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Ser Sporting não se implora, não se ensina, não se espera, somente se vive... ou não.
Nesta rubrica, o leitor tem a oportunidade de apreciar - e se entender, criticar as notas (0-6) que eu atribuí aos jogadores do Sporting CP e a outros intervenientes do jogo com o RB LEIPZIG, jornada nº 7 da LIGA DOS CAMPEÕES, que resultou numa derrota por 2-1. Golo de Viktor Gyokeres 75'.
UM LEÃO SEM AS GARRAS AFIADAS ADIOU O APURAMENTO
Os leões mereciam outro resultado pelo que fizeram na segunda parte em que foram claramente superiores à equipa alemã, empurrando-os para trás, silenciando o Red Bull Arena durante largos minutos, terminando com mais bola e mais oportunidades de golo, mas acabaram por pagar muito bem caro a desinspiração ofensiva e os vários erros (grosseiros) individuais da defesa. Depois de uma 1ª parte muito oferecida, com a equipa muito macia nos duelos e com dificuldades em fechar os espaços no meio campo, apresentou-se após o intervalo mais concentrada e decidida a tomar a iniciativa do jogo. Com a entrada do trio (Gyokeres, Bragança e Morita ) chegaram já sem surpresa ao empate e quando parecia que ia a caminho da remontada, Esgaio (como é que ainda é opção?) deitou tudo a perder, outro golo sofrido muito consentido, de forma caricata, aos trambolhões. No derradeiro lance do jogo, Gonçalo Inácio esteve muito perto de novo empate, saltou sem oposição mas falhou de cabeça por centímetros o alvo.
DESTAQUE - FRANCISCO TRINCÃO - 4 - Como toda a equipa, fez uma exibição aos repelões, alguns lances vistosos com excelentes detalhes técnicos de encher o olho, tentou agarrar a equipa e levá-la para a frente em toda a segunda parte, mas faltou-lhe sempre uma melhor definição.
FRANCO ISRAEL - 2.5 - Ficou a ideia que podia ter feito melhor no 2º golo alemão, voltou a ter falhas grosseiras no jogo de pés.
IVÁN FRESNEDA - 2 - Fez piscinas a mais, correr muito nunca quer dizer correr com qualidade, foi presa fácil para os alemães que encontraram no seu corredor um passador em toda a 1ª parte, mostrou muitas dificuldades na sua principal função, o fechar os espaços, Catamo também pouco ou nada o ajudou.
OUSMANE DIOMANDE - 2.5 - Os golos sofridos foram muito consentidos e o jovem costa marfiense não ficou isento de culpas nos dois. Foi também pouco expedito na saída, demorando excessivamente a largar a bola.
JEREMIAH ST.JUSTE - 2 - Já se estranhava tanto tempo sem se lesionar, lá se quebrou de novo qualquer elemento do corpo feito de cristal e teve que ser substituído, mas até que estava a fazer um bom jogo.
ZENO DEBAST - 1 - Uma exibição muito cinzenta, com um adversário de outro calibre veio ao de cima o muito que lhe falta para aquela posição de meio campo, não basta a segurança como vê o jogo de frente, pressionado cedeu muitas vezes sem saber como agir e tem pouca agilidade quando é necessario rodar.
MORTEN HJULMAND (Cap) - 4 - Lá foi segurando as pontas até onde pode e merecia outro tipo de ajuda dos colegas na 1ª parte. Com as entradas do Morita e do Bragança sentiu-se mais confortável no meio campo, mas já sentia o peso das pernas muito desgastadas.
GENY CATAMO - 1 - Tarda em voltar à sua forma, perdeu-se com a bola nos pés sem a soltar no devido timing na maioria dos lances. Ajudou a "enterrar" o colega Fresneda sem nunca o ajudar convenientemente nas tarefas defensivas (ficou ligado ao 1-0) e raramente ganhou um duelo a atacar. O treinador pediu-lhe para trocar de corredor mas não adiantou, sem surpresa foi dos primeiros a ser substituído.
MAXIMILIANO ARAÚJO - 3.5 - Voltou a mostrar consistência nas suas tarefas, com exibição positiva e dos que mais tentou arranjar espaços para furar a ultima linha da defesa alemâ.
GEOVANY QUENDA - 2 - Exibição frouxa, falhou sempre na definição do ultimo passe e desastrado nos duelos em que nunca deu sequência após o 1º drible.
CONRAD HARDER - 2 - Os mesmos erros do jogo com o Rio Ave, só vê baliza na base da força, nunca em jeito e astúcia. Correu muito na ajuda na pressão alta.
GONÇALO INÁCIO - 3.5 - Claramente o melhor elemento da defesa, ajudou a equipa a melhorar bastante a circulação da bola e ainda teve na cabeça o golo do empate no derradeiro lance do jogo, saltou decidido mas o "cabezazo" levou a bola a passar rente à trave.
VIKTOR GYOKERES - 4 - "Mr Sir Gyogolo" entrou e...voltou a marcar um grande "golazo" com um dos seus movimentos preferidos, levar o defesa para dentro e fugir como uma seta para fora, para depois fuzilar a baliza do Maarten. Quase que faz novo golo com um bom golpe de cabeça.
DANIEL BRAGANÇA - 3 - Ajudou a equipa a agarrar a posse de bola, fazendo-a circular entre as linhas defensivas alemãs, mas faltou-lhe mais ousadia e risco nos duelos.
HIDEMASA MORITA - 2.5 - Como o colega Bragança, a sua entrada teve impacto positivo para que a equipa assumisse a posse da bola e corresse na tentativa da remontada, mas faltou sempre qualquer coisa mais deixando-se abalar animicamente com o 2º golo alemão que aconteceu logo a seguir ao do empate.
RICARDO ESGAIO - 1 - É sina, ficar sempre agarrado aos momentos mais negros da equipa. Quando todos (atéos alemâes, publico incluído), esperavam o golo da remontada, eis que do nada nasceu mais uma grande trapalhada que envolveu o Esgaio, metido no lance e com a bola aos trambolhões a entrar na baliza do Sporting, um golo que deitou tudo a perder.
RUI BORGES - 2 - Foi um jogo para aprender e para sacar muitos apontamentos importantes da equipa, dos jogadores, da estratégia e outras coisas mais. Repetir Vila do Conde na Alemanha não podia resultar. Fresneda e os corredores não podem ficar tão desprotegidos, Debast não é ainda solução contra equipas de outro nível, Catamo e Conrad necessitam urgente de ajuda e ainda o Esgaio, porquê? Uma mensagem? Verdade que a derrota soou muito injusta, mas também se esperava algo mais da equipa. Na próxima semana tem a oportunidade de rectificar em Alvalade e garantir o apuramento contra os italianos do Bolonha.
MARCO ROSE - 3 - É uma boa equipa que joga de forma muito pragmática na base da muito boa qualidade que os seus jogadores têm no passe e na leitura dos espaços. Beneficiaram do alto índice de eficácia na finalização, aproveitando quase tudo o que a equipa portuguesa lhes ofereceu, os muitos erros.
MANFREDAS LUKJANCUKAS (Árbitro lituano) - 3 - Um inicio medíocre, muito caseiro, sempre a beneficiar os da casa nas divididas, percebeu que não era esse o melhor caminho e melhorou com o decorrer do jogo, com mais justiça nas suas decisões.
DANIELE CHIFI (VAR Italiano) - 5 - Excelente a chamar o árbitro para ver as imagens no golo anulado, de facto há um jogador fora de jogo que ilude o Fresneda impedindo-o de disputar o lance da melhor forma, lance que passou despercebido na imagem corrida.
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