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Ser Sporting não se implora, não se ensina, não se espera, somente se vive... ou não.
Rúben Amorim foi e é uma lufada de ar fresco no Sporting. Em duas épocas completas ganhou o título nacional máximo, além de outros títulos. Na época anterior disputou o campeonato até ao fim, com os mesmos pontos. Esta época começou a perder não nos jogos com os adversários directos, mas com derrotas com clubes inferiores, em termos futebolísticos.
Acresce que à saída de Palhinha (já prevista) e a de Matheus Nunes (imprevista) a equipa ficou sem a dinâmica do meio campo. Os substitutos com outras características não estão ao mesmo nível. Além disso, Trincão não é Sarabia. As muitas lesões associadas a um calendário com várias provas não ajudaram. Não houve até agora estabilidade na defesa e no meio campo.
No início da segunda volta, estamos longe do primeiro lugar, mas o terceiro, no mínimo, ainda é possível, desde que se ganhem os jogos em que somos teoricamente superiores. E só falta jogar com um adversário directo. Dito isto, e porque o Sporting perdeu o jogo com o Antas, gerou-se uma discussão, tendo como alvo o treinador. Tivessem entrado as bolas que podiam ter entrado, e a conversa hoje seria diferente. É assim o futebol.
Aqui no blog, Amorim, com uma ou outra excepção, é o bombo da festa. Tudo é criticável na perspectiva do adepto, mas um jogo tem de ser visto na sua globalidade, E se não têm falhado golos mais que possíveis, o jogo seria diferente. Isto quer dizer que o treinador não teve alguma responsabilidade? De maneira nenhuma. Não é perfeito nem infalível. É novo na idade e também na profissão, e talvez por inexperiência e por posicionamento, não tem a manhosice do seu adversário, mas na minha perspectiva irá ser muito melhor treinador.
Para além dos costumeiros treinadores de bancada, os “erros” de Rúben Amorim têm sido escalpelizados na comunicação social, por jornalistas/comentadores, havendo alguns que pela sua reconhecida competência e isenção me merecem crédito. Afirmam que Amorim errou na constituição da equipa, nas substituições, e até nas justificações. Não ponho em causa as críticas, mas é importante e necessário lembrar as limitações que continuam a existir. A impossibilidade de utilizar Morita deu azo a adaptações que decerto não estariam previstas, embora se possa questionar a colocação de Trincão (doente) e a de Paulinho a extremo. A verdade é que na primeira parte, fomos superiores ao adversário, e nos faltou “estrelinha”.
Em conclusão, se Amorim errou há muitos outros factores que explicam a derrota. E se em função das circunstâncias teve de lançar no jogo, jovens que deviam ir sendo integrados progressivamente, estes acabaram por mostrar que já temos três reforços garantidos. E se aceitarmos algumas críticas como sendo justas, outras são muito exageradas. Quanto aos adeptos que põem tudo em causa pela, até agora, má época, sugiro que reflictam sobre o passado do futebol do Clube, desde os anos 60 do Século XX.
Um pouco mais de bom senso, precisa-se!
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