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Ser Sporting não se implora, não se ensina, não se espera, somente se vive... ou não.
Nesta rubrica, o leitor tem a oportunidade de apreciar - e se entender, criticar as notas (0-6) que eu atribuí aos jogadores do Sporting CP e a outros intervenientes do jogo com o FAMALICÃO da jornada 26 da Liga Portugal Betclic, que resultou numa vitória por 3-1. Golos Ivan Fresneda 1', Viktor Gyökeres 64' (gp) e Geny Catamo 88'.
SPORTING VOLTA A ESTAR FIRME NA LIDERANÇA
Os leões sobrevivem às semanas difíceis e chegam à paragem das selecções na liderança do campeonato. Com os titulares recuperados das lesões de regresso à equipa (Morita, Hjulmand, Catamo, Quaresma, Matheus Reis) e também com o iminente regresso de Pedro Gonçalves, o campeão nacional pode agora atacar as últimas 8 jornadas com mais e melhores argumentos, na qualidade, experiência e no retorno ao seu famoso modelo de jogarem de olhos fechados. Ontem foi a vez do Famalicão cair em Alvalade, perante um Sporting muito decidido e focado na conquista dos 3 pontos, com um plano de jogo mais próximo de um passado recente, com as linhas mais baixas e a explorar bem com saída directa atacando a profundidade, para tirar partido das qualidades excepcionais do avançado sueco, resultou bem, já que Viktor Gyökeres fez toda a diferença, sendo decisivo nos 3 golos. No entanto é um estilo que deixa a equipa mais permeável defensivamente, com Morita e Morten ainda longe da sua forma. Gyökeres esteve nos 3 golos, Fresneda e Geny também marcaram, Maxi foi expulso e Quenda destacou-se passeando classe.
DESTAQUE - VIKTOR GYOKERES - 5.5 - Em semana de grande tempestade voltou o furacão sueco para arrasar com o adversário da noite. Ainda não tinha passado um minuto de jogo e já fazia estragos na defesa do Fama, arrancou por ali fora e ofereceu de bandeja o golo ao Trincão, que falhou escandalosamente, valeu Fresneda que acompanhou o lance para empurrar a bola para o golo inaugural. De volta à sua grande forma, o exterminador de Alvalade não ficou por ali, marcou o seu 40º golo da época (28º Liga) de penálti e ainda fez uma nova oferta de bandeja "no toma-lá e faz-te famoso" ao Geny que carimbou a vitória e os 3 pontos.
RUI SILVA - 5 - Voltou a ganhar créditos nos adeptos pela demonstração de grande segurança na baliza. Mais um par de grandes paradas que negarem o golo ao Famalicão e que parecia já certo.
IVÁN FRESNEDA - 4.5 - Cada vez mais se apresenta como a grande "contratação" do mercado de inverno. De eterno suplente, deu um salto bem surpreendente para titular indiscutível. Beneficiou óbvio, das muitas lesões que vergastaram a equipa, mas a verdade é que tem feito pela vida para agarrar o lugar. Aquele feeeling de que o Trincão ía falhar, levou-o à fama e as bancadas do estádio à loucura, que aplaudiram com estrondo todo aquele esforço para chegar à bola a tempo de a empurrar para o primeiro da noite. Logo a seguir e em boa posição quase que faz o 2-0 de cabeça, faltou força e melhor direcção no "cabezazo".
ZENO DEBAST - 4 - Nota-se uma evolução de jogo para jogo, agora cada vez melhor entrosado com os colegas e com a exigência do peso da camisola que veste, começa a libertar todo o seu potencial, com mais confiança na abordagem dos lances ou com a bola no pé, assumindo a responsabilidade de não poder falhar em zonas criticas do campo ou quando sobe no terreno para apoiar a construção. Exibição segura.
OUSMANE DIOMANDE - 2.5 - Tem que parar de vez com aquelas viagens vertiginosas e estranhas que vão do oito ao oitenta e que mancham as suas exibições. Mais uma atitude de principiante, que resultou num penálti infantil, oferecendo o golo do empate a um adversário valoroso e que colocou a equipa do Sporting em grandes apuros.
MATHEUS REIS - 3 - Exibição mais em esforço e que precipitou algumas decisões menos felizes, na entrega do último passe. Teve acção árdua e notável para fechar o seu espaço a um adversário forte e muito veloz (Sorriso).
MAXIMIANO ARAÚJO - 2.5 - Falhou de forma ridícula 3 golos cantados, colocou nesses lances excessiva confiança, quando se pedia eficácia e convicção. Acabou (bem) expulso com vermelho directo, após uma entrada desastrosa, por trás, no tendão de aquiles do Gustavo Sá.
