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Ser Sporting não se implora, não se ensina, não se espera, somente se vive... ou não.
Nesta rubrica, o leitor tem a oportunidade de apreciar - e se entender, criticar as notas (0-6) que eu atribuí aos jogadores do SPORTING CP e a outros intervenientes do jogo com o SL BENFICA da Final Four da Taça da Liga que resultou num empate 1-1 no final dos 90'. Golo de Viktor Gyokeres 43' (Penálti), com o Benfica a sair vencedor na decisão das grandes penalidades por 7-6. Golos de Gyokeres, Hjulmand, Harder, Maxi, Debast e Quenda.
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NOTA: Dado que eu viajo esta manhã, não me vai ser possível responder aos comentários. Contudo, não deixa de ser uma oportunidade para debate e troca de impressões entre os leitores.
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UM LEÃO MUITO DESFALCADO SÓ CEDEU NOS PENÁLTIS
Final num derby muito equilibrada que só foi resolvido nos penáltis. O Sporting apresentou em Leiria uma equipa muito desfalcada de algumas peças nucleares do meio campo (um onze inicial com 2 jogadores com 17 anos) mas que mostraram a força do grande leão campeão nacional contra o rival, que jogou na sua máxima força e que só levou a Taça na lotaria das grandes penalidades. Um jogo que teve um início alucinante de parada e resposta, de cortar a respiração a todos os que assistiam no estádio e em frente ao pequeno ecrã. As águias chegaram primeiro ao golo 29', mas o inevitável Gyokeres empatou em cima do intervalo 43', de penálti, fechando uma grande 1ª parte de futebol bem jogada tecnicamente e com intensidade no limite. No 2º tempo o ritmo diminuiu, muito provocado pelo desgaste em ambas as equipas, com o Sporting a mostrar mais capacidade de chegar à área adversária, mas o resultado não se alterou. Nos penáltis todos marcaram, até que Trincão com um remate fraco e denunciado permitiu a defesa do Turbin que resolveu a contenda.
DESTAQUE - MORTEN HJULMAND - 6 - Exibição completa e exemplar do rei do meio campo, de encher o olho. Correu kilómetros, cortando inúmeros lances ao ataque adversário e lançando vários contra-ataques, apareceu também a desequilibrar na linha da frente para decidir o ultimo passe da construção e ainda se deu ao sacrifício para segurar o Geny e o Trincão que passam uma fase dificil, de enorme desgaste. Nos penáltis marcou.
FRANCO ISRAEL - 4 - Esteve sempre bem nos lances em que interveio, brilhou com 2 defesas difíceis a remates do Di Maria. Nos penáltis, quase que consegue parar o remate do Renato Sanches.
EDUARDO QUARESMA - 3.5 - No geral fez uma boa 1ª parte, mas as pilhas duraram pouco. Foi lento a responder ao drible do Schjelderup (faltou apoio dos colegas na dobra) no lance do golo do Benfica. Teve oportunidade de ouro para empatar (precisa treinar a definição do remate) após grande passe em profundidade do Diomande.
OUSMANE DIOMANDE - 4 - Um única falha, distraiu-se um segundo ao não fazer a dobra que se exigia e que foi fatal, resultando no golo do Benfica, não leu o lance protagonizado pelo jovem avançado norueguês quando driblou o Quaresma para dentro. Imperial no jogo aéreo e intratável na marcação aos ponta de lança que o Bruno Lage foi lançando no jogo. Com um tremendo lançamento, isolou o Quaresma na cara do golo.
JEREMIAH ST. JUSTE - 4 - Uma prestação muito positiva e eficaz, com uma melhor orientação das suas tarefas, evitando acções em que se sente menos confortável, como o passe entre linhas. Evoluiu na leitura dos espaços entre si e os colegas do lado e o das suas costas.
MAXIMILIANO ARAUJO - 4.5 - Uma das melhores partidas de leão ao peito, autenticamente levou a equipa às costas em todo o tempo de jogo, saindo a jogar em condução, ajudando a disfarçar as dificuldades dos colegas do centro da defesa a sair a jogar e ainda ganhou o penálti para o Gyokeres fazer o empate. Nos Penáltis fez golo.
