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Ser Sporting não se implora, não se ensina, não se espera, somente se vive... ou não.
"Até me dá vontade de rir", disse Dias da Cunha, hoje um ancião, que ontem foi presidente do Sporting e que merecia mais respeito do actual presidente. Esta frase, surge como desabafo, à pretensão do inenarrável senhor Bruno de Carvalho, de processar o antigo Presidente leonino. No parlamento da chamada primeira República, um deputado respondeu a uma acusação de ter mudado de opinião com a expressão : "só os burros não mudam". Eu vou mais longe e até acredito que mesmo os burros mudam, mas quanto a Bruno de Carvalho, tenho de admitir,que não muda mesmo nadinha. Quando se pensava que tinha enterrado o machado de guerra sobre o passado do Sporting, eis que volta a desenterrá-lo, se é que alguma vez o enterrou.
O homem, está mais que provado, não assume nenhuma das porcarias que faz. E tem feito muitas. Apeteceu-lhe despedir Maurício do Vale, sabe-se lá porquê, e vá de arranjar um estratagema para o pôr no olho da rua, sem lhe dar um tostão, ao arrepio das leis do trabalho. Agora, como a coisa correu mal, sacode a água do capote, e procura encontrar bodes expiatórios. Até me faz lembrar da história do lobo que queria comer o cordeiro. Sim, que embora o homem vista pele de leão, no fundo é bem mais lobo, com todo o respeito pela espécie.
Esta atitude não é original nem única. Tem-se repetido ao longo do seu mandato à frente do nosso clube. Muitos casos idênticos podia referir, mas de entre eles, refiro, por ser mais badalado na comunicação social, o despedimento de Marco Silva. Não querendo assumir esse despedimento porque não os tem (...) para bom entendedor, arranjou um processo disciplinar tão absurdo, que, ainda hoje, só dá vontade de rir. Nunca mas mesmo nunca, volto a frisar, foi capaz de assumir um único erro. Sendo o máximo responsável pela equipa de futebol profissional e pelas contratações, quando os resultados eram negativos, a culpa era sempre dos outros, jogadores por ele contratados incluídos. E nesse aspecto sempre foi o desestabilizador que jogou a favor dos adversários.
Esta é a atitude do chico-espertismo na sua versão saloia. Os resultados estão à vista. Processos e mais processos perdidos. E por este andar muitos mais perderá. E, meus amigos, quem paga? É preciso dizê-lo? Dinheiro e mais dinheiro, inutilmente deitado à rua, em custas judiciais, advogados, juros e quejandos. Poderia encontrar muitos epitetos para designar este indivíduo Presidente, mas não o faço por uma questão da educação e respeito que ele não conhece. Mas há uma classificação que não resisto a utilizar: este comportamento parece-me semelhante a personagens de opereta. Puxa pelo riso.
O Sporting Clube de Portugal é uma instituição de utilidade pública e uma pessoa de bem que honra os seus compromissos. Ou melhor honrava, porque desde que esta personagem nos calhou na rifa, deixou de o fazer. E se não envergonha os adeptos sportinguistas com esta pseudo defesa do Sporting, é porque está tudo anestesiado com esta refundação de um clube sério e modelo do desporto em Portugal. Pode até ter o maior êxito desportivo do mundo, mas este não é o Sporting que aprendi a amar. Este é o clube do soba Carvalho e da sua corte. Um clube que não respeita pessoas, que rasga contratos, que rejeita o seu passado. Acima de resultados transitórios desta vida, tem de haver valores. Há uma distância muito ténue entre a civilização e a barbárie.
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