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Ser Sporting não se implora, não se ensina, não se espera, somente se vive... ou não.
Carlos Pereira, antigo futebolista e treinador-adjunto do Sporting, comentou a época da equipa principal, em entrevista à Agência Lusa, com foco em Rúben Amorim:
"Não se pode dizer que o trajecto [feito desde 2019/20] com o Rúben Amorim tenha sido negativo. Muito claramente, retiro o treinador destas anomalias nos comportamentos da equipa. Foi uma pessoa que procurou incutir junto dos jogadores um espírito de luta e de responsabilidade, que esteve sempre presente.
A consistência normalmente carece de mais assiduidade no onze inicial e, às vezes, as mudanças feitas pelo treinador podem provocar com que o atleta perca algum ritmo. Percebo muito bem que se tem de mudar as coisas face à evolução de cada jogo, mas a inconsistência tem a ver com a pouca regularidade de alguns jogadores, que se transmite no próprio relvado.
O Sporting sofreu perdas irreparáveis e não teve capacidade aquisitiva para colmatar essas saídas. O João Palhinha dava uma grande cobertura, não só pela maneira como ia pautando o jogo, mas por ser um travão assim que os atacantes adversários chegavam ao reduto mais defensivo do Sporting. Depois, o Matheus Nunes tinha uma capacidade individual de construir jogadas de ataque com muitíssima qualidade, tanto a servir os avançados, como também a alcançar alguma proximidade à baliza. Foram dois sectores afectados.
As alterações constantes no 'onze' também têm a ver com os adversários, que, por vezes, requerem coisas diferentes, tais como apostar num ataque mais móvel ou pôr um ponta de lança mais fixo. O treinador procurou fazer isso com algum critério, mas nem sempre resultou. Agora, acho que deve ser fiel às suas ideias e conceitos, que já deram grandes alegrias ao Clube.
O Paulinho ficou muito aquém face ao investimento e à resposta que deu em termos de produtividade. O Sporting tem de se reforçar claramente nesse capítulo, sendo que tudo indica que o Manuel Ugarte vai sair. Será também uma baixa de peso muito importante e tem de conseguir colmatá-la.
Relativamente às assistências abaixo dos 40 mil espectadores, o Sporting é 'sui generis' nessa situação. A massa associativa é paciente relativamente aos resultados, mas muito apaixonada pelo Clube. Com esta situação de andar atrás do Sporting de Braga, de não lutar para ser campeão nacional e de continuar pontualmente sempre muito aquém do Benfica e do FC Porto, clubes de grande rivalidade, as pessoas entram num descrédito e passam a comparecer menos aos desafios em casa".
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