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As Notas de Julius 2024/25(11)

Julius Coelho, em 06.10.24

Nesta rubrica, o leitor tem a oportunidade de apreciar - e se entender, criticar as notas (0-6) que eu atribuí aos jogadores do Sporting CP e a outros intervenientes do jogo com o CASA PIA da 8.ª jornada da Liga Portugal Betclic, que resultou numa vitória por 2 0. Golos de Daniel Bragança 39' e Viktor Gyokeres 80' (Penálti).

EXIBIÇÃO REQUENTADA DO LEÃO LEVA À 8.ª VITÓRIA SEGUIDA NA LIGA

Nem o autocarro de dois pisos que o Casa Pia trouxe de Pina Manique para Alvalade, impediram a 8ª vitória consecutiva do Sporting no campeonato. Só quando Gyokeres fez o 2-0 aos 80', a equipa de Monsanto deixou o  fechadíssimo 6x3x1 e ousou timidamente estender-se no campo. Um jogo com sentido único, contra um conjunto de futebol pobre que estranhamente abdicou de jogar, recorrendo ao tradicional ferrolho do autocarro (terminou com 2 furos) para explorar as ausências por lesão e o desgaste dos leões do jogo de Eindhoven. Perdeu-se o espectáculo, mas os 3 pontos ficaram em Alvalade, com paciência e justiça. Trincão e Bragança desbloquearam, Gyokeres voltou aos golos e Esgaio e Fesneda terminaram a centrais.

Screenshot (2308).png

DESTAQUE - FRANCISCO TRINCÃO - 4 - Foi determinante na ajuda a furar as rodas do autocarro casapiano. Confirmou que é o jogador da equipa junto com Bragança que está em melhor forma. Não se deixou contaminar pelo cansaço que atacou a maioria dos colegas, rompendo com coragem e genialidade por entre toda aquela gente  aglomerada dentro da sua área, conseguindo espaço para oferecer o golo ao Daniel. Tentou também fazer o seu golo num remate forte e colocado, que ainda tirou tinta da trave.

FRANCO ISRAEL - 4 - Evitou o 1-0 ao Casa Pia logo no 1º minuto de jogo e aos 65' voltou a brilhar, com defesa ainda mais espectacular, num lance que poderia dar o empate 1-1, foi anulado por fora de jogo, mas as imagens deixaram dúvidas, se o VAR confirmaria o fora de jogo, caso a bola tivesse entrado.

GENY CATAMO - 2.5 - Não está numa boa fase, tudo lhe sai errado. Quando conseguia vantagem no drible finalizava mal.

EDUARDO QUARESMA - 3.5 - Face ao enorme desgaste e dor que o campo do Eindhoven lhe provocou, fez exibição notável, perante as limitações físicas que lhe eram visíveis. De dentes cerrados foi indomável nos duelos e sempre muito disponível para ir ao limite. Aos 76' já não deu para mais e teve que sair, de rastos, completamente exausto.

ZENO DEBAST - 3 - Jogo muito ingrato, jogado quase sempre nos últimos 20 metros do terreno, posse de bola surreal, com mais de 80%, deixou-se ultrapassar uma única vez e logo no 1º lance do jogo, mas o Franco Israel salvou-lhe o coiro e a equipa.

GONÇALO INÁCIO - 3 - Pareceu jogar em claro esforço físico, sem confiança com bola, acertou poucos passes e sempre com nível baixo no risco. Precisa de descansar, não devia ir aos jogos da selecção.

MAXIMILIANO ARAÚJO - 3 - Falta equilibrar o seu futebol, necessita de aprender a ler melhor o jogo, os lances, com e principalmente sem bola, saber ocupar os espaços que a equipa precisa. Com pouco espaço não pôde aplicar a sua velocidade de drible e potência a sair dos lances, mas mostrou que consegue com facilidade ganhar a profundidade.

MORTEN HJULMAND (Cap) - 3 - Exibição de menor intensidade que o habitual e com alguns equívocos no passe demonstraram desgaste do panzer dinamarquês. Fez de pivot organizador, logo à frente do autocarro, da linha dos 6 defesas do adversário, mas faltou-lhe mais velocidade de execução e engenho no critério do passe.

DANIEL BRAGANÇA - 3.5 - A jogar assim é titular absoluto, dando dores de cabeça ao seu treinador. Está em grande forma e cada vez se mostra um mestre na leitura do jogo, sempre com o critério adequado aos lances. Leu na perfeição o movimento do Trincão e apareceu no sitio certo para atirar para golo que desbloqueou o jogo. Beneficiou com a entrada do Morita, para os lances de passe curto entre as linhas muito apertadas do adversário.

