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Ser Sporting não se implora, não se ensina, não se espera, somente se vive... ou não.
Nesta rubrica, o leitor tem a oportunidade de apreciar - e se entender, criticar as notas (0-6) que eu atribuí aos jogadores do Sporting CP e a outros intervenientes do jogo com o Lille da 1.ª jornada da Liga dos Campeões, que resultou numa vitória por 2 - 0. Golos de Viktor Gyokeres, 38' e Zeno Debast, 65'.
EXIBIÇÃO IRREPREENSÍVEL PARA O MUNDO VER
Início perfeito do leão na campanha europeia, à campeão. Um triunfo incontestável, baliza a zeros. (O Lille só teve uma única ocasião de golo já perto do final), uma mão cheia de oportunidades falhadas e domínio absoluto do jogo que até deu para gerir o esforço após o 2-0. As muitas estreias na equipa titular na maior competição mundial de clubes, provocaram algum nervosismo e ansiedade na fase inicial, alguma lentidão na saída forçou várias bolas batidas directas, dividindo o jogo com o Lille, fase de alguma preocupação a somar a saída prematura (13') do Gonçalo Inácio. Mas quem tem Gyokeres arrisca-se a ser feliz, marcou um golazo que desbloqueou o jogo, soltando a equipa e ainda conquistou a seguir, a expulsão do Angel Gomes, tornando tudo ainda mais fácil para o Sporting, que passou a dominar até final, banalizando a equipa francesa. Gyokeres desbloqueou, Debast fez um golo do outro mundo para ver e rever, Harder teve a sua estreia.
DESTAQUE - VIKTOR GYOKERES - 5.5 - Foi a sua grande estreia na prova milionária e resultou numa exibição em cheio, grande golo que desbloqueou o jogo e atirou depois os franceses ao tapete quando mandou o Angel Gomes ir tomar banho mais cedo, expulso, aí o jogo acabou, a vitória já não iria fugir. O Viking voltou a resolver.
FRANCO ISRAEL - 4 - Até parece outro guarda redes, como cresceu o muchacho internacional do Uruguai, teve uma leitura irrepreensível do jogo e dos timings de acção. Tranquilidade em todos os lances que interviu e teve o seu merecido momento de fama, grande parada aos 89', a negar o golo que já parecia feito aos franceses.
GEOVANY QUENDA - 3.5 - Viveu o seu grande sonho aos 17 anos, mas faltou-lhe coragem para saltar da casca para fora, tímido manteve só a cabeça de fora, nem a ajuda do Gyokeres com o golo, o jogar contra 10 do adversário e ainda a baliza escancarada num grande lance, não foram suficientes para perder tanta timidez.
ZENO DEBAST - 5 - Exibição ao nível de um grande craque, rapidamente ganhou confiança mostrando a sua categoria e com a cereja no topo do bolo, um golo que nunca irá esquecer, nem todos os que o presenciaram, até Gyokeres levou as mãos à cabeça. A jogar assim, vai tornar a vida muito difícil ao Quaresma, para poder recuperar o lugar.
OUSMANE DIOMANDE - 5 - Das melhores exibições que o vimos fazer no Sporting, soberba, perfeita, sólida e irrepreensível, merecia a nota máxima, se tem marcado um golo semelhante ao do Debast ... rebentava a escala.
GONÇALO INÁCIO - (SEM NOTA) Foi tocado aos 10' e teve que sair lesionado logo a seguir.
GENY CATAMO - 3.5 - O corredor esquerdo não é de todo a sua praia, mas ontem nem a praia do da direita fez bom tempo quando mudou para lá. Ainda está em recuperação dos jogos da sua selecção.
MORTEN HJULMAND (Cap) - 5 - Grande jogo do comandante do centro do terreno, esteve em todo o lado enchendo o campo pelas as inúmeras piscinas que fez. Os franceses bem lhe podem apontar o dedo, acusando-o de não os deixar jogar nem brilhar.
HIDEMASA MORITA - 3 - Aquelas idas ao Japão à sua selecção escrevem já um histórico crónico, pelas dificuldades na sua recuperação após viagem de regresso. Constata-se que existe um Morita antes e um outro Morita após selecção. Ontem foi uma sombra do que sabe e pode e deve fazer.
PEDRO GONÇALVES - 4.5 - O mago leonino voltou a morder pela calada, não marcou porque o Lucas roubou-lhe o golo com grande defesa, mas deu arte a tudo o que mexeu na frente do ataque verde e....assistiu Gyokeres no golo e em outras duas ocasiões isolando-o.
FRANCISCO TRINCÃO - 5 - Sacou quantidade de amarelos à equipa do norte da França que só o pararam pela falta. Carregou a bola e a equipa de forma incansável e com muita audácia pelos labirintos e desfiladeiros mais sinuosos entre as linhas inimigas francesas. Foi sempre o elemento da equipa mais desequilibrador.
MATHEUS REIS - 4 - Entrou para o lugar do azarado Gonçalo Inácio e assumiu total responsabilidade das suas tarefas, saiu por cima nos duelos e mordaz a ler os lances por antecipação, fez um corte decisivo e ainda cruzou direitinho para a cabeça do Quenda falhar um golo que parecia feito.
DANIEL BRAGANÇA - 4 - Ele sabia que tinha que crescer e evoluir em alguns aspectos, conseguiu-o e aí está o Daniel a querer ameaçar chegar a outro patamar. Era a Champions League? Pareceu-lhe igual, olhou os franceses olhos nos olhos e assumiu a liderança dos vários lances que teve intervenção. Com tranquilidade e perícia serviu perfeitamente o Debast para o golo de uma vida.
MAXIMILIANO ARAÚJO - 2.5 - Está a dar os primeiros passos na equipa, já percebeu que está noutro patamar bem diferente de onde veio e terá que erradicar aqueles erros de principiante, como aquele que quase oferecia o golo aos franceses ao cair do pano.
CONRAD HARDER - 2 - Muito pouco tempo em campo para se mostrar (5'), mas já deixou água na boca, um tipo de Gyoviking numa versão II, quase que tirou tinta na trave da baliza francesa, após bom cabezazo.
RÚBEN AMORIM - 5 - Voltou a realizar um trabalho de grande nível, projectando a equipa para uma exibição irrepreensível, segura, mandona e mostrando sempre mais vontade de querer ganhar. Uma entrada de Leão na competição dos milhões e que irá ajudar a crescer ainda mais a equipa na confiança. Ficou a ideia que podia ter antecipado no timing algumas das substituições efectuadas.
BRUNO GÉNÉSIO - 2 - Deixou um enigma de uma estratégia que ninguém entendeu, queria ganhar ou não perder?... A pura verdade é que o seu ataque foi uma nulidade, a única oportunidade resultou de uma oferta grosseira da defesa adversária e já a acabar o jogo. Arrastou o tempo, jogando lento e marcando sem piedade os criativos do Sporting, com sucessivos pisões, mas nem tudo foi tão mau, livrou-se de uma goleada e de ver a sua equipa ficar reduzida a 9 elementos.
DONATAS RUMSAS (Árbitro) - 4 - No geral boa arbitragem, mas faltou-lhe coragem de reduzir o Lille a 9 elementos, após nova falta grosseira do jovem Ayoub Bouaddi e que devia ter visto o 2.º amarelo e expulsão.
ALEANDRO DI PAOLO (VAR) - 4 - Sem lances com casos de apreciação do VAR, não se meteu e deixou o jogo correr.
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