressuscitaram um adversário que parecia ter que se resignar ao destino da lei do mais forte. Muito contribuiu uma arbitragem tendenciosa e estranha, que não expulsou com cartão vermelho directo um jogador da casa, por clara agressão ao Eduardo Quaresma, mas também por um treinador que mostrou medo de perder e que por isso não soube ajudar a equipa a partir do banco, (só fez 3 substituições muito discutíveis), colocou sempre pouca gente nas zonas de finalização e não soube organizar a defesa que voltou a oscilar, mostrando insegurança, expondo-se aos erros individuais que originaram os golos do Brugge. 

Screenshot (32).png

DESTAQUE - VIKTOR GYOKERES - 3 - Foi competente na maioria das suas acções, travou luta de massacre mutuo com os defesas belgas, foi forte no apoio, como prova a assistência no lance do golo do Sporting, mas perto da baliza as coisas não lhe estão a sair como antes.

FRANCO ISRAEL - 3 - Não teve culpa nos golos sofridos, mas nota-se mais inseguro e com necessidade de falar muito mais com os colegas da frente, ajudando-os a corrigir posições.

GENY CATAMO - 3 - Esteve envolvido nos melhores lances de ataque e apareceu no sitio certo para fazer o golo, numa recarga, depois do uruguaio Maxi ter acertado com a bola no poste.

EDUARDO QUARESMA - 3 - Está com malapata, directo a titular logo após curada a sua lesão ao tornozelo e sofre uma violenta e dolorosa agressão de uma adversário, que quase lhe arrancava a cabeça à cabeçada e com o cotovelo em riste. Estava a ser o melhor elemento da equipa, correndo o campo todo, atrelando a equipa na cauda de um leão em fúria. Mal orientado na área viu uma bola ressaltar-lhe no pé e entrar na baliza no golo do empate belga, mas deixou tudo em campo, a pele, suor, dor, lágrimas, sangue e ... um grande grito de revolta!

OUSMANE DIOMANDE - 3 - Na falta de treinador, é o capitão dinamarquês Hjulmand que passou a orienta-lo, no timing de saída, na distancia das linhas da frente  e no momento de iniciar a construção. Tudo isso as câmaras mostraram. Não surpreende por isso a falta de organização na defesa e que o deixa à deriva nas decisões. É um jovem de muito valor, sempre muito disponível mas que necessita ainda de ser ajudado durante o jogo. Esteve melhor que nos jogos anteriores.

MATHEUS REIS - 2.5 - Atento nas dobras em que esteve bem, atento para as segundas bolas que raramente levou a melhor. Exibição sofrível de muita correria e desgaste, mas faltou  mais cabeça e tranquilidade na decisão.

GEOVANY QUENDA - 2.5 - Voltou a exibir-se abaixo do que mostrou há semanas atrás. Mais assertivo no passe, esteve forte nos espaços curtos, mas faltou-lhe mais velocidade de execução. O que fazia antes de olhos fechados, agora tem que procurar os novos caminhos para os seus lances.

MORTEN HJULMAND - 3 - O elemento mais regular nos 90', cumpriu a sua parte numa exibição positiva, mas sem registos de lances que fizessem a diferença. Tentou pautar a equipa no timing de jogo do Rúben Amorim, mas as alterações actuais provocam diferenças inultrapassáveis, com as ligações a serem empurradas mais pelo exterior, limitando as ideias e a criatividade do ataque, por tudo isso percebe-se a ausência de oportunidades de golo.

JOÃO SIMÕES - 2.5 - O jovem não comprometeu mas também não entusiasmou, correu muito mas sem grandes resultados práticos, limitando o ataque pela lentidão e muitos passes para trás (o medo de falhar). 

FRANCISCO TRINCÃO - 2 - Baixou drasticamente a sua forma, perdendo confiança em cada lance, parecendo mais o Trincão descrente e esforçado no após regresso de Barcelona. Necessita urgente de uma nova injecção de ânimo, de alegria pelo jogo.

