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As Notas de Julius (3)

Rui Gomes, em 12.01.21

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Na 3.ª edição desta nova rubrica, temos a oportunidade de ler e comentar as notas (0-6) que o nosso leitor Julius atribuiu aos jogadores do Sporting e a outros intervenientes no jogo de ontem com o Marítimo, a contar para a Taça de Portugal, em que o Sporting saiu derrotado por 2-0.

"Quando todos fazem a sua parte fica mais fácil e ontem os jogadores não o conseguiram fazer; inexperiência com erros crassos à mistura. O espírito de matador ganha-se com o tempo e os miúdos mostraram ainda muita ingenuidade".

LUÍS MAXIMIANO - 3 - Dos menos culpados do insucesso do dia, sem culpa nos golos; foi praticamente mero espectador durante os 90+5 minutos.

PLATA - 2,5 - Teve alguns rasgos dignos, mas raramente conseguiu desequilibrar; nota-se-lhe falta de ritmo.

NETO - 1.5 - Seguramente que arrancava nota positiva não fosse aquele duplo disparate que deu o primeiro golo ao Marítimo. Não se entende com a experiência que tem. Foi o principal culpado da derrota, porque a primeira equipa a marcar naquela altura do jogo dificilmente perderia; fez uma passe proibido para a zona central, directamente para os pés do adversário e depois ainda abandonou a sua posição oferecendo linha de passe para o Pinho, que nas suas costas, não se fez rogado. Que bronca monumental.

FEDDAL - 3 - O melhor dos centrais, foi o patrão até ao golo do Marítimo e acabou como empregado a ajudar a empurrar o carro com os pneus já furados.

BORJA - 3 - Hoje não comprometeu, mas pouco ou nada arriscou; ainda vive o trauma do enorme erro que cometeu em Famalicão.

NUNO MENDES - 3 - Foi dos que mais tentou remar e procurar soluções durante toda a primeira parte, mas aos poucos foi-se-lhe apagando as pilhas que já estavam a ficar fracas.

PALHINHA  - 3 - Sem o enorme fulgor da Choupana, tentou gerir o esforço da melhor forma, ainda foi dos mais esclarecidos e culpados do adversário mostrar tanta ineficácia no primeiro tempo.

MATHEUS NUNES - 2.5 - Foi dos que não fizeram a sua parte e decerto que o treinador esperava mais de quem deu a liberdade de vagabundear no meio campo. Aprendeu que tem que ser muito mais eficaz no futuro.

BRUNO TABATA - 2.5 - Falhou uma boa oportunidade como titular e ainda não está pronto para as responsabilidades que lhe pedem; muito desacerto no timing de romper e servir a bola e ainda não sabe que no remate é a equipa que decide e não ele.

NUNO SANTOS - 3 - Muito mérito a ganhar espaços nas costas dos seus polícias, mas depois faltou subir outro patamar para muito melhor aproveitamento das vantagens que conquistou.

TIAGO TOMÁS - 2.5 - Já soou o alarme a dar alguns indícios de lhe começar a faltar algum gás. Em circunstâncias normais, aquele remate que atirou à trave daria golo com relativa facilidade. Muito esforçado, mas não foi o matador que a equipa necessitava.

POTE - 2.5 - O que melhor entrou no jogo, junto com Coates, dos que subiram ao relvado na segunda parte para tentar mudar o rumo dos acontecimentos; ainda teve um rasgo individual que quase dava finalização já dentro da pequena área.

SPORAR - 2 - Falhou um golo feito, daqueles mesmo à boca da baliza, lance que espelha o desacerto de toda a equipa na finalização.

JOÃO MÁRIO - 2 - Pouco ou nada conseguiu fazer no tempo que esteve em campo; não trouxe melhoria à equipa que já optava por jogo directo muito ao jeito do Marítimo, que pôde respirar melhor, sentindo-se no seu melhor habitat. 

PORRO - 2.5 - Foi dos que deixou a ideia que podia ter entrado um pouco mais cedo, mas compreende-se a gestão do treinador. Sexta-feira há novo jogo e mais importante.

COATES - 2.5 - Se entra mais cedo ......! Acabou por ser o nosso melhor ponta de lança nos derradeiros minutos ganhando vários lances de cabeça na área adversária.

RÚBEN AMORIM - 3 - Na minha opinião fez o que tinha que fazer; é obrigado a fazer gestão da equipa face ao jogo no lamaçal da Choupana, que, a pouco mais de 72 horas, foi desgastante. A verdade é que com as substituições, o Sporting demorou a entrar de novo no jogo e quando parecia que já estava a entrar, o jogo acabou.

MILTON MENDES - 3 - Nota positiva porque a sua equipa marcou dois golos e eliminou o Sporting CP. Não gostei de caírem na tentação do anti-jogo com as fitas do costume e das linhas demasiado defensivas e recuadas.

SPORTING - 3 - Boa primeira parte que deu a ideia de se ter o adversário no bolso, mas a falta de eficácia de matadores deu ânimo ao adversário, acabando por serem eles a marcar primeiro num duplo erro infantil do Neto.

