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Ser Sporting não se implora, não se ensina, não se espera, somente se vive... ou não.
Nesta rubrica, o leitor tem a oportunidade de apreciar - e se entender, criticar as notas (0-6) que eu atribuí aos jogadores do Sporting CP e a outros intervenientes do jogo com o NACIONAL da 19.ª jornada da Liga Portugal Betclic, que resultou numa vitória por 2 - 0. Golos de Francisco Trincão 45+1 e João Simôes 90'.
UM LEÃO A MEIO GÁS VALEU A INSPIRAÇÃO DE TRINCÃO
Um jogo sem história, uma vitória do Sporting muito suada perante um Nacional que veio a Alvalade para jogar numa só parte do campo, com um bloco muito baixo e com muitas unidades na frente da sua baliza, com intuito de adiar ao máximo o golo dos leões. O maior obstáculo leonino mais que Benfica e FC Porto neste campeonato, são mesmo os índices físicos, com vários elementos a meio gás que comprometem a velocidade e a intensidade que seriam necessárias para que a equipa ultrapasse com menos dificuldades adversários como o de ontem, que passam os 90' recolhidos no seu meio campo, recusando jogar futebol, "vivendo" na espera do erro para desferirem um qualquer golpe, ou na tentativa de levarem um pontito. Valeu a inspiração do Trincão com um golo fantástico (candidato a melhor da época) e depois a maturidade da equipa na gestão da vantagem. O jovem João Simões entrou e estreou-se a marcar em cima do apito final. O Sporting é agora mais líder, abrindo um fosso de 6 pontos para o Benfica.
DESTAQUE - FRANCISCO TRINCÃO - 3.5 - O jogo estava a ir muito morno, com a equipa a mostrar pouca energia para poder circular a bola com mais velocidade, quando se lembrou de fazer aquele enorme disparo do meio da rua que apanhou a todos de surpresa, a bola entrou como um bólide dentro da baliza do atónico Lucas Oliveira, rebentando com toda aquela teia de aranhas montada pelo treinador do Nacional. Resolveu com um golo de antologia, candidato a melhor golo da época.
RUI SILVA - 3 - Ainda não foi desta que conseguiu mostrar serviço, assistiu de cadeirinha ao jogo e as pouquíssimas vezes que interveio com os pés, fé-lo com critério. Um único deslize, um passe à queima para o Fresneda permitiu o único remate do adversário aos 86'.
IVÁN FRESNEDA - 2 - Começam a faltar-lhe argumentos, uma exibição muito penosa, mostrou défice em tantas coisas.
OUSMANE DIOMANDE - 3.5 - Voltou a ser implacável, ganhando todos os duelos na relva e pelo ar. Fez meia assistência para o 2-0.
GONÇALO INÁCIO - 3 - Está a tentar voltar ao seu bom ritmo anterior à lesão, competente a defender mas os passes longos ainda lhe saem pouco calibrados.
MAXIMILIANO ARAÚJO - 2.5 - A facilidade com que era anulado quando não tinha espaço para correr demonstrou cansaço mental, com muitas dificuldades nos duelos e tremendamente desastrado nos cruzamentos.
MORTEN HJULMAND (Cap) - 3.5 - O polvo verde voltou a atacar, foi tudo dele naquele meio campo, sobraram-lhe tentáculos que agarrou a todos os que tentaram gracinhas. Parece ter íman sobre a bola, ela vinha ter sempre com ele.
HIDEMASA MORITA - 3 - Exibição discreta e sofrida, tentou ajudar a dar mais velocidade ao ataque e pode ter- se excedido, saiu frustrado com queixas fisicas (68') prevendo-se uma nova lesão muscular nos gémeos.
DANIEL BRAGANÇA - 2.5 - Mostrou-se longe do ritmo que é exigido, pouca intensidade na reacção, ausência de agilidade mental e fisica nas decisões e ainda fragilidade nos confrontos físicos, contra um bloco adversário muito fechado e estacionado foi sempre presa fácil.
GEOVANY QUENDA - 3 - Exibiu os já usuais grandes detalhes técnicos e mágicos em variados lances, mas quando chegava ao ultimo terço desaparecia do jogo porque nunca definiu bem.
VIKTOR GYOKERES - 3.5 - O lutador do costume, sempre com um critério elevado em tudo o que fez, desgastou os gigantes centrais do Nacional numa luta física tremenda. Teve grande chance para marcar, mas o guarda-redes Lucas conseguiu numa aparatosa defesa desviar a bola com a palma da mão.
GENY CATAMO - 2.5 - Brilhou aos 90', num raide pela direita, após passe do Diomande e que resultou no 2-0
ZENO DEBAST - 2 - Com bola e de frente tem passe bom e certeiro entre linhas, mas depois falta tudo o resto.
JOÃO SIMÔES - 3 - Entrou aos 89' e marcou aos 90' o golo de uma vida. Vai ser-lhe difícil dormir nas próximas noites. Um golo que terá seguramente um lugar especial no álbum da sua historia de jogador.
CONRAD HARDER - (SEM NOTA) - Entrou aos 89'.
MATHEUS REIS - (SEM NOTA)- Entrou aos 89'.
RUI BORGES - 3.5 - Depois do esforço inglório na Alemanha viu a equipa com dificuldades acrescidas pelo cansaço físico e mental para ultrapassar os bem arrumados autocarros da equipa do Nacional em frente à sua baliza. Só um "golazo" como o do Trincão podia acabar com aquilo, quando furou todas aquelas barreiras. Terá que agir com outra rapidez nas substituições, aos 88' o desgaste já está consumado e os que entram nada vêm adiantar. Ultrapassada a fase João Pereira, vê a equipa recuperar a vantagem que tinha para os rivais quando o Ruben Amorim resolveu abandonar o barco. Agora é mais Líder, com uma vantagem já importante.
TIAGO MARGARIDO - 2 - Centrou o foco numa organização ultra defensiva, do velho ferrolho, com um bloco muito baixo e mantendo sempre muitas unidades perto da sua área de baliza, com duas linhas muito juntas. Apostou no desgaste dos jogadores do Sporting chegados da Alemanha, acreditou que o resultado a zero acabaria por enervar os leões e o publico de Alvalade, só não contou com o míssil do Trincão que fez estragos irreparáveis à sua estratégia.
lANCU VASILICA (Árbitro) - 3 - Teve um inicio negativo, com vários erros nas más decisões em lances que foram faltosos sobre jogadores do Sporting e não assinalou, com o decorrer do jogo melhorou a calibragem da sua visão e terminou em bom plano.
BRUNO ESTEVES (VAR) - 3 - Sem lances duvidosos nas duas áreas, nunca se intrometeu.
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