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Ser Sporting não se implora, não se ensina, não se espera, somente se vive... ou não.
Nesta rubrica, o leitor tem a oportunidade de apreciar - e se entender, criticar as notas (0-6) que eu atribuí aos jogadores do Sporting CP e a outros intervenientes do jogo com o FC Porto da 4ª jornada da Liga Portugal Betclic, que resultou numa vitória por 2 - 0. Golos de Viktor Gyokeres (Penálti) 72' e Geny Catamo 90+3.
GYÖKERES DUM CATAMO
O leão descolou dos azuis e brancos na classificação após vitória justa e convincente. O FC Porto até entrou algo melhor no jogo, mais rápidos sobre a bola, no passe e na movimentação colectiva, mas o atrevimento... só durou 20', até ao momento em que Gyokeres num passe de magia isolou o Pedro Gonçalves, que ofereceu o golo ao Trincão que falhou clamorosamente, quando tinha a baliza escancarada. Foi o clique para o leão pegar no jogo e empurrar a equipa do norte para o seu meu campo, impondo a sua supremacia que durou até ao final da 1ª parte.
Os leões voltaram para a etapa complementar mais confiantes e decididos a vencer o jogo, criaram varias oportunidades de golo feito e foi o suspeito do costume, o panzzer sueco a impor de novo a lei do mais forte, uma grande escapada, um derrube, Penálti e golo. Pouco depois o pequeno grande génio moçambicano deu o xeque mate, num lance fantástico fixou o resultado em 2-0, garantindo uma vitória importante, perante um candidato ao título que teve a sua 1ª derrota da época.
DESTAQUE - VIKTOR GYOKERES - 6 - Ele é a lei do mais forte que nenhum adversário consegue contrariar. Isolou com passe mágico o Pedro Gonçalves, assistiu-lhe depois uma bola na pequena área que quase deu golo, quase que marca atirando para a baliza deserta com o Varela a chegar in-extremis, fez levantar o estádio na arrancada em que passou como um foguete pelo Otávio que o teve que derrubar para Penálti, marcou a grande penalidade com grande serenidade e categoria e ainda participou no lance que resultou no 2º golo. Muito para uma só noite.
VLADAN KOVACEVIC - 4.5 - Duas boas defesas com grau de dificuldade elevado em que revelou surpreendente técnica apurada e grande concentração.
GIOVANY QUENDA - 3.5 - Carregou a bola vezes sem conta numa missão árdua e de coragem, mostrou nível para grandes adversários em que os enfrentou olhos nos olhos, ganhando-lhes com relativa facilidade o profundidade.
EDUARDO QUARESMA - 4 - Na sua missão principal de fechar o Galeno, esteve soberbo, faltou-lhe depois confiança no passe que raramente lhe saiu na perfeição.
OUSMANE DIOMANDE - 4.5 - Está a crescer na posição, terá que aprender a comunicar para se tornar um patrão de grande nível no centro da defesa. Não o vimos perder um unico duelo e melhora a olhos vistos na defesa aérea. Terá que continuar a trabalhar o passe longo em que pouco acerta.
GONÇALO INÁCIO - 4 - Entrou nervoso e fora do timing da corrente do jogo, falhando sucessivos passes e abordagens na antecipação. Foi ganhando confiança e acabou em plano elevado.
GENY CATAMO - 5 - Na esquerda não sabe ainda cortar para dentro como o faz tão bem no corredor direito, bastou lá estar por uma dezena de minutos para elaborar mais um lance à sua imagem, de antologia, que culminou num grande golo e que deu o xeque mate no jogo ao FC Porto.
MORTEN HJULMAND (Cap) - 5 - Um reaparecimento em grande após a lesão, enquanto teve pilhas reinou com classe no centro do terreno anulando o joker do Porto (Nico González), pautando sempre o processo de construção da equipa. A sua entrega e categoria foram preponderantes para a conquista dos 3 pontos, resultaram numa sonora ovação das bancadas, quando teve que sair esgotado.
