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O assessor jurídico do Benfica, Paulo Gonçalves, foi detido esta manhã por suspeitas de corrupção. Fonte oficial da Polícia Judiciáia confirmou esta detenção bem como de um funcionário judicial e avançou que outras pessoas deverão ser constituídas arguidas.
As detenções, segundo a referida fonte, estão relacionadas com a passagem de informação sigilosa para o Benfica por funcionários de vários organismos da justiça.
Entretanto, a PJ confirma em comunicado a detenção de dois homens, sem referir os nomes, "pela presumível prática dos crimes de corrupção ativa e passiva, acesso ilegítimo, violação de segredo de justiça, falsidade informática e favorecimento pessoal".
A operação, intitulada "e-toupeira", "envolveu cerca de 50 elementos da Polícia Judiciária, um juiz de instrução criminal e dois magistrados do Ministério Público" e implicou a realização de "30 buscas nas áreas do Porto, Fafe, Guimarães, Santarém e Lisboa que levaram à apreensão de relevantes elementos probatórios".
A Procuradoria-Geral Distrital de Lisboa (PGDL) acrescenta, em informação publicada no site, que foram cumpridos seis mandados de buscas domiciliárias, um mandado de busca a gabinete de advogado e 21 mandados de buscas não domiciliárias. Diz ainda que nas buscas estiveram presentes um juiz de instrução criminal, dois procuradores-adjuntos, inspectores da PJ e peritos informáticos. A PGDL não refere que a sociedade anónima desportiva é a SAD do Benfica.
"Nesta investigação, iniciada há quase meio ano, averigua-se o acesso ilegítimo a informação relativa a processos que correm termos nos tribunais ou Departamentos do Ministério Público a troco de eventuais contrapartidas ilícitas a funcionários", diz a mesma nota da PJ,, segundo a qual os detidos vão ser sujeitos a primeiro interrogatório judicial.
A Procuradoria-Geral Distrital de Lisboa acrescenta que "no inquérito indicia-se a prática de acessos por funcionários a diversos inquéritos em segredo de justiça para obtenção de informação sobre diligências em curso, informações que eram depois transmitidas a assessor da administração de uma sociedade anónima desportiva a troco de vantagens".
A terminar, o comunicado da PJ informa que "a investigação prossegue com vista à continuação de recolha de prova e ao apuramento dos benefícios ilegítimos obtidos".
Paulo Gonçalves é, alegadamente, suspeito de ter subornado três funcionários judiciais para obter informações acerca de processos relacionados com o caso dos e-mails.
De acordo com a Sábado, também um técnico de informática do Instituto de Gestão Financeira e Equipamento da Justiça foi detido pela Unidade Nacional Contra a Corrupção da Polícia Judiciária por suspeitas de corrupção passiva.
O Benfica confirma a realização de buscas e a detenção do assessor jurídico do clube, esta manhã por suspeitas de corrupção, mas mantém confiança em Paulo Gonçalves.
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