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Ser Sporting não se implora, não se ensina, não se espera, somente se vive... ou não.
Nesta rubrica, o leitor tem a oportunidade de apreciar - e se entender, criticar as notas (0-6) que eu atribuí aos jogadores do Sporting CP e a outros intervenientes do jogo com o AROUCA da jornada 22 da Liga Portugal Betclic, que resultou num empate 2-2. Golos de Conrad Harder 17' e Francisco Trincão 74'
UMA NOITE À CAMPEÃO DOS DISPARATES
Péssimo resultado para os leões que vêem no espaço de duas semanas a sua vantagem na liderança, ser reduzida de 6 para 2 pontos. Um início de jogo insólito em que tudo correu muito mal, com um conjunto de situações bizarras em que a equipa teve que lidar; 2 lesões logo aos 14', um autogolo num lance disparatado, uma grande penalidade infantil que deu nova vantagem ao Arouca e ainda a expulsão do capitão Hjulmand, que obrigou os colegas a um esforço suplementar, a terem que correr em inferioridade numérica atrás do resultado muito mais com o coração, numa enorme atitude, que com a cabeça e que por pouco não operavam uma reviravolta épica, que seria milagrosa. Gyokeres voltou à titularidade, St. Juste e Bragança voltaram a lesionarem-se.
DESTAQUE: CONRAD HARDER - 4.5 - (entrou 17') - Marcou um grande golo, assistiu para o 2-2 do Trincão e esteve a centímetros de ser um herói milagreiro, quando de calcanhar quase que faz o 3-2 de uma remontada épica, já nos descontos. Como cresceu este possante muchacho nórdico.
RUI SILVA - 4 - Dividiu a asneira com o St. Juste no lance do autogolo por se encontrar mal colocado com uma precipitação grave. Redimiu-se depois com várias enormes defesas, que negaram o 3-2 ao Arouca.
ÍVAN FRESNEDA - 2 - Voltou a ter um registo medíocre, com as dificuldades conhecida com bola, sem capacidade no drible e com os cruzamentos disparatados muitos deles sem olhar.
JEREMIAH ST.JUSTE - ZERO - Inacreditável a sua atitude (pouco profissional), quando a equipa numa fase tão debilitada a necessitar mais do que nunca dos elementos mais experientes que a ajudem a manter-se mentalmente equilibrada e agarrada no objectivo. Lá se estilhaçou mais uma peça das suas pernas de cristal e em vez de sentar-se no relvado para a substituição, continuou a jogar sem poder correr, acabando por fazer um passe disparatado para o seu guarda-redes que, mal colocado, teve um gesto defeituoso que desviou a bola para dentro da sua baliza.
GONÇALO INÁCIO - 2 - Que se passa com este muchacho que parece ter desaprendido de jogar futebol, tantos são os erros que acumulou nos 90'? Raramente acertou um passe, perdendo a maioria dos duelos físicos e com surpresa, até no jogo aéreo, uma sombra do que já mostrou ser capaz de fazer. A equipa necessita urgente do "regresso" do Gonçalo Inácio, uma das suas principais referências.
MAXIMILIANO ARAÚJO - 3.5 - De longe o melhor elemento da defesa, mas fez muito mais que defender, carregou a bola e a equipa para a frente, com grande inconformismo, faltou-lhe largar a bola no timing, perdendo-se com isso vários lances importantes que ameaçaram com perigo a baliza do Arouca. Assistiu com peso e medida o Harder, que de calcanhar quase que faz o 3-2 nos descontos.
MORTEN HJULMAND (Cap) - ZERO - "expulsou-se" do jogo desde o seu início, uma exibição muito estranha, para esquecer, nada habitual do médio dinamarquês que tinha sido até ontem o elemento central da equipa, com mais "cabeça" para assumir o comando. Provocou uma grande penalidade de todo desnecessária e infantil, oferecendo o ouro ao bandido e ainda foi expulso com 2º amarelo num lance em que mais concentrado ficaria com o total controle do espaço e da bola. Uma atitude que irá provocar também consequências imprevisíveis para o jogo da próxima jornada na Vila das Aves, por falta de soluções para o meio campo.
JOÃO SIMÕES - 4 - Joga muito este miúdo e com atitude de um veterano, mostrando já uma personalidade de betão e uma tremenda capacidade de sacrifício invulgares para a sua idade e parca experiência a este nível. Teve momentos do jogo em que conseguiu sozinho dominar o meio campo contra 3/4 adversários. Dos poucos elementos com a atitude correcta que se exigia para vencer o jogo.
DANIEL BRAGANÇA - ZERO - Confirmou a enorme fragilidade que tem apresentado nos últimos jogos, voltando a ter nova lesão muscular e que pareceu ser grave.
