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Ser Sporting não se implora, não se ensina, não se espera, somente se vive... ou não.
Lendo jornais e vendo televisão parece que sim, mas o Sporting não é o candidato rico, nem o tetracampeão.
Em Portugal, há um tetracampeão que fez duzentos milhões de euros em vendas nos dois últimos anos e dois concorrentes sem dinheiro ou gastando por conta. Só fazendo uma leitura dos últimos campeonatos semelhante à que o FC Porto está a fazer dos emails é que o Benfica deixará de ser o favorito à próxima liga, mesmo que, de repente, comece a vender jogadores relevantes, em vez de cortar só as pontas espigadas.
Até o discurso público o justifica. Para se defender das cartilhas, missas, SMS, convites e bruxos, o Benfica listou abundantemente as suas qualidades organizativas, a excelência da equipa e até os dons sobrenaturais de Rui Vitória. Ou seja, só por astigmatismo é que as compras fariam do Sporting o candidato dos candidatos, ou de Jesus o treinador mais pressionado. Esse será o que dispõe de um plantel tetracampeão e de financiamento para o manter ou melhorar.
As pressões de Jorge Jesus são outras; vêm-lhe do salário mastodôntico e da dúzia de palavras que pronuncia em excesso a cada quinze dias (mais a dúzia de palavras que o presidente pronuncia em excesso a cada quinze minutos). Já as do FC Porto, bem sublinhado por toda a Imprensa o tombo nas finanças, não podem ser as de construir, sem dinheiro, uma equipa que esteja à altura do Benfica, partindo do princípio (lá está) de que a última não estava. A pressão do FC Porto, para começar, é não repetir um Depoitre..
José Manuel Ribeiro, jornal O Jogo
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