MANUEL OLIVEIRA - 2.5 - Tecnicamente - 3 - Sem reparos de maior, deixou passar algumas faltas claras aos jogadores 'madeirenses'. Disciplinarmente - 2 - O Marítimo precisou de 16 faltas para ter o primeiro amarelo, o Sporting 4. Ficamos esclarecidos. 

LUÍS FERREIRA (VAR) - 3 - Mas fico com dúvidas na cor do cartão a dar ao avançado que pontapeou a cabeça do Neto na área do Sporting.

publicado às 03:49

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29 comentários

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De Naçao Valente a 12.01.2021 às 16:15

No futebol passa-se rapidamente de bestial a besta. A frase ouviu-a a Manuel José quando exercia a actividade de treinador, e sintetiza o que é o futebol.

Neste desporto, onde impera o efémero,a derrota é um anátema. Esta não é admitida como natural, e a primeira vítima é sempre o técnico. E se há alguns que são incompetentes a maioria não é. Depende das circunstâncias e das condições que lhes são dispensadas.

No jogo de onze contra onze só pode ganhar um. Naturalmente ganham os mais fortes, Mas mesmo estes também têm debilidades e nem sempre são vitoriosos.

Ninguém contexta. que o treinador é sempre responsável, tanto nas derrotas como nas vitórias. Mas não pode ser responsabilizado pelo falhanço individual de cada atleta. Neste jogo houve erros pessoais, como houve noutros. Só que nem sempre, têm as mesmas consequências. Foram praticamente dois erros defensivos grosseiros que geraram a derrota, sem esquecer os de falta de eficácia no ataque.

Outra crítica corrente é a de que não se devia ter feito tanta rotatividade no onze titular. Sendo responsabilidade da equipa técnica, faz parte da sensatez admitir que deve haver razões concretas para serem feitos, e que os leigos que nós somos, desconhecem.

No cômputo geral, a equipa dominou o jogo, teve oportunidades, mas não teve o discernimento para finalizar da melhor maneira. Faltou a eficácia. Já ganhou outros jogos em que jogou pior. Por isso é que eu tenho contestado análises negativas quando ganhamos. É não perceber qual é a essência do futebol.

Outra situação que me preocupa é a euforia sem sentido. Temos de ser realistas. Temos uma equipa, muito jovem, com potencialidade, mas em formação. Começar a exigir títulos é prematuro. Os adversários directos são muito mais fortes. Ir jogo a jogo com humildade e no fim logo se vê. Também ambiciono ser campeão, mas se conseguirmos um lugar na prova europeia mais importante é positivo. O pior que pode acontecer é colocar pressão desnecessária neste grupo. É preciso apoiar nos bons e nos maus momentos.



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De Julius Coelho a 12.01.2021 às 16:38

Caro amigo Nação Valente, eu que sempre tive um espírito de um vencedor nato em tudo o que me meto ja fui acusado aqui de ter muito em baixo as expectativas para a nossa equipa nesta época quando escrevi que o primeiro objectivo, a primeira prioridade é ficar nos lugares de acesso á champion e o que vier a mais depois disso será óbviamente bem vindo.

Tenho a convicção que foi assim dessa forma que presidente e treinador pensaram a época inicialmente, mas quis o destino pregar algumas partidas e agora á 13ª jornada lideramos a Liga com 4 pontos de vantagem e caso saiamos vencedores dos 3 pontos em disputa na sexta feira com o Rio Ave, um ou os 2 dois concorrentes directos ainda ficarâo mais atrasados, é matemática.

Esta realidade provoca consequências na mente, nos sonhos, dos adeptos que rapidamente cavalgam do 8 ao 80 sem porem o freio que se aconselha.

A realidade é um pouco diferente porque são reais as fragilidades deste plantel e a capacidade financeira para poder responder.
Sei que é injusto cair em cima do Neto pelo grave erro que cometeu mas como andamos ali muito á beirinha da ravina temos que nos "agarrar" todos uns aos outros para não cairmos e é dessa forma que vamos ter que continuar em frente.
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De Schmeichel a 12.01.2021 às 17:26

Nação Valente,

Tem razão.... mas quem é que transformou o Amorim em bestial?

Não concordo com o seu comentário quando entra pelo caminho da pressão..... o Sporting, Benfica, Porto são clubes com pressão, e não vale a pena pedir diferente..... é esta a génese de clubes de topo que exige jogadores que resistam à pressão.
O Sporting não perdeu ontem por culpa da pressão, perdeu exatamente por ter rodado a equipa e os suplentes não terem a qualidade dos titulares, se vai pela pressão, perdemos porque não tivemos pressão.
Da minha parte nunca me viu a pedir titulo nenhum, o que eu peço é manter a competitividade, porque houve jogos que tivemos alguma sorte em os ganhar portanto não existe ilusão sobre que não somos os favoritos a ganhar o campeonato, mas isso não significa que num clube como o Sporting não exista sempre pressão, e o discurso não pode ser o de fugir à pressão.

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