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Ser Sporting não se implora, não se ensina, não se espera, somente se vive... ou não.
João de Deus deu a sua primeira entrevista depois de já ter assumido no cargo de treinador da equipa B do Sporting. Nesta, dá relevo à diferença de condições de trabalho, para melhor, que encontrou na Academia de Alcochete e deixa alguma ideia sobre a sua visão do desafio que o espera, face aos objectivos que decerto lhe terão sido explanados pela SAD.
«É a maior instituição que representei até hoje. Sinto uma diferença abismal em relação às condições de trabalho que encontrei até aqui na minha carreira. Para mim é um sonho: qualquer um gosta de trabalhar para os melhores.
Para estes jogadores chegarem ao topo da pirâmide, ainda lhes falta algo. Têm qualidade, mas é preciso colocarem-na não ao serviço deles próprios, mas de um colectivo. Talvez seja esse o maior desafio que temos até aqui. Há um mundo de aspectos a melhorar. Dos jogos que já vi, há quem se tenha destacado e possa ter condições de chegar à equipa principal, mas prefiro não especificar.»
Para começar, faz algumas observações certeiras sobre o estado da equipa e respectivos jogadores: "Há um mundo de aspectos a melhorar". Pela qualidade de futebol a que temos assistido, não podemos concordar mais.
Há uma outra disposição que poderá ou não estar no seu escopo de autoridade: eliminar, ou pelo menos minimizar, o uso da equipa quase como um despejo para as contratações que, em princípio, não resultaram, como são os casos de Salim Cissé, André Geraldes, Sambinha, Enoh, King e Dramé, só para nomear alguns, que com a sua presença só acabam por emperrar a integração e desenvolvimento dos outros jovens talentos.
Uma segunda questão, que será tanto ou mais da responsabilidade da estrutura da SAD, é a integração de novas contratações. Como disse há dias um nosso leitor, e bem, "parece que por serem contratações têm direitos adquiridos face aos miúdos da formação, em termos de titularidade". Sem dúvida, temos alguns grandes talentos na equipa B cujo desenvolvimento não deve ser impedido pela aparente preferência dada a certos recém-chegados de óbvia inferior qualidade.
A mero exemplo, em 10 jogos possíveis - ou seja 900+ minutos de jogo - Chaby regista somente 180', Iuri Medeiros 461', Gelson Martins 131', Domingos Duarte 95'. E temos diversos jogadores que ainda não "pisaram" o relvado, como é o caso de Nuno Reis.
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