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Ser Sporting não se implora, não se ensina, não se espera, somente se vive... ou não.
Nesta rubrica, o leitor tem a oportunidade de apreciar - e se entender, criticar as notas (0-6) que eu atribuí aos jogadores do Sporting CP e a outros intervenientes do jogo com o BORUSSIA DORTMUND Jornada nº 9, Playoffs da LIGA DOS CAMPEÕES, que resultou numa derrota por 3-0.
QUE RAIO DE 2ª PARTE TÃO DESASTRADA
Uma 2ª parte desastrosa deixa praticamente o Sporting de fora da Liga dos Campeões. Os leões até surpreenderam no 1ºtempo, estiveram por cima dos alemães com mais iniciativa e algumas chances (Maxi Araujo acertou na barra) de marcar (pecaram na finalização), mas caíram drasticamente após o intervalo, não conseguindo contrariar a equipa alemã quando apertou e deu mais andamento ao jogo, subindo as linhas e o seu nível numa alta rotação em velocidade e muita eficácia no passe. Transparecendo a falta de experiência e andamento de alguns jogadores leoninos, bem como a incapacidade do treinador Rui Borges em encontrar soluções fora do seu plano-base. As substituições também falharam, não trouxeram a energia que a equipa necessitava.
DESTAQUE - RUI SILVA - 4.5 - A ironia de uma noite em que sofreu 3 golos e mostrou qualidades em todas as acções, com os pés, cruzamentos, controlo de profundidade e entre os postes, brilhando em 2/3 defesas de elevada categoria.
IVÁN FRESNEDA - 3.5 - Ser titular em vários jogos seguidos fé-lo ganhar confiança, libertando-o para acções muito positivas, com detalhes técnicos que surpreendeu, por nunca antes vistos.
OUSMANE DIOMANDE - 3.5 - Somou mais um jogo em que foi o melhor na linha defensiva, mas com adversários deste nível mais elevado percebeu que ainda tem muito para evoluir, ter que aprender a assumir o comando dos movimentos defensivos dos colegas, com especial nos cruzamentos tensos nas suas costas. Teve acção de qualidade na área alemã, quando dominou uma bola com nota artística, tirando um adversário da frente e rematou com relativo perigo.
JEREMIAH ST JUSTE - 2.5 - Não foi o comandante que os colegas da defesa necessitavam, vários erros na abordagem dos lances e apático nos cruzamentos para o poste mais distante da sua baliza, com o adversário a fazer golo fácil num deles.
MATHEUS REIS (Cap) - 2.5 - Também mostrou muitas dificuldades na organização global da linha defensiva, melhor nos duelos individuais, mas com vários erros na leitura dos espaços nas costas e nas dobras na 2ª parte.
MAXIMILIANO ARAUJO - 4 - Está em grande forma, destemido com a bola no pé na condução. Foi quebra cabeças na 1ªparte, no melhor período da equipa, para a defesa alemã. Quase que faz grande golo do meio da rua, quando rematou fortíssimo com a bola a bater com estrondo na barra, sem hipótese de defesa para o Gregor Kobel.
ZENO DEBAST - 2 - Tem-se empenhando e esforçadamente na sua nova missão do meio campo, ontem com responsabilidades acrescidas, o tentar substituir o grande capitão nórdico, mas nem perto lhe conseguiu chegar. Voltou a mostrar tremendas dificuldades quando recebe a bola de costas e perdeu-se com facilidade no meio do carrossel alemão, sem conseguir interpretar da melhor forma os lances e os espaços.
JOÃO SIMÕES - 3 - Foi dos melhores elementos da equipa na 1ª parte, mas baixou muito o rendimento após o intervalo, 2 erros quase seguidos em que entregou a bola ao adversário, num quase que resultava em golo e no outro, resultou mesmo no 1ºgolo alemão, sentiu-se afectado e perdeu o discernimento, sendo substituído saindo em lágrimas, consciente das falhas.
FRANCISCO TRINCÃO - 1 - Teve noite difícil, com um nível muito insuficiente em toda a partida.
GEOVANY QUENDA - 4 - O mais criativo em toda a 1ª parte, com várias pinceladas de lances geniais e vários bons passes, mas desapareceu rápido na 2ª parte, engolido pela alta rotação da equipa alemã. Deixou à vontade o Guirassy no 2-0.
CONRAD HARALD - 3 - Um combatente por natureza, caindo e levantando-se para voltar sempre à luta sem dar tréguas a ninguém, uma autentica praga para qualquer defesa, correu toda a largura e profundidade do terreno no ataque. Um tremendo míssil que saiu do seu pé direito, obrigou o Gregor Kobel a uma defesa de recurso. Ficou a ideia que saiu antes do tempo.
VIKTOR GYOKERES - 2.5 - (entrou 59') - Já deu boas indicações da sua recuperação, não temendo o choque dos duelos físicos, testou também várias vezes a velocidade em condução. Será titular em breve, quiçá já no sábado contra o Arouca. No final do jogo ficou no relvado a praticar spinters de baliza a baliza, um "bien venido campeão".
DANIEL BRAGANÇA - 1 - (entrou 62') - Tarda em chegar ao patamar de forma aceitável, verdade que se esforçou, mas no meio de todos aqueles matulões alemães e que não falhavam um passe, sentiu-se aos papéis até o final.
HIDEMASA MORITA - 1 - (entrou 62') - Também procura melhorar o seu rendimento físico, mas estes alemães não foram o adversário ideal, que lhes roubou sempre a bola.
GABRIEL TEIXEIRA - 1 - (entrou 73') - Fez os seus primeiros minutos com a camisola do Sporting e não guardará boas recordações, muito inofensivo foi presa fácil para os panzers alemães.
EDUARDO QUARESMA - 1 - (entrou 73') - Entrou no pior momento da equipa, quando todos já tinham atirado a toalha ao piso, com os alemães a dominarem a seu belo prazer. Nem se deu por ele.
RUI BORGES - 2 - Tem a desculpa das lesões, verdade que subiram ao relvado só 2/3 elementos considerados no início titulares, mas voltou a provar ser um conservador excessivo, não conseguindo dar à equipa a consistência exibicional, trabalhando pouco os processos de criatividade ofensiva. As substituições só pioraram a equipa, persistindo no erro do Bragança a 10, onde já se viu que não funciona. Vai ter tempo agora para praticar o plano de recuperação de todos e focarem-se no objectivo central e principal da época, a conquista do bi campeonato.
NIKO KOVAC - 5 - Uma estratégia de 2 faces bem trabalhada e que resultou em pleno, enganando bem a equipa portuguesa, lançando o isco na 1ª parte, com um bloco mais recuado, correndo alguns riscos, para depois se lançarem na 2ª parte, mais avançados no terreno e fazendo girar a bola com velocidade num carrossel de grande eficácia. Engoliram a equipa do Sporting, que ficou sem argumentos para tamanho andamento muito acima dos hábitos caseiros com exigência bem mais modesta. Guirassy fez estragos, golo, assistência e mestria em segurar a bola e a ganhar duelos.
ESPEN ESKÁS (Árbitro Noruega) - 3 - Em alguns momentos deu ideia de ter alguma ligação familiar com o João Pinheiro português, pelas vezes em que fez vista grossa a faltas evidentes dos alemães a jogadores do Sporting.
DENNIS HIGLER (VAR - Países Baixos) - 3 - Sem casos para analisar.
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