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Ser Sporting não se implora, não se ensina, não se espera, somente se vive... ou não.
O caso Carrillo é revelador da elevada incapacidade de prever e de prevenir que é própria desta direcção liderada por Bruno de Carvalho. Quando a essa incapacidade se junta o muito acentuado desconhecimento da realidade intrínseca do Futebol e de um plantel de jogadores profissionais então verifica-se uma mistura explosiva.
O que se passa com Carrillo é paradigmático do que não poderia acontecer. Por um lado, trás à memória o que esteve quase a verificar-se com Adrien, Slimani e Jefferson ou que do se passou com Bruma, Illori e Dier. Um plantel de futebol é constituído, em simultâneo, por um conjunto de individualidades competitivas entre si e de uma individualidade grupal, o que implica dinâmicas próprias e irreversíveis. A relação de confiança e de autoridade entre o treinador Jorge Jesus e os jogadores fica beliscada de forma irreversível.
Os atletas do plantel do Sporting assistem em directo ao que poderá acontecer a cada um em situações contratuais semelhantes. Para agravar, entre os sportinguistas há quem veja os jogadores numa perspectiva esclavagista do século XIX como se as estruturas sociais, jurídicas e mentais tivessem permanecido inalteráveis na longa duração temporal. Quando há quem exija que Carrillo fique a aparar a relva ou deseje que lhe partam as pernas revela o ensandecimento em que se caiu.
Para tentar safar-se Bruno de Carvalho procura confundir o registo temporal dos acontecimentos com meias verdades ou informações incompletas na esperança que, com isso, se verifique a impossibilidade de avaliar a sua acção neste caso. Quando a direcção garante que desde há quase dois anos procura a renovação contratual com o jogador omite propositadamente a disputa que levou a propósito dos direitos económicos de outros o que inviabilizaria qualquer acordo.
Remeter culpas próprias para outros é infantil mas, pior ainda, profundamente prejudicial para os interesses do Sporting.
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