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Ser Sporting não se implora, não se ensina, não se espera, somente se vive... ou não.
Claramente frustrado e a dar chama à sua animosidade para com Luís Duque, Bruno de Carvalho reagiu impetuosa e irracionalmente a culpar o presidente da Liga de Clubes pela decisão da Assembleia Geral da FPF, ao chumbar o sorteio dos árbitros em competições oficiais. Recorde-se que 53 delegados votaram contra a medida, 17 a favor e houve uma abstenção:
A decisão é sobretudo um golpe para os clubes depois de uma decisão largamente maioria ficamos a perceber que Luís Duque e os seus pares não foram capazes de defender os nossos interesses. Estamos no Cabo da Boa Esperança, onde se falava de monstros e onde muitas pessoas morreram, mas um dia um português passou e mudou tudo. Estamos envoltos num Mundo de incompetência e de hipocrisia, verificámos existirem uns delegados que não faziam ideia do que se estava a falar e não houve capacidade da Liga em informá-los sobre as virtudes do sorteio e o regulamento com as alterações pensadas. Vamos ter de continuar nesta luta, mas fica a impressão que a FPF continua de costas voltas para os clubes e os clubes não têm pessoas que as defendam devidamente. É bom que os clubes entendam o que significa este chumbo. Isto não é um revés para o Sporting, mas para o futebol.
É preciso ter um presidente da Liga que nos defenda, que não se deixe ser eliminado numas votações depois de os clubes terem decidido outra coisa. (...) Temos de continuar a pugnar por um futebol diferente e os clubes têm de tentar fazer ouvir a sua voz. Se não houver clubes não há futebol, nem selecções, nem negócio. Temos de ser serenos, perceber o que é o futebol, os interesses que estão à volta e lutar todos juntos por votar num presidente da Liga que não tenha medo de defender os clubes.
À margem de um jogo de preparação entre o Atlético e Olhanense, Luís Duque reagiu às declarações de Bruno de Carvalho:
Quem esteve lá viu que é falso. Defendi sempre a vontade dos clubes no sentido do que foi decidido na AG da Liga. Publicamente sempre defendi a vontade desses clubes, independente daquilo que possa ou não pensar. Ficou na evidência de todos os que ouviram as minhas declarações que a posição da Liga foi uma e de forma inequívoca, inclusivamente recorrendo a pareceres para suportar a posição dos clubes. Se a proposta não teve acolhimento, pelo menos ficou a mensagem dos clubes de que as coisas não estão bem e têm de ser mudadas. A Liga tem apenas um voto. Nem faço comentários, é de alguém que não acompanhou, ou está completamente desfasado da realidade e não tem a mínima noção do que está a dizer. Se a própria proposta do Sporting foi admitida na AG, foi porque eu disse que todas tinham de ser ouvidas. É um perfeito disparate de alguém que é um perfeito ignorante nesta matéria e que não tem o mínimo de experiência nestas questões.
Além do ataque directo a Luís Duque, fica-se com a sensação de que o discurso do presidente do Sporting foi um de campanha eleitoral em prol de Pedro Proença. Curiosamente, Bruno de Carvalho não se incomodou a estar presente nas duas sessões da Assembleia Geral da Liga, em que a proposta do Sporting foi debatida e eventualmente aprovada pelos clubes.
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