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Carrillo, um caso paradigmático

Leão Zargo, em 04.10.15

 

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O caso Carrillo é revelador da elevada incapacidade de prever e de prevenir que é própria desta direcção liderada por Bruno de Carvalho. Quando a essa incapacidade se junta o muito acentuado desconhecimento da realidade intrínseca do Futebol e de um plantel de jogadores profissionais então verifica-se uma mistura explosiva.

 

O que se passa com Carrillo é paradigmático do que não poderia acontecer. Por um lado, trás à memória o que esteve quase a verificar-se com Adrien, Slimani e Jefferson ou que do se passou com Bruma, Illori e Dier. Um plantel de futebol é constituído, em simultâneo, por um conjunto de individualidades competitivas entre si e de uma individualidade grupal, o que implica dinâmicas próprias e irreversíveis. A relação de confiança e de autoridade entre o treinador Jorge Jesus e os jogadores fica beliscada de forma irreversível.

 

Os atletas do plantel do Sporting assistem em directo ao que poderá acontecer a cada um em situações contratuais semelhantes. Para agravar, entre os sportinguistas há quem veja os jogadores numa perspectiva esclavagista do século XIX como se as estruturas sociais, jurídicas e mentais tivessem permanecido inalteráveis na longa duração temporal. Quando há quem exija que Carrillo fique a aparar a relva ou deseje que lhe partam as pernas revela o ensandecimento em que se caiu.

 

Para tentar safar-se Bruno de Carvalho procura confundir o registo temporal dos acontecimentos com meias verdades ou informações incompletas na esperança que, com isso, se verifique a impossibilidade de avaliar a sua acção neste caso. Quando a direcção garante que desde há quase dois anos procura a renovação contratual com o jogador omite propositadamente a disputa que levou a propósito dos direitos económicos de outros o que inviabilizaria qualquer acordo.

 

Remeter culpas próprias para outros é infantil mas, pior ainda, profundamente prejudicial para os interesses do Sporting.

 

publicado às 13:50

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20 comentários

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De J.Pinto a 04.10.2015 às 15:39

Estamos a falar de um jogador que ainda há 1 ano atrás era assobiado em Alvalade

Estamos a falar de um jogador que se vendeu 50% do seu passe por 360mil euros

È impossivel saber tudo o que aconteceu, mas parece-me que a SAD fez tudo ou ainda mais do que deveria para renovar com o jogador

Ele é livre de assinar por um rival, mas ao fazê-lo não pode admirar-se de ser tratado como persona non grata. como Figo o é em Barcelona ou mesmo como Moutinho ou Sabrosa o são em Alvalade

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De Rui Gomes a 04.10.2015 às 16:12

"E impossível saber tudo mas parece-me que a SAD fez tudo ou ainda mais do que deveria para renovar com o jogador" !!?

A título de curiosidade, uma vez que admite que não sabe "tudo" o que é que lhe parece que a SAD fez "mais do que deveria" ?
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De J.Pinto a 04.10.2015 às 16:36

Estou a falar dos valores que sairam para a comunicação social, incluindo premios de assinatura/comissões - considero que são valores excessivos para um jogador tão intermitente
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De Leão Zargo a 04.10.2015 às 17:18

J.Pinto,
pelos vistos há quem considere que o Carrillo não será assim "tão intermitente"!
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De J.Pinto a 04.10.2015 às 18:11

Com o mal dos outros - posso eu bem - o dinheiro que vai para Carrillo e para o seu empresário não vão para outro jogador

No entanto concordo que esteve mal a SAD em não arranjar no verão alguem mais experiente para uma eventualidade de se encostar Carrillo
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De Rui Gomes a 04.10.2015 às 18:41

Curiosamente - ou talvez não - potencialmente 10 milhões com um treinador não é excessivo !??
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De Pedr51 a 04.10.2015 às 17:41

De modo a precaver-se de uma possível não renovação do contrato, o que a SAD não fez, foi contratar um jogador experiente com as mesmas características.

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