JEREMIAH ST. JUSTE - 1 - Entrou para o lugar do Quaresma e a equipa perdeu bastante com a substituição. Apático e errático por não ler bem os lances e o jogo. No lance do 2-1 cometeu erro infantil por tremenda falta de concentração à linha do fora de jogo.

RICARDO ESGAIO - 1 - Sem ritmo competitivo apresentou-se muito fora do jogo, pouca reacção e sem a velocidade mínima, baralhou-se todo numa missão arcaica que ninguém entendeu. Apareceu na parte final como extremo e ponta de lança? Muitas culpas no 2-1, acompanhou o adversário e depois desistiu no momento que ele se desmarcou e se isolou para o golo, tentou emendar o erro mas sem velocidade ficou impossível. 

CONRAD HARDER - 2 - Uma entrada de todo muito tardia, não se compreende o 2-1 ter acontecido aos 82' e só ter entrado aos 87'. Devia ter sido chamado logo no inicio da 2ª parte, até como mensagem clara para a equipa e para o adversário, de que o Sporting estava ali para levar os 3 pontos da vitória. Ainda conseguiu agitar o jogo nos derraeiros instantes finais da partida.

JOÃO PEREIRA - 1 - Uma noite em que mereceu a nota ZERO pela incompetência. Quem mostra medo de perder  acaba perder e não pode ser treinador do Sporting. Foi incapaz de dar seguimento à boa entrada da equipa no jogo e não soube como protege-la depois do 1-0, orienta-la para uma vitória perante um adversário claramente inferior. Mostrou medo na 2ª parte, sem a leitura dos sinais que o jogo deu e lhe pedia, jogou claramente para o empate (1-1) quando só faz 3 substituições (uma forçada) mete o Esgaio para segurar o resultado? E deixa no banco o Harder e o Marcus Edwards. Depois, o mesmo discurso, quando diz que 4 derrotas não abalam a equipa, não pode ser de um treinador de equipa grande, habituada a ganhar em quase todos os jogos. Sem um grito de revolta, vai ser complicado a equipa sair deste colete de forças em que caiu.

NICKY HAYEN - 3 - As ofertas natalícias do leão continuam, um leão deveras solidário com as equipas de menor dimensão, dando-lhes numa bandeja o grande palco da fama. O Brugge aproveitou as ofertas. Ficava dificil de imaginar que conseguiria ter os mesmo pontos de um Sporting que foi sensação na Europa e no Mundo. Mas não foi só o Sporting, os árbitros e VAR também decidiram participar nessa solidariedade.

ANTHONY TAYLOR (Árbitro - Inglês) - 2 - O arrogante árbitro inglês apitou claramente inclinado para o clube da casa, nas divididas os de Lisboa eram sempre os mais castigados e sem piedade. Uma agressão violentíssima mesmo nas suas barbas (nem precisava de VAR) limpou-a com um amarelo, decisão que pode ter tido enorme influência no resultado final.

PETER BANKS (VAR - Inglês) - ZERO - Reverteu a grande penalidade que aos olhos de todos, juravam que foi dentro da area e não foram vistas quaisquer imagens que comprovem que foi fora. O VAR serve para repor a verdade dos lances que o árbitro erra, incompreensível não ter chamado o colega de campo, para rever as imagens que comprovam a violenta agressão ao Eduardo Quaresma. Estes ingleses sabem-na toda, a luta para os lugares cimeiros da classificação está no seu auge, e á que dar uma ajudinhas as equipas inglesas.

publicado às 05:45

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81 comentários

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De Leão do Norte a 11.12.2024 às 08:52

Bom dia amigo Julius,

A espiral negativa continua e, se nada for feito, vai continuar.
Ontem foi o pior jogo do treinador. Independentemente da vergonhosa actuação do árbitro e do VAR, ele condicionou a equipa em quase todos os sentidos. Um medo cénico de perder (aos 81 min, com 1-1, substitui o Maxi pelo Esgaio? O Harder só aos 87 min?), uma incapacidade de estimular e orientar a equipa. Que palestra deu ele ao intervalo que a equipa regressou para a segunda parte bem diferente, para pior?
Nos jogos anteriores chamei à responsabilidade outros intervenientes, mas ontem a prestação do João Pereira foi de tal forma condicionante que limitou o esforço de todos.
Continuo a achar que vários jogadores podem dar mais, mas ontem verifiquei que, mesmo dando mais, há um "travão" que bloqueia a prestação global da equipa.