FRANCISCO TRINCÃO - 3 - O rapaz com pernas e corpo de borracha, muito desgastado mas com fibras de leão, tentou de todas as formas levar a equipa para a frente e criar espaços para a finalização, no meio de todas aquelas pernas adversárias. Muito com o coração e na persistência, quando aproveitou uma boa assistência do jovem avançado dinamarquês para fuzilar no 2-2 e com a equipa reduzida a 10 elementos.
GEOVANY QUENDA - 3.5 - Assumiu a maior parte dos lances de desequilíbrio da equipa através de acções individuais, mas sempre muito comprometido com o processo defensivo, mas voltou a pecar muito na decisão do ultimo passe e nos cruzamentos, falhando vários, por força excessiva ou mal direccionados.
VIKTOR GYOKERES - 3 - Regressou à titularidade mas ainda não está nos seus mínimos do que pode dar. Assistiu com bom passe o Harder para o 1-1 e ficou ligado ao resultado final, quando podia ter feito o 3-2 nos descontos, um falhanço escandaloso de cabeça com salto de peixe e com a baliza escancarada a menos de um metro.
ZENO DEBAST - 1 - (entrou 11') - Assim fica muito complicado entender a sua missão no jogo, voltou a errar muitos passes e a leitura dos espaços. Apresenta lacunas quando joga no meio campo, apresenta lacunas na defesa, frágil no jogo aéreo e no contacto físico, começa a pairar-lhe na cabeça a nuvem negra dos erros de casting. Do outro lado, quando vimos o que faz o Chico Lamba e com a mesma idade, deixa os adeptos sportinguistas a pensarem...
ALEXANDRE BRITO - 1 - (entrou 85') - Tremeu, fazendo algumas faltas desnecessárias que cortaram o ritmo à equipa quando tentava ameaçar poder chegar ao 3-2 da reviravolta.
GABRIEL TEIXEIRA (BIEL) - 1 - (entrou 85') Teve nos pés o 3-2, num lance frontal e já dentro da área, mas chutou para a bancada, após Gyokeres lhe amortecer a bola redondinha.
RUI BORGES - 1 - Jogando em casa deu ontem um sinal muito negativo e preocupante da sua real capacidade de preparar bem mentalmente os seus jogadores, perante tamanha responsabilidade da conquista obrigatória dos 3 pontos, para manter a distância que tinha para o segundo classificado. Os inúmeros erros inicias da equipa, alguns deles caricatos, mostraram falta de concentração inaceitáveis de vários elementos da equipa e pouco foco colectivo no objectivo. St.Juste não se sente confortável para uma defesa a 4 e percebeu-se logo de início, com 2 erros graves, quando o Quaresma parece não contar, Inácio continua sem confiança, muito baralhado nas suas tarefas principalmente defensivas e Hjulmand parece não ter sido bem avisado que já tinha um amarelo. Ser treinador do Sporting é um grau de exigência muito mais elevado do que o Rui Borges mostrou ontem ter, em que lhe faltou mais competência.
VASCO SEABRA - 4.5 - Na verdade deu banho táctico e estratégico ao treinador do Sporting, a sorte protege os audazes, foi sortudo quando o adversário foi obrigado a queimar 2 substituições logo no início do jogo, sortudo no autogolo surreal do 1-0, sortudo no penálti (2-1) e na expulsão oferecidos pelo capitão do Sporting, mas em tudo isso não tem culpa, depois já com o jogo partido na segunda parte, viu os seus avançados a terem um desperdício atroz só com o Rui Silva pela frente e ao mesmo tempo a sua defesa a andar aos papeis, a perderem o controle do esférico em vários lances, oferecendo um resultado imprevisível até ao derradeiro segundo do jogo.
MIGUEL NOGUEIRA (Árbitro) - 3 - Nos lances capitais, na grande penalidade e expulsão, cumpriu a lei, quiçá com tolerância zero no lance do 2º amarelo ao capitão do Sporting quando ofereceu às duas equipas um critério muito largo em todo o jogo e que teve consequências nas várias faltas não sancionadas, com maior prejuízo para o Sporting.
FÁBIO MELO (VAR) - 3 - Chamou o árbitro para que decidisse no lance dentro da area do Sporting entre o Hjulmand e o Henrique Araújo e aceita-se a decisão, o capitão do Sporting sem qualquer necessidade envolveu-se com os braços com o jovem avançado do Arouca e pôs-se a jeito. Também tomou decisão acertada quando a bola bateu na mão do João Simões dentro da sua area, o jogador tem o braço na sua posição natural e a bola bateu primeiro na sua coxa.
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