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Assim não, Jesus !

Leão Zargo, em 22.10.16

 

Jorge Jesus.jpg

 

Quando se avalia o desempenho de Jorge Jesus no Sporting é inevitável que se recorde o seu salário. É um dos dez ou quinze treinadores melhor pagos no Mundo. Foi contratado com um vencimento assim porque consideraram-no (e ele considera-se) um técnico muito especial com elevadíssimo grau de sucesso competitivo. E porque com ele os jogadores rendem muito mais. Afinal, Jesus é o Mestre da Táctica.

 

Esta é uma ideia que pode corresponder à realidade, mas não se está a verificar no Sporting nesta época. As saídas de João Mário e de Slimani e a lesão de Adrien revelam um treinador com dificuldades para acertar as agulhas no campo. Entretanto, o tempo vai passando e os jogadores que entraram neste defeso parecem corpos estranhos na equipa. Quando se observa Campbel, Markovic, André, Alan Ruiz e Elias fica-se com a ideia de que não percebem o que Jesus pretende deles. O problema de Petrovic é de outra dimensão, Castaignos e Meli continuam desaparecidos e apenas Douglas terá entrada certa nos próximos tempos. Dos restantes, Bas Dost parece integrado, Spalvis está lesionado e Beto constitui um caso à parte.

 

Sempre que o nome de Jorge Jesus surge associado a jogadores da Academia há muitos sportinguistas que receiam pela visão e opções do técnico. Com ele apenas Gelson Martins e Rúben Semedo, por razões naturalmente diferentes, conseguiram furar a malha. Carlos Mané foi para a Alemanha e Matheus Pereira continua na equipa B. Palhinha, Francisco e André Geraldes, Iuri, Podence e Wallyson continuam a ganhar tempo de jogo emprestados a outros clubes porque nunca teriam em Alvalade. Por um lado, isso é bom pois voltarão mais fortes. Mas, por outro lado, como alguns deles são jogadores de grande cultura táctica e de conhecimento dos processos de jogo, questiona-se se não seriam muito úteis no Sporting, nomeadamente quando as estrelas que foram contratadas não se integram nas ideias e nos propósitos do treinador.

 

Começa a tornar-se cansativo ouvir Jorge Jesus a justificar os maus resultados. No caso do Sporting-Borussia Dortmund foi deprimente. Creio que nem ele acredita quando se justificou com a fraca experiência europeia dos jogadores do Sporting, em comparação com os alemães. Foi um sinal de desnorte, pois há muito tempo que não tínhamos uma equipa com um percurso competitivo como o desta. As expulsões do banco que ele tem sofrido também são um mau indicador.

 

A capacidade de trabalho e a exigência profissional de Jorge Jesus são sobejamente conhecidas. É urgente que ele as aplique com proveito ao futebol do Sporting.

 

publicado às 12:27

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42 comentários

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De José Proença a 23.10.2016 às 09:20

Há efectivamente comentários do Sr Jorge Jesus, que me deixam estupefacto. Quando existe sucesso, o mérito é do treinador; quando existe insucesso o demérito é dos jogadores. Muito mau.

Esta contratação faz-me lembra a do Sr Sousa Cintra, quando dispensou o treinador Bobby Robsson, que estava classificado em 1º lugar do campeonato, e contratou Carlos Queirós, invocando ter este treinador grande experiência com as camadas jovens. Viu-se o resultado. E não me esqueço de um resultado em Alvalade, em que perdemos com o rival 3-6, devido a uma substituição efectuada, retirando o nosso defesa esquerdo, na altura Paulo Torrres, deixando o corredor aberto ao ataque do adversário, por onde o Vitor Paneira, entrava, como cão em vinha vindimada.
Quais os benefícios para o nosso clube em ambos os casos?
O Sr Jorge Jesus, com o seu comportamento, que o leva a ser expulso do banco, no que é recorrente, só tem prejudicado o SCP, clube do nosso coração.
Tem de se exigir mais a um treinador que aufere o vencimento que tem. Para fazer o trabalho que ele está a fazer, estou cá eu, que até o fazia de borla.
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De Leão Zargo a 23.10.2016 às 12:47

José Proença

De facto, tem de se exigir mais (muito mais) a Jorge Jesus. No fundo, tornou-se evidente que o quase unanimismo em torno de Jesus foi prejudicial para ele. Por estranho que pareça, isso aconteceu, permitindo-lhe uma corda livre que nunca teria com uma maior vigilância crítica.

Agora, há um problema sério que só se resolve… ganhando os jogos!

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