HIDEMASA MORITA - 4 - Exibição de nível elevado que só pecou no passe em que foi infeliz em vários lances. Correu o campo todo com alma de grande leão numa missão de enorme desgaste, manter sempre equilibrado o numero de elementos no meio campo principalmente quando a equipa perdia bola e tinha que a recuperar ao adversário.
PEDRO GONÇALVES - 5 - Numa primeira parte muito fechada e agressiva da equipa do norte, sobressaíram os coelhos da cartola do Pedro, inventando espaços e passes de génio. Esteve perto de marcar por 2 ocasiões e ofereceu de bandeja o golo a um Trincão desinspirado que desperdiçou de forma inacreditável. Recebeu no final da noite soberbo elogio do seu treinador " Se um dia for treinar outra equipa, o primeiro jogador que vou querer levar, será o Pote"
FRANCISCO TRINCÃO - 3.5 - Noite desinspirada do minhoto, falhou 2 lances de golo cantados e acusou os falhanços. Foi perdendo energias pela forma implacável como foi travado em faltas sucessivas pelo adversário, que trazia a lição bem estudada, não deixar jogar o Trincão.
MATHEUS REIS - 3 - O jovem Quenda estava de rastos e o corredor corria perigo, o experiente brasileiro entrou para o fechar e fé-lo com a segurança que lhe é reconhecida.
ZENO DEBAST - 3 - O FC Porto mudou radicalmente a sua estratégia após sofrer o golo 72', atirou para o jogo 4 elementos novos de uma só vez apostando no tudo por tudo num jogo directo, o jovem belga entrou para dar mais energia no eixo defensivo e mostrou competência em vários lances cortando-os pela raíz.
DANIEL BRAGANÇA - 2 - Entrada tardia (86'), mas que teve influência no lance que resultou no 2-0.
NUNO SANTOS - SEM NOTA - Entrou aos 90'
RÚBEN AMORIM - 5.5 - Soube ser paciente e esperar que o gás inicial do adversário se esgotasse, sabia que uma acção perigosa na baliza do Diogo Costa mudaria o sentido de jogo, como veio a acontecer. Desta vez não cometeu os mesmo erros dos 2 embates anteriores com o conjunto nortenho (Taça de Portugal e Supertataça). Não se deixou levar pela pressa de ir ao pote, optou por manter sempre as amarras bem seguras na defesa e no meio campo, principalmente depois de chagar à vantagem no marcador, quando o adversário revolucionou a equipa atirando-se para a frente no tudo por tudo. Vitória e por números importantes, que podem vir a serem decisivos no final do campeonato. Descolou dos adversários directos a caminho da liderança isolada.
VÍTOR BRUNO - 3 - Percebeu-se que vinha confiante, quiçá excessiva, que arrancaria uma bom resultado em Alvalade. Todos traziam a lição bem estudada, muito determinados a irem até aos limites das suas capacidades, foram ousados o que valoriza ainda mais a vitória do Sporting. Mas foi surpreendido por um Sporting muito compacto, de grande união e concentração que vincou a sua mensagem fortíssima de campeão. No reino de Alvalade quem manda é o Leão. No final, o seu semblante de tristeza dava a entender a sua profunda desilusão e conformismo pela superioridade da equipa de Rúbem Amorim. Teve a sua 1ª derrota na época.
LUÍS GODINHO (Árbitro) - 6 - Excelente arbitragem, corajosa nas decisões em que nunca se deixou influenciar pelos momentos quentes do jogo e dos lances que provocaram acesas discussões. Peremptório a assinalar a grande penalidade, justo disciplinarmente e no tempo de descontos.
TIAGO MARTINS (VAR) - 4 - Deixou e bem o seu colega de campo brilhar, dando muito melhor exemplo do que as decisões vergonhosas do seu colega de VAR do dia anterior, em Moreira de Cônegos.
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