E o discurso?
É inenarrável. Deprimente para alguém que é uma das vozes do Sporting.
Se alguém que trabalha comigo dissesse que uma sucessão de insucessos nos coloca a um passo do sucesso, não voltava no dia seguinte!

Não quero ver o Sporting gerido de fora para dentro, mas confio que quem está dentro assume essa gestão.
É o momento de colocar o Sporting em primeiro lugar. A catástrofe está em ritmo acelerado. Solidariedades e amizades não podem condicionar comportamentos. Nem há que ter "medo" de assumir erros.
Uma fuga para a frente vai levar tudo e todos ao precipício!
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De Iorda9 a 11.12.2024 às 10:06

Tem toda a razão.

Primeiro está o Sporting e só depois o presidente.

Varandas tem que assumir que errou ao apostar com tudo em JP e pensar noutra solução.

O importante é voltarmos a ganhar, o resto é secundário
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De Julius Coelho a 11.12.2024 às 11:21

Duvido que assuma, a teimosia e o orgulho ferido de quem se atirou de cabeça sem ter primeiro feito as respectivas avaliações fragilizam-no.

O problema é que faz 3 semanas que havia facilidade de conseguir treinadores quererem agarrar uma equipa sensação por toda a Europa e assim nesta queda e destruição vai ficar mais difícil convencer alguém.
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De enterra a 11.12.2024 às 13:04

Não acredito que há 3 semanas, seria mais fácil encontrar um treinador que aceitasse o lugar, porque na altura, com a equipa no seu ponto mais alto, não teria razões para alterar o quer que fosse. Agora, que a equipa está na mó de baixo, ninguém lhe apontará o dedo se alterar a estratégia da equipa.
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De Julius Coelho a 11.12.2024 às 13:44

Mas corre o risco de ser comparado ao JP se falhar.

O Sporting de hoje já paga valores muito atrativos e pegar numa equipa que estava no topo era um palco que qualquer um gostaria de ter.
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De Julius Coelho a 11.12.2024 às 11:05

Bom dia amigo Leão do Norte

tem assistido que evito carregar diretamente em cima de quem decide, corre nas redes sociais a frase do presidente que o clube não é gerido de fora para dentro, aí esteve ao nível do discurso pobre do treinador, palavras de ocasião que são repetidas por todos os presidentes de clubes do Mundo, que tem isso de novidade quando até os presidentes dos clubes das distritais dizem esse tipo de frases quando se sentem apertados? Todos sem exceção. Algum algum dia veio dizer que aceita que pode ser gerido de fora para dentro?

Quanto ao jogo doeu aos adeptos principalmente a falta de coragem do treinador na segunda parte, por volta dos 60' o jogo dava sinais claros da necessidade de mexer na equipa, fazer entrar o Edwards que já com a defesa do Brugge mais desgastada poderia ser uma solução que deveria ter tentado, mas optou por segurar-se no empate do 1-1 levando a equipa a entrar numa nova realidade que de todo não estava habituada, isso é limitar-lhes a ambição e entrarem eles também no medo de perderem, o que acabou por acontecer e sem surpresa.

Amigo claro que podem dar mais, fizeram-no semanas a fio, mas para isso necessitam de orientação conveniente no jogo, de um treinador arrojado que tenha bases solidas nas suas ideias.

E as lesões musculares a chegarem de enxurrada, analisem os motivos, provavelmente ainda vão acontecer mais, quando os jogadores sentem eles mesmo a necessidade que querer fazer tudo sozinhos, entrando em desgaste desnecessário, fica meio caminho andado, principalmente numa altura em que se joga de 3 em dias.

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