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Ser Sporting não se implora, não se ensina, não se espera, somente se vive... ou não.
Nesta rubrica, o leitor tem a oportunidade de apreciar - e se entender, criticar as notas (0-6) que eu atribuí aos jogadores do Sporting CP e a outros intervenientes do jogo com o Nacional da 2ª jornada da Liga Portugal Betclic, que resultou numa vitória por 6 - 1. Golos de Pedro Gonçalves 16', Francisco Trincão 41' e 57',Viktor Gyokeres 51' (penálti) e 76' e Daniel Bragança 66´.
LEÃO ESMAGOU NA MADEIRA COM MEIA DÚZIA DE GOLOS
Com esta goleada ao Nacional, o Sporting CP soma já 9 golos em 2 jornadas, que confirmam a tremenda dinâmica da equipa neste arranque de campeonato e não fosse o desperdício e estes números podiam ser ainda mais expressivos. O ataque apresentou-se demolidor, o meio campo não acusou a ausência do dinamarquês Hjulmand e a defesa só demorou algum tempo a acertar nas marcações, denotando algum nervosismo na 1ª parte. Os insulares quebraram animicamente na 2ª parte com o 3-1 e ficaram a partir daí sem soluções para reagir. Pote voltou a desbloquear o jogo, Trincão e Gyokeres (muito desperdício) bisaram, Bragança apontou um golazo.
DESTAQUE - PEDRO GONÇALVES - 5 - Voltou a desbloquear o jogo com um golo à Pote e assistiu para o 2-1 e 5-1. Um golo, 2 assistências, 10 cruzamentos bem executados e 2 passes que isolaram colegas na cara do golo, confirmam o grande momento que já atravessa, com um nível elevadíssimo de confiança.
VLADAN KOVACEVIC - 4 - Com uma grande defesa aos 32' adiou o empate do Nacional, foi o seu grande momento da noite, mostrou coragem e agilidade a parar o remate à queima com selo de golo. Voltou a mostrar serviço em mais 2 lances importantes, bem colocado rechaçou os remates fortes cheios de intenção.
GEOVANY QUENDA - 4.5 - Voltou a ser decisivo, ganhando a grande penalidade que resultou no 3-1 e que afundou o adversário. Impressionante como protege sempre bem a bola sem a perder, mesmo que rodeado de adversários. Possui a arte do ataque da serpente nos lances do um para um, seja por fora ou para dentro como mostrou em vários lances.
EDUARDO QUARESMA - 4 - Verdade que o centro da defesa oscilou em alguns lances durante a 1ª parte, num deles permitiram o golo do empate do Nacional. Com o 2-1 ganhou de vez a confiança acertando marcações, o timing de entrada e a coragem de sair com a bola no pé. Cresceu muito no jogo, terminando num plano elevado até ser substituído aos 69'.
OUSMANE DIOMANDE - 4 - Agora tem o triplo das responsabilidades, assumir o comando de toda a movimentação defensiva e varrer as bolas aéreas que são cruzadas para a sua área, sabe que já não terá mais a muleta do Coates e terá que se fazer à vida. Não pode voltar a deixar toda aquela autoestrada aberta que resultou no golo do Nacional, percebeu o erro e arregaçou as mangas, assumindo que era capaz de dar conta da situação e conseguiu, agarrando com pulso forte a sua função.
GONÇALO INÁCIO - 4 - levou um grande nó cego naquela movimentação de raposa do adversário, quando lhe fugiu para marcar o golo do empate, não se deixou intimidar, ganhando depois todos os lances que disputou.
GENY CATAMO - 4 - Ainda em período de adaptação ao novo corredor, já conseguiu alguns lances que empolgaram o público no estádio, como aquele slalom em que deixou vários adversários para trás ou a insistência no lance em que roubou a bola que parecia perdida e assistiu com classe para o 4-1.
HIDEMASA MORITA - 4.5 - Exibição de grande nível, mesmo que menos vistosa de grandes lances individuais, trabalhou muito para a equipa e menos para si, sempre com muita eficácia, nas triangulações que "matavam" os pulmões do adversário, na ocupação dos espaços parando muitas bolas metidas entre linhas e na precisão do passe na intensidade e timing que se exigia, muita classe do nipónico.
DANIEL BRAGANÇA (Cap) - 4.5 - Fez o gosto ao pé num lance de craque e que resultou num dos melhores golos da noite. Mais maduro e mais forte fisicamente deixou boas indicações, que será um elemento a ter muito em conta nesta longa caminhada de toda a época.
FRANCISCO TRINCÃO - 5 - A sua "fera" interior soltou-se e quando assim acontece os adversários que se cuidem. Marcou 2 golos de classe e somou outros tantos lances em que não deu hipóteses aos adversários nos duelos. Deixou algum do seu perfume, do melhor que sabe fazer.
VIKTOR GYOKERES - 5 - Marcou 2 golos, um deles foi um autentico fuzilamento e falhou uns 3 ou 4 mais, que resultariam numa noite de sonho. Ficou bem claro que pode dar muito mais e quando lá chegar, teremos o mesmo Viking sedento de golos e vitórias, igual ou melhor do da época passada.
ZENO DEBAST - 3 - Entrou com o resultado já em 5-1 que lhe proporcionou tranquilidade para recuperar a confiança. Mais calmo fez a leitura correcta dos lances em que interviu e sempre com bom nível nas decisões, destacando-se o excelente passe que isolou o colega sueco que fuzilou para o 6-1 e um corte de cabeça no momento exacto, em que tirou o pão da boca ao avançado adversário.
DÁRIO ESSUGO - 2 - Pouco mais de 10' em jogo e já com o adversário no tapete que lhe permitiu um passeio no meio campo, executando alguns lances com boa visão e qualidade.
MATHEUS REIS - 2.5 - Entrou bem no jogo, muito interventivo e assertivo nas acções em que levou sempre a melhor.
IVÁN FRESNEDA - 2 - Substituição que passou invisível, quando todos no campo já esperavam o apito final do árbitro.
MARCUS EDWARDS - 2 - Entrou praticamente com o cair do pano do jogo, mas a tempo para um lance individual que quase resultava no 7-1.
RÚBEN AMORIM - 6 - Irrepreensível a forma como preparou os jogadores do Sporting para o jogo num campo tradicionalmente difícil. Soube gerir bem quando a equipa oscilou na defesa na primeira parte, rectificando posições e algumas acções individuais. Na segunda parte e com o 3-1 que aniquilou ainda muito cedo (51') a moral do adversário, preparou o xeque mate, mantendo a intensidade da equipa na procura de mais golos, agindo depois com acerto no timing das substituições.
TIAGO MARGARIDO - 1 - A reacção foi sol de pouca de dura, os jogos têm 90' e o Nacional aguentou 40' a responder ao campeão nacional. O 3-1 dos lisboetas arrumou com a sua equipa de vez, esvaziando-a de ideias e vontade de competir de igual, com os golos a aparecerem de catadupa. Foram meia dúzia de golos e podiam ter sido mais 4 ou 5. Deixou a ideia de uma equipa excessivamente frágil, mas foi a tremenda capacidade e eficácia da equipa de Amorim que a fragilizou.
LUÍS GODINHO (Árbitro) - 5 - Dirigiu o jogo com segurança nas decisões que tomou e que foram quase sempre assertivas, deixando a imagem agradável de uma boa arbitragem no geral.
BRUNO ESTEVES (VAR) - 4 - Não interferiu nas boas decisões do colega de campo. A grande penalidade não deixou dúvidas.
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