
A Comissão Arbitral Paritária (CAP) mantém o quórum para apreciar as nove rescisões de contrato no Sporting, apesar da renúncia de Madalena Januário como relatora do processo de Rui Patrício.
Madalena Januário não só renunciou à análise da documentação de Rui Patrício como ainda pediu escusa para intervir nos restantes oito casos, em virtude das suspeitas quanto à sua imparcialidade, que foram levantadas pelo facto de ser sócia do escritório de Tiago Rodrigues Bastos, o advogado do Sindicato dos Jogadores (SJPF) que prestou auxílio nas rescisões.
Como está previsto neste tipo de situações, porém, sempre que um árbitro pede escusa, a parte competente (e neste exemplo concreto é o SJPF) indica um substituto para ocupar a vaga, algo que foi feito entretanto, tendo sido nomeado o advogado João Pedro Mora.
Com a anunciada renúncia de Madalena Januário - e tendo em conta que o presidente da CAP, Ricardo Nascimento, já se demitira antes por considerar que poderia haver conflito de interesses -, a CAP ficaria 'reduzida' apenas a Lúcio Correia, o único do trio inicial. A entrada de João Pedro Mora, no entanto, permite à CAP continuar a apreciar os processos.
No entanto, também Lúcio Correia suscita da parte do Sporting sérias dúvidas quanto à sua independência, fruto de diversas intervenções televisivas nas quais se manifestou a favor dos jogadores.
O Sporting estranha o silêncio da Liga e do próprio SJPF perante o que considera um 'bloqueio' na análise às rescisões, a despeito de o quórum ter sido assegurado. Cabe a estes dois organismos decidir se nomeiam novos elementos para a CAP ou se, em alternativa, fazem seguir os processos para o TAD (Tribunal Arbitral do Desporto).