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Ser Sporting não se implora, não se ensina, não se espera, somente se vive... ou não.
Seja na primeira ou na terceira pessoa, há uma realidade intríseca com Bruno de Carvalho: de tempos a tempos faz uma muito breve pausa, mas o seu estado normal de estar na vida, pelo menos enquanto preside ao Sporting Clube de Portugal, é fazer guerra, se possível, 24 horas por dia, 7 dias por semana.
Há quem diga que este estado de coisas é apenas e tão só pelo seu sentido de defesa do Sporting. Há também quem insista que além de ser sua natureza, ele acredita, sobretudo, que é esta a via que mais e melhores probabilidades lhe oferece para assegurar a sua continuidade na liderança do Clube, mesmo confrontado com insucessos desportivos, nomeadamente no futebol.
Sendo assim, não é surpresa para ninguém que tenha aproveitado a cerimónia de entrega de emblemas aos sócios (estes, pelo menos, ainda não foram expulsos) para disparar em várias direcções:
"O Sporting é um amor que não se explica, o que faz de nós um clube de família. Esta tem de estar mais unida e coesa. Cada vez temos de ser mais conscientes: quanto mais fortes mais atacados seremos. Estamos há dois anos à espera da resposta da Federação Portuguesa de Futebol para explicar porque nos retiraram quatro títulos. É uma falta de respeito a atletas, sócios e adeptos. Relembro que somos mais de 3,5 milhões de sportinguistas e eles, em vez dos 22 títulos, teimam em dizer que temos 18. Talvez seja necessário cada vez mais sportinguistas saírem da zona de conforto e lutarem pela sua identidade e história.
Bem sei que haverá quem está a anotar ou a gravar estes discursos para me dar mais castigos. Sinto-me como aqueles que eram fustigados em praça pública e que levavam chibatadas. Não é por estarem dois anos sem responder que não vão ver a força do Sporting, dentro e fora das quatro linhas. O Sporting não precisa de bastidores, de andar nos meandros, nos emails ou ser apanhado em escutas. De há cinco anos para cá dizemos sem medo o que se passa no desporto. Cuidado que sabemos muito mais... Muito tem dito o presidente, mas muito tem guardado. Vou, com paciência, revelando as coisas no momento certo.
Nós fomos os únicos com a coragem de ir a Oleiros para homenagear as populações e os bombeiros. Agora é bonito falar e fazer jogos de caridade, mas bonito, bonito é conviver com as populações e não ter medo de estar com quem merece o nosso apoio e carinho. Nós fazemos. Os outros fazem filosofia e hipocrisia".
Foi Napoleão Bonaparte que disse: "Existem, apenas, duas espécies de planos de batalha, os bons e os maus. Os bons, falham quase sempre, devido a circunstâncias imprevistas que fazem, muitas vezes, que os maus sejam bem sucedidos".
Como Bruno de Carvalho ainda tem muito "guardado", veremos os planos para a próxima frente de batalha, e se são "bons" ou "maus".
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