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Ser Sporting não se implora, não se ensina, não se espera, somente se vive... ou não.
Tem vindo a ser justamente elogiada a operação da qual resultou a transferência de Nuno Mendes para o PSG. Operação que surpreendeu, pelos complexos contornos do negócio, e pela segredo da sua concretização. Ou seja, quando a informação chegou à comunicação social, já o negócio estava efectuado. E embora os detalhes possam ter sido ultimados, no dia em que foram conhecidos, é normal que, dada a sua complexidade, estivesse a ser preparado já há algum tempo. Significa que a estrutura ligada ao futebol, está a trabalhar com grande profissionalismo, de forma discreta e eficiente. Esta transferência, com outras menores, permite ao Clube ter um saldo positivo, entre compras e vendas.
O sucesso deste negócio, que reuniu quase total unanimidade, entre os adeptos, é apenas a ponta de iceberg de uma série de operações, não tão mediáticas, mas mesmo assim muito importantes, e que não têm sido valorizadas como merecem. Trata-se da saída de vários excedentários através de venda, de empréstimo, ou de rescisão de contrato. O resultado mais imediato consiste na poupança de muitos milhões na folha salarial da SAD.
O outro benefício é que permite aos jogadores dispensados, continuarem em actividade, podendo, nalguns casos, evoluir enquanto atletas. Noutros casos, pode acontecer que seja accionada a opção de compra no fim da época, ficando assim a situação resolvida, em definitivo. A excepção deveras frustrante é Renan Ribeiro que resiste a colaborar, mesmo tendo sido apresentadas alternativas. Parece-me uma situação estranha ou até absurda. Não entendo que benefício tira dessa teimosia, nomeadamente para a sua carreira. Ou haverá alguma coisa que nos escapa?
Em conclusão, todo este trabalho de secretaria, realizado com muita eficiência, durante a abertura do mercado, além de resolver problemas, foi feito com a maior discrição, sendo conhecido na altura em que se concretizou. E se podemos criticar esta Direcção por alguns maus negócios, como outras, a verdade é que implantou uma fórmula de gestão de activos, eficaz. E uma das suas componentes, entre outras, é muita antiga: o segredo é a alma do negócio... até no futebol.
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