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Ser Sporting não se implora, não se ensina, não se espera, somente se vive... ou não.
Nesta rubrica, o leitor tem a oportunidade de apreciar - e se entender, criticar as notas (0-6) que eu atribuí aos jogadores do Sporting CP e a outros intervenientes do jogo com o Boavista - a contar para a 32ª jornada da Liga NOS - que terminou com a vitória do Sporting por 1-0 - golo marcado por Paulinho (36') - e a 'consagração' do título nacional.
Enfim, a entrada no Olimpo e dançar com os deuses na noite mais longa, ao som da voz da Maria João Valério. Sporting? É a maior loucura saudável, uma vitória para a eternidade, foi a melhor equipa em tudo e sejamos justos e honestos, passeou durante todo o campeonato e desde muito cedo na frente com margem segura até à consagração. Ontem podia e deveria ter terminado o jogo com uma goleada histórica, tantas foram as oportunidades claras de golo falhadas.
DESTAQUE - NUNO SANTOS - 6 - Entrou endiabrado no jogo, sem tremideiras e foi dos que queria acabar com "aquilo" o mais rápido possível; esteve imparável, driblou, ganhou sempre na velocidade, atirou ao poste uma bola fora do alcance guarda-redes. Foi o seu melhor jogo da época.
ANTONIO ADÁN - 6 - Seguríssimo em todas as suas acções; foi chamado a intervir a uma bola rematada à queima, aos 40', que daria o empate ao Boavista, e que provocou calafrios, mas resolveu como sempre.
PEDRO PORRO - 6 - Entrou feliz e decidido a fazer um grande jogo e numa excelente iniciativa ganhando espaço para rematar à baliza de Leonardo; foi traído pelo esticanço que deu à perna e lesionou-se; no seguimento, a bola sobrou para o João Mario que teve uma perdida incrível na cara do guarda -redes.
GONÇALO INÁCIO - 6 - Um dos benjamins da equipa; entrou algo ansioso, mas foi encontrando o seu equilíbrio e foi subindo de rendimento numa excelente entre-ajuda ao João Pereira, acabou em excelente plano.
SEBASTIÁN COATES - 6 - Uma das asas da taça do título pertence-lhe por direito; "el comandante" empurrou a equipa para o Olimpo, impecável a defender e ainda tentou por várias vezes fazer o seu habitual golo.
ZOUHAIR FEDDAL - 6 - Está a viver um momento inesquecível, foi dos cadeados mais robustos da defesa durante toda a época, ontem não deu hipóteses e antecipou-se sempre às ideias do adversário.
NUNO MENDES - 6 - Benjamim na idade mas muito adulto no seu futebol, assumiu a responsabilidade de empurrar a equipa para a frente, mas sente-se mais cómodo com o Nuno Santos à sua frente. Tudo isto está a ser um sonho para ele.
JOÃO PEREIRA - 6 - Voltou ao Sporting para terminar a carreira e ser campeão. Ontem teve uma missão dificil quando entrou para substituir Pedro Porro, mas não tremeu e cumpriu sempre muito bem até ao fim. Ainda se aventurou, aparecendo algumas vezes solto lá na frente. Foi muito útil à equipa e não o vimos a cometer qualquer erro.
JOÃO PALHINHA - 6 - Entrou decidido a ser o rei leão no meio campo e rugiu durante toda a partida, mantendo sempre o adversário à distância da baliza de Adán; encheu o campo. Viu-se com excelentes passes largos a lançar o Nuno Mendes.
JOÃO MÁRIO - 6 - Se tivesse golo seria um jogador fabuloso; deu equilíbrio à equipa nas fases de transição, fez um trabalho notável a anteceder o golo do Paulinho. Trabalhou muito.
PEDRO GONÇALVES- 6 - Muito activo na frente, arrastou várias vezes os defesas adversários atrás de si, fez excelentes triangulações com o Paulinho, veio atrás várias vezes buscar jogo, teve o golo nos pés por duas vezes, fugiu pela direita solto na área mandou um tiraço ao poste; seria um golo monumental.
PAULINHO - 6 - Já ninguém duvida do seu valor e do que pode dar à equipa; cada vez mais integrado, destaca-se com excelentes iniciativas; marcou com tremendo sentido de oportunidade o golo do título finalizando um cruzamento de Nuno Santos, mas podia ter marcado mais golos. Ganhou o seu lugar com mérito e a equipa fica claramente mais forte com ele.
MATHEUS NUNES - 6 - Nos derradeiros 15 minutos do jogo a ansiedade foi tomando conta da equipa, tirando -lhe algum discernimento, pedia-se a entrada do Matheus Nunes para rejuvenar o meio campo; era o momento de assegurar a vitória que tanto representa para os sportinguistas espalhados pelo Mundo inteiro.
DANIEL BRAGANÇA - 6 - Depois de perdidas tantas oportunidades de golo, a equipa acusou o desgaste, enquanto o Boavista ameaçava com mais alguma posse de bola, urgia refrescar a equipa e o treinador muito atento fez tripla substituição, estava tanto em jogo, o Daniel veio ajudar a equilibrar e a fazer de tampão às tentativas do adversário.
JOVANE CABRAL - 6 - Substituiu o desgastado Pedro Gonçalves nos 10 minutos finais; entrou forte e manteve a defesa do Boavista longe da construção ofensiva. Teve um raid que provocou pânico na área adversária e que podia ter acabado em golo, mas pecou na definição.
MATHEUS REIS- 6 - Também era hora de fechar o lado esquerdo da defesa, o Nuno Mendes já dava sinais de dificuldade a recuperar e foi isso que o Matheus Reis foi fazer.
RÚBEN AMORIM- 6 - Merecia um 10 olímpico; foi o grande obreiro deste enorme sucesso que ficará para a eternidade. A equipa voltou a entrar muito focada no que tinha que fazer, tentou resolver cedo e dar tranquilidade a todos lá dentro e cá fora, várias oportunidades claras de golo poderiam ter dado um resultado histórico, mexeu na equipa quando o jogo pediu.
JESUALDO FERREIRA - 4 - Treinador honesto e equipa competente, fizeram o que lhes estava ao alcance; enfrentaram a melhor equipa do campeonato, um Sporting muito forte e determinado, tiveram a sorte de não sairem de Alvalade com mais golos sofridos, um só golo provocou incómodo até final, mas também tiveram mérito.
LUIS GODINHO - (Árbitro) - 5 - Estava convicto que liberto dos fantasmas do VAR iria fazer uma boa arbitragem e assim aconteceu, nada a apontar. O problema não é o árbitro Luís Godinho e ontem ficou claro e provado.
BRUNO ESTEVES - (VAR) - 4 - Houve um empurrão ao Pedro Gonçalves que o pode ter impedido de cabecear à boca da baliza, mas dá-se o benefício da dúvida; de resto, nada mais a apontar
NOTA: Caros amigos leitores, pela enorme importância que esta vitória representa para o Sporting, tomei a liberdade de brindar os nossos jogadores com os seus nomes na cor de ouro e dar-lhes a nota máxima de 6, a título extraordinário, não só por tudo o que fizeram neste jogo, mas também pela época extraordinária que culminou no título merecidíssimo de Campeões Nacionais 2020/21.
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