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Começa hoje (ontem) a época futebolística 2018/19, com realização da Supertaça correspondente aos vencedores do Campeonato Nacional e da Taça de Portugal de 2017/18. O FC Porto foi a melhor equipa da época passada e mereceu o título conquistado; o Aves soube explorar com mérito o 'hara kiri' histórico do Sporting, numa final que nunca se deveria ter disputado nas condições em que se realizou. Não houve coragem suficiente para se perceber que a integridade da competição não estava salvaguardada; não se pode promover uma final de uma prova tão marcante como a Taça de Portugal - a segunda prova mais importante do calendário futebolístico indígena - quando uma das equipas finalistas havia sido assaltada na sua dignidade, de um modo bárbaro e sem precedentes à escala universal. Mas quando toca a coragem - e a decisões difíceis -, sabemos o que acontece: normalmente, nada. E é nestes momentos que falha a liderança.


Chegamos a este ponto e nenhum dos candidatos ao título parece preparado para um arranque indiscutível de força e poderio.

É o Sp. Braga que parece mais sólido e compacto e mais perto de uma versão final, e não espanta que os seus responsáveis sejam portadores de uma mensagem optimista. O Sp. Braga cresceu o suficiente para poder aspirar ao título, com aposta em bons jogadores e treinadores e, através da proximidade entre Luís Filipe Vieira e António Salvador, acentuada com a permanente bílis lançada por Bruno de Carvalho, o ataque estratégico desferido ao Sporting, no sentido de começar por ocupar a 'terceira vaga', em que Abel Ferreira surge como uma 'peça' dessa estratégia, tem tudo para se desenvolver em 2018/19, principalmente num quadro de ainda maior fragilização do clube de Alvalade, imposta pela loucura do seu ex-presidente.

O FC Porto parte com duas indiscutíveis vantagens: a de ser o campeão e de ter a baliza melhor defendida.


Esta questão dos guarda-redes é muito curiosa. Na época passada, Sérgio Conceição começou por identificar um problema na baliza (com Casillas), e depois rectificou o tiro, porque José Sá não o deixou ficar bem na fotografia. O Benfica não soube, em momento algum, suprir a saída de Ederson e o mais incrível é que a questão ainda não está totalmente resolvida. O Benfica não tem um guarda-redes que lhe dê total confiança e, apesar dos ténues progressos, a desconfiança sobre Vlachodimos permanece; o Sporting ainda menos, Viviano parece ser uma carta fora do baralho antes de o jogo começar. Criar as condições para a fuga de Rui Patrício foi insensatez pura.

 

Nenhuma equipa pode aspirar a ser campeã nacional se tiver um problema na baliza. Parece indiscutível que piorou a qualidade entre os guarda-redes dos 'grandes' - e isso é um péssimo ponto de partida e algo inaceitável num candidato ao título.


Na hipótese de Marega ser vendido, o ataque perde peso e passa a ser… 'de franguinho'. Pairam muitas dúvidas sobre o campeão nacional e Sérgio Conceição deve estar à beira de um ataque de nervos.

No Benfica, a questão Jonas durou tempo de mais.


A equipa está com boas dinâmicas ofensivas, do meio-campo para a frente, mas muito vulnerável no processo defensivo.


Começar uma época com a sensação de que a questão do guarda-redes e dos centrais não está resolvida – outra vez – parece ser ‘coisa de amadores’.


Gedson é promessa, e jogador a seguir, mas o último jogo colocou algumas reticências. Talvez não esteja no ponto de ser ‘certeza’ e aposta segura no ‘onze’…


E o caso Jonas conhece ainda muitas sombras: como é que principal ‘solução’ passa a principal ‘problema’? A questão clínica ‘das costas’ serve para justificar um não acordo? A pouca utilização de Jonas na pré-época foi uma questão clínica ou um ‘duplo cartão amarelo’ do Benfica? Ficar com Jonas contrariado nunca seria boa ideia. Contudo, com esta venda, o (novo) ataque do Benfica e de quem o escolheu ficam sob pressão e Rui Vitória com via aberta para o 4x3x3. Interrogações a mais, a poucos dias do início da operação Champions!

No Sporting, são várias e de diferentes dimensões as questões em aberto.


Desde logo, o campeonato vai começar sem se saber quem vai ser o próximo presidente do Sporting.


Os leões debatem-se com uma questão directiva e, enquanto a não resolver, em regime de maior estabilidade, terá poucas possibilidades de alcançar êxitos no futebol.


No plano desportivo, posso estar enganado mas acho que a nova aposta em Jefferson tem tudo para correr mal. Não parece concentrado. Um defesa-esquerdo consistente daria possibilidade de Acuña poder ser uma boa solução para '8': é agressivo, tem os dois 'tempos de jogo' (defensivo e ofensivo), chuta e serve bem… Libertaria Bruno Fernandes para ser o principal apoio a Bas Dost, embora ainda haja Nani para essas funções… Badelj - grande perda!


Battaglia chega para '6'? Não parece. E é óbvio que falta mais um ponta-de-lança…

Vamos ver se todas estas dúvidas, interrogações e fragilidades não vão aumentar o ruído em 2018/19. A coisa promete… como sempre, ainda por cima com o sector da arbitragem mergulhado outras vez num regime de opacidade.

 

Rui Santos, jornal Record

 

publicado às 04:32

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10 comentários

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De Rui Gomes a 05.08.2018 às 17:34

Bem... o Gelson Dala não comento porque não faço a mínima ideia como ele está neste momento, mas o João Palhinha é uma faca de duas gumes.

Ou seja, podia ser alternativa a Battaglia mas está na fase da sua carreira em que precisa de jogar com regularidade. É uma situação complexa!
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De Rui Gomes a 05.08.2018 às 17:45

Perdão... "dois gumes".
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De Cris Dileo a 05.08.2018 às 18:02

Se fosse a segunda opção, creio que ia jogar com alguma regularidade.

De qualquer forma e isto é apenas uma opinião propria - podiamos partir para esta epoca com 2 prespectivas:

1. Assumir que depois do que aconteceu, não eramos candidatos ao titulo e apostar na prata da casa - Domingos Duarte, Dala, Palhinha, Mané, Geraldes etc

2. Tentar remediar ao maximo o que aconteceu e apresentar a melhor equipa possivel para sermos candidatos ao titulo (que é o que SC está a fazer)

As duas têm os seus pros e contras, mas a medio prazo creio que a primeira poderia dar mais frutos, não só porque em termos financeiros nos dava mais alguma folga e depois poderia tambem significar um crescimento efectivo desses jogadores, tal como aconteceu com Gelson, Ruben, João Mario e até Podence e Rafael Leão.

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De Rui Gomes a 05.08.2018 às 20:08

Não se deve apostar em tantos jovens em simultâneo, tanto pela equipa como por eles próprios.

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