MORTEN HJULMAND - 3.5 - Continua na procura da sua melhor forma, apresentou ainda níveis muito aquém do que pode fazer, agilidade, reacção, leitura dos lances e a confiança nos duelos. Teve dificuldades (muito desamparado) no acerto do espaço quando o Famalicão subiu as linhas na 1ª parte. Mostrou melhoria no 2º tempo com o acerto estratégico geral da equipa na reacção com ataque rápido ao portador da bola.
HIDEMASA MORITA - 3 - Exibição intermitente, mas já com alguns rasgos de mestre, no passe entre linhas ou nas triangulações curtas executadas com êxito que desgastaram em muito o meio campo do Fama.
FRANCISCO TRINCÃO - 3 - Uma primeira parte muito má, a um nível irreconhecível que teve o exemplo perfeito na forma como quase destruía um golo cantado (1') oferecido de bandeja pelo avançado sueco, um falhanço inexplicável que terá que rever no vídeo. Melhorou substancialmente na 2ª parte em que teve papel determinante no apoio defensivo e nos vários contra ataques que liderou e que lhe seguraram a nota positiva, no limite.
GEOVANY QUENDA - 5 - Passeou classe, brilhando com arrancadas de génio por toda a noite até à sua substituição (90+3) muito ovacionada e de pé por todas as bancadas verdes. Pela esquerda ou pela direita levou o perigo iminente e constante à baliza do Famalicão, merecia o golo, que só lhe foi negado pelo instinto do guarda redes Lazar Carevic e pelo poste da sua baliza.
GENY CATAMO - 3 - (entrou 60'). Foi a jogo no momento certo, quando a equipa necessitava de mais alguma energia e velocidade de execução para chegar de novo à vantagem no marcador. A verdade é que pouco depois a equipa fez o 2-1 e quando o adversário tentava de novo o empate, o jovem moçambicano matou de vez as dúvidas no resultado final, fez o 3-1, aparecendo no lugar certo, no sítio exacto onde o ponta de lança sueco cruzou a bola com peso e medida.
EDUARDO QUARESMA - 2 - (entrou 73') - Mais um regresso que se saúda, após a longa paragem por lesão, mas a verdade é que não entrou bem na partida, teve dificuldades na leitura dos lances, com alguns erros de cálculo na invasão do espaço e no passe, foi melhorando com os minutos e acabou com mais eficiência na execução das suas tarefas defensivas.
CONRAD HARDER - SEM NOTA - (entrou 90+3)
RICARDO ESGAIO - SEM NOTA - (entrou 90+3)
EDUARDO FELICISSIMO - SEM NOTA - (entrou 90+3)
RUI BORGES - 4 - Uma entrada de Leão no jogo, com a vitamina extra do golo inaugurar a funcionar logo nos primeiros segundos de jogo que anteviam uma noite tranquila, mas não foi assim que aconteceu, a equipa depois do golo não soube como contrariar a subida das linhas do Famalicão e essencialmente o seu grande criativo, Gustavo Sá, que passou a mandar no meio campo a distribuir classe ao jogo forasteiro. O intervalo foi o melhor conselheiro para o Sporting, voltou vigorado para a segunda parte, com estratégia clara de um antídoto que assentou numa melhor reacção, mais enérgica de todos ao portador da bola, diminuindo-lhe o espaço de manobra e as linhas de passe. Uma vitória quase arrancada a ferros que saiu do laboratório do treinador e muito da sorte de ter um jogador de grande nível mundial no ataque.
HUGO OLIVEIRA - 3 - Surpreendeu com uma equipa bem arrumada e a jogar bom futebol de forma pragmática, virada sempre para a baliza adversária. Mostraram que sabiam como explorar os espaços entre as linhas recuadas do Sporting, causando-lhes problemas e alguns apertos sérios. Beneficiaram de um golo de um penálti oferecido mas que verdade seja dita, já era merecido pelo que estavam a fazer nesse momento no jogo, só que... não têm Gyokeres e isso fez toda a diferença.
MIGUEL NOGUEIRA (Árbitro) - 2 - Arbitragem estranha de um árbitro estranho, mostrando mais uma vez que nos jogos do Sporting a tolerância é ZERO. Sempre rápido no gatilho para disparar cartões amarelos a jogadores do Sporting e o filme de todas as jornadas, os constantes agarrões ao Gyökeres só tiveram a sua atenção a partir do meio da 2ª parte, até aí foram permitidos na sua lei muito especial e estranha. Muita hesitação na marcação do penálti na falta evidente sobre o Max.
LUÍS FERREIRA (VAR) - 4 - Nada a assinalar, foi elemento vigilante a um árbitro estranho no terreno de jogo. As duas grandes penalidades não deixaram dúvidas e a expulsão do Max também não.
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