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Ser Sporting não se implora, não se ensina, não se espera, somente se vive... ou não.
Depois de 100 minutos de queixas generalizadas, de rodas e rodinhas, de mais acusações do que futebol, os episódios que se seguiram ao apito final resumem melhor o panorama global do FC Porto – Sporting do que o ocorrido anteriormente: uma sucessão de ofensas, empurrões, corridas para aqui e para ali, conflitos entre jogadores, entre jogadores e dirigentes, entre membros exteriores ao jogo e jogadores, tudo pontuado por um árbitro perdido que ia distribuindo expulsões.
O FC Porto – Sporting teve um prólogo de elogios de parte a parte, revestidos das “canções de embalar” de que ambos os técnicos falaram. Mas o 2-2 final produziu-se no contexto mais próprio de uma “canção da canção triste”, como diria Manuel Cruz. Além dos 11 amarelos e das expulsões de Coates, Pepe, Marchesín, Tabata e Palhinha — estes quatro últimos já após o final da partida —, a sensação que fica é de mais um jogo que, podendo ser uma promoção do futebol português, acabou por ser uma lamentável sucessão de incidentes.
O clássico terminou, mas o sucedido posteriormente evidencia que o jogo quase parecia algo secundário naquele contexto, tal o empenho geral em sair por cima de uma situação em que todos ficaram a perder — desde logo, a imagem do futebol português. O corrupio de atitudes lamentáveis e infantis colocou um ponto final num espetáculo triste. As cantigas de embalar do encontro do título foram canções tristes da partida em que o jogo não foi destaque.
Excerto do artigo da autoria de Pedro Barata, em Tribuna Expresso
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