CONRAD HARDER - 2.5 - Muita sofreguidão a ir ao pote, a mostrar uma sede sempre insaciável e com isso caiu na atrapalhação, alterando o timing e o critérios que os lances pediam e exigiam, foi peixe fora de água, não surpreendeu por isso ter ficado no balneário no final da 1ª parte.

VIKTOR GYOKERES - 3 - Foi uma exibição algo apagada, de um grande guerreiro viking em repouso após as grandes batalhas. Ainda assim fez o 2-0, o golo da tranquilidade, construiu o lance que resultou na grande penalidade e facturou de penálti o seu 11º golo na Liga.

HIDEMASA MORITA - 3 - O jogo já parecia a escalada da muralha da china, com tanto aglomerado de pernas dentro da área do Casa Pia, o japonês trouxe outros argumentos, melhor engenho para levar a bola a entrar nas linhas de tal muralha. Falhou um golo cantado, sozinho e na frente do Patrick Sequeira permitiu a sua defesa.

NUNO SANTOS - 2 - Entrou para o lugar do Maxi, mas não conseguiu fazer melhor que o colega do Uruguai. Era sim a hora de fechar o corredor e essa tarefa cumpriu.

IVÁN FRESNEDA - 2 - Experimentou dificuldades quando o Casa Pia após sofrer o 2-0 resolveu finalmente abandonar o autocarro e montar em motas rápidas, travou luta acesa na tentativa de fechar o corredor, permitindo algumas escapadelas do adversário.

GIOVANY QUENDA - 2 -  Seguro a proteger a bola nos lances em que a levou até perto da área do Casa Pia, criou espaços para os colegas da frente poderem decidir com critério, mas a bola acabou sempre perdida na posse dos defesas adversários. Na recta final e já com o jogo partido, deu prioridade a fechar o seu corredor esquerdo.

RICARDO ESGAIO - 2 - Com tanta gente off, por lesão no centro da defesa, foi aposta válida do treinador para entrar a substituir o esgotado Quaresma, colocado a central à esquerda, ajudou a equipa a não sofrer qualquer golo e garantir os 3 pontos, o principal objectivo.

RÚBEN AMORIM - 3.5 - O jogo do campeonato que certamente lhe provocou mais dores de cabeça e ansiedade, a equipa muito sacrificada pelas várias lesões e em pleno modo de desgaste, após aquela exigente patinagem no campo do PSV. Foi-lhe de todo complicado montar uma equipa que pudesse manter a linha de vitórias no campeonato mas o objectivo foi conseguido, com dor e sacrifício de todos. Como bem comentou no final, "esta paragem é uma bênção", chegou na verdade na hora certa.

JOÃO PEREIRA - 1 - O que dizer de uma equipa que simplesmente abdicou de jogar futebol, que cinicamente montou uma linha permanente de seis defesas, jamais vista no campeonato, fechados durante 80 minutos num ferrolho, sempre na espreita de aproveitar qualquer coisa que o desgaste e as lesões do adversário pudessem dar. Um futebol de mentalidade pobre, de gente pequena e que só desprestigia o futebol português. Que tem agora este treinador para falar aos seus jogadores amanhã no treino, após "esta cosa" que apresentaram em Alvalade e em directo na TV para todo o Mundo?

MIGUEL NOGUEIRA (Árbitro) - 3.5 - Tentou agradar a gregos e troianos, com uma estranha lei da compensação de várias faltas...inexistentes. Foi peremptório a marcar a grande penalidade.Tão depressa não irá ter outro jogo tão fácil de dirigir.

CLÁUDIO PEREIRA (VAR) - 3.5 - Teve 2 lances nas áreas para o VAR rever, confirmou e bem a grande penalidade na área do Casa Pia e não viu e bem, qualquer penálti na área do Sporting.

publicado às 04:00

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63 comentários

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De Leão do Norte a 06.10.2024 às 16:39

E dou dois exemplos.
Ver jogadores como Leonardo Lelo e Larrazabal, laterais com qualidade para sairem a jogar e construírem jogadas ofensivas, completamente obrigados a não passar a linha de meio-campo é criminoso para o futebol. Isto quando tiveram hipóteses de jogar e apenas cumpriam as indicações de desfazerem-se da bola, fosse para fora, fosse para os médios defensivos serem eles a desfazerem-se dela.
Nunca aceitarei, nem compreenderei, esta atitude. É de uma limitação inqualificável, por mais que um pontinho venha a cair do céu.
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De Julius Coelho a 06.10.2024 às 21:37

Eu nunca nem perto utilizei tais estratégias, isso chama-se a estratégia do destruir lances, nada mais, construir...zero.

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