JOÃO SIMÕES - 3 - Não se pode pedir mais a um jovem que acaba de fazer 18 anos e que actua numa zona do campo de grande exigência, saiu-se sempre bem nas tarefas de redução do espaço nas transições do adversário e depois no apoio das linhas da frente da equipa, unindo-as para poderem construir. Quando o jogo lhe pediu a criatividade, notou-se ainda a falta de andamento.
GENY CATAMO - 2.5 - Exibição muito apática, passando ao lado do jogo na maior parte do tempo. Está a passar uma fase notória de menor fulgor fisico.
FRANCISCO TRINCÃO - 3 - Salva-se no limite da nota positiva, principalmente pelos raids que fez na ajuda da defesa, acompanhando em velocidade o adversário do lado esquerdo do ataque encarnado, não o deixando "llegar" com espaço para provocar desequilíbrios. Na sua principal função, o de criar, esteve apagado, muito esgotado implora por descanso. Nos penáltis foi o único que falhou, partiu para a bola derrotado sem convicção, rematando fraco e denunciado.
GEOVANY QUENDA - 4.5 - Está a subir de novo de produção, melhor fisicamente e com a mente forte e convicto no que tinha que fazer, foi um diabo à solta no meio dos adversários. Por duas vezes teve o golo nos pés e quando definir melhor o remate e calibrar o último passe, será um craque de craveira mundial. Nos penáltis fez golo.
VIKTOR GYOKERES - 4 - É o verdugo dos rivais, somando mais um golo. Voltou a travar tremenda batalha com toda a defesa encarnada que se acudiam uns aos outros com duplas e triplas dobras para o conseguirem parar. Nos penáltis também fez golo.
IVÁN FRESNEDA - 3.5 - Entrou bem no jogo, trazendo de volta à equipa a velocidade e intensidade. A exemplo do ultimo jogo, mostrou que é opção muito válida e que acrescenta à equipa.
CONRAD HARDER - 2 - Entrou com tudo e com muita vontade de vencer, de ajudar a equipa, entregando-se de corpo e alma aos lances, pena que tenha acertado em nenhum. Tem que aprender a ler o jogo, não entrar na precipitação e levantar a cabeça, se o tem feito teria provocado problemas mais sérios à defesa encarnada. Um puro diamante para o Rui Borges poder lapidar. Nos penáltis fez golo.
ZENO DEBAST - 2 - Entrou com missão menos confortável, mais avançada no terreno onde se notou que lhe falta treinar um melhor entrosamento. Nos penáltis fez golo.
RUI BORGES - 5.5 - Ficou ontem mais uma vez claro que já recuperou totalmente a equipa do trauma (Rubén Amorim/João Pereira). Deixou água na boca aos adeptos do Sporting, o que pode vir a fazer esta equipa quando estiver de novo na sua máxima força, com o regresso dos muitos lesionados. Apresentou-se com uma equipa de recurso, com elementos muito desgastados, a necessitarem urgentemente de descanso e sem um banco à altura para os ajudar na rotação. Teve as melhores oportunidades do jogo e com alguns momentos de muito bom futebol, contra um Benfica na sua máxima força, só vacilou na decisão dos penáltis, falharam um.
BRUNO LAGE - 5 - Se é isto o que a sua equipa consegue fazer de melhor, quando na sua máxima força, pareceu muito pouco contra um Sporting muito desfalcado de elementos nucleares no seu meio campo que completam uma ligação de movimentos e acções que fazem criar um carrossel diabólico para qualquer adversário. Nunca foram superiores em nenhum momento do jogo e ainda viram o adversário ter as melhores oportunidades. Foram sim mais eficazes, nos penáltis da decisão, marcaram todos e o Sporting falhou um.
JOÃO PINHEIRO (Árbitro) - 4 - Tentou gerir o jogo com a isenção nas decisões das faltas, mas nem sempre o conseguiu. No geral nas contas finais, dos prós e contras, reconhece-se que teve actuação positiva e equilibrada. Foi peremptório a assinalar a grande penalidade sobre o Maxi Araujo.
LUÍS GODINHO (VAR) - 4 - Ao mesmo nível positivo do seu colega de campo. Confirmou com acerto a grande penalidade.
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