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Ser Sporting não se implora, não se ensina, não se espera, somente se vive... ou não.
Não era minha intenção dar continuidade a este assunto, mas acabei por não resistir face ao número de comentários ao post original e o contexto dos mesmos.
Primeiro e sobretudo, não vou ser hipócrita e afirmar que estranhei de modo algum o número de comentários de adeptos do Benfica ao post original - cerca de dois terços dos que foram publicados - e praticamente todos a defender o posicionamento técnico da RTP no que diz respeito à transmissão da final da Taça de Portugal de futebol feminino, muito embora o texto não contenha referência alguma, directa ou indirecta, ao clube da Luz.
Foi perfeitamente natural surgir uma reacção de desagrado da parte de sportinguistas. Se teríamos reagido da mesma maneira caso a final tivesse sido disputada por outras equipas, é um não assunto, porque não foi. Estiveram em campo o SC Braga e o Sporting Clube de Portugal. Não duvido, minimamente, que se o Benfica tivesse disputado a final, os seus adeptos teriam tido semelhante reacção, nas circunstâncias.
O que fica para história, indiferente dos argumentos sustentados por paixões clubistas, é o mau profissionalismo do canal público, que dá justa causa para ser interpretado como desrespeito pelo Sporting e por todos aqueles que assistiram ao desafio.Tanto por ter dividido a transmissão do prolongamento com o concerto, assim como, e ainda mais grave, por ter ignorado completamente a entrega do troféu à equipa vencedora e das respectivas medalhas a todos os participantes dos dois clubes.
Admite-se que a RTP tinha outros compromissos e não estava preparada para o jogo ir além dos 90 minutos regulamentares, contudo, uma vez que assumiu a responsabilidade, não devia ter sabotado a transmissão da forma como o fez.
Na minha opinião, face ao dilema e para minimizar danos, devia ter anunciado que iria interromper a transmissão e que só regressaria ao Estádio Nacional quando estivesse tudo pronto para as cerimónias. Acho que todos nós teríamos respeitado essa decisão.
Nos comentários originais surgiu uma outra questão sobre o agendamento da transmissão. Não vou insistir na minha tese, porque não a posso comprovar, mas já há alguns dias tinha lido um anúncio do Sporting, tendo então ficado com a ideia que a decisão de transmitir a final foi quase de última hora, ou seja, não estava pré-agendado. Talvez até não seja uma questão importante, mas se for verdade, ajuda a explicar o dilema do canal público perante o tempo extra do jogo.
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