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Ser Sporting não se implora, não se ensina, não se espera, somente se vive... ou não.
Um texto da autoria de Drake Wilson, como comentário no post À beira de um ataque de nervos, de Nação Valente:
"Parece-me de todo impossível poder-se ultrapassar as polarizações que se assistem no universo leonino, enquanto estas (e as pessoas que as promovem) se basearem em erros de raciocínio dedutivo.
Não se trata apenas de fraccionar discussões entre leigos e experts, só porque de um lado se promove a emoção e de outro o princípio de imparcialidade. O problema, parece-me, está num padrão de distorção que o comum adepto aceita como razoável, implícito no défice de instrução com que fundamenta as próprias opiniões.
O alargamento do actual espaço de discussão às redes sociais trouxe um pouco mais de envolvimento às pessoas, colocando-as por vezes até em contacto directo com os mais qualificados, num patamar nunca alcançado na história – tão pouco possível pelo fosso de preparação que os separa.
Porém, o objectivo desta aproximação falha, por muito que a maioria acredite ter um nível de informação elevado. As pessoas observam manchetes, lêem artigos em diagonal, mas infelizmente não os lêem do princípio ao fim. Por vezes fazem-no, sem entender sequer o que está escrito.
Aqui e além fui tentando expor vários padrões erróneos nos relatórios de contas, amizades perigosas, inclusivamente soluções que acreditei exequíveis. Para ajudar o meu Clube por vezes tinha "odiar" ser sportinguista, talvez porque todos os conspiradores do Sporting sempre assumiram o seu amor pelo Clube. Assim, quem quer o bem do Clube, fica a "falar sozinho".
Os fóruns de discussão sobre Sporting estão cheios de vícios de raciocínio. Atrevo-me a sugerir que nem Marcelo Rebelo de Sousa conseguiria por ordem nesta massificação de cinísmo que impele o viés de comunicação leonino como formulário de teorias.
Depois de João Rocha, as presidências sportinguistas tornaram-se demasiado abertas, implícitas na alta pressão de fora para dentro – Adeptos para o Clube –, que obrigam os presidentes a corresponder com uma espécie de campanha vitalícia, em existencialismos platónicos, onde se perde completamente o sentido de instituição sólida e se atinge o patamar de colectividade recreativa, gerida simplesmente mediante a vontade dos seus associados em eleger justiceiros sociais.
Poderá ser polémico o que afirmo, mas faço-o por convicção: os Adeptos do Sporting não têm permitido a reinvenção eficaz do Clube. Daí que por qualquer sucesso que o Clube tenha alcançado em Futebol nos últimos 30 anos, tenha igualmente plantado as sementes da sua própria derrota".
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