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Ser Sporting não se implora, não se ensina, não se espera, somente se vive... ou não.
Jorge Jesus encontrou-se ontem num hotel de Lisboa com dois notáveis do Sporting: José Maria Ricciardi e Paulo Abreu. O treinador leonino, o homem da banca e o antigo vice-presidente do clube, ambos críticos da presidência de Bruno de Carvalho, almoçaram juntos no Ritz.
Ricciardi e Abreu são duas figuras conhecidas e influentes do universo leonino: o primeiro, primo de Ricardo Salgado (com quem entretanto se incompatibilizou), tem sido ao longo dos últimos anos um apoio importante na relação do Clube com a banca; o segundo foi vice-presidente do Clube em diferentes direcções. Nos últimos tempos, a turbulência que se abateu sobre Alvalade devido à polémica que opôs Bruno de Carvalho aos jogadores, levou os dois elementos a dissociar-se publicamente do presidente.
Ricciardi no entanto revelou que tem estes “almoços há vários anos, uma vez por mês” e acrescentou que “não se passou nada de especial”. O banqueiro salientou que o encontro “não tem nada a ver com o que se passou no Sporting” e argumenta que as “pessoas quando querem fazer conspirações - eu não faço conspirações com ninguém - não o fazem com 500 pessoas, como deve imaginar”.
Também Jorge Jesus considerou que a turbulência não deve impedir que se mantenha esta rotina do almoço mensal e que o encontro de ontem não deve alimentar qualquer tipo de especulação em relação ao futuro do Sporting.
Não temos razão alguma para duvidar da genuidade das circunstâncias, mas tendo em consideração o timing e a crise que se tem sentido, acaba por ser um encontro deveras conspícuo. Muito difícil de acreditar que a presente situação do Sporting não tenha sido debatida, muito embora Jorge Jesus, como empregado do Clube, deva preservar total sigilo neste contexto.
De qualquer modo, é de acreditar que Bruno de Carvalho não tenha ficado satisfeito com a escolha de companheiros do seu treinador para almoçar.
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