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Ser Sporting não se implora, não se ensina, não se espera, somente se vive... ou não.
Caro Marco não nos conhecemos de lado nenhum mas conheço quem te conheça bem e, para além disso, és o treinador do meu clube do coração desde há décadas pelo que perdoa-me a informalidade com que aqui te trato.
Queria desde já agradecer-te tudo o que deste esta época ao Sporting, independentemente do resultado de Domingo. Falo já no passado porque sabemos ambos que será o teu último jogo nesta tua primeira passagem pelo Sporting (acredito que um dia vais voltar e, quem sabe, mais cedo do que imaginas).
Obrigado por teres aceite o desafio de seres nosso treinador, mesmo sem poderes escolheres os jogadores que querias (nem um!) e teres ficado logo de pé atrás em relação ao estado físico da equipa que recebeste, da qualidade das aquisições (o Nani felizmente disfarçou muita coisa) e, especialmente do nível da equipa dirigente.
Obrigado por teres aturado todo o tipo de mal-criação e ingerência, quase inédito no futebol profissional (ok no Chaves também se passou este ano algo semelhante para azar do Norton de Matos).
Obrigado por teres mantido sempre uma postura profissional e conseguido isolar a equipa das confusões que te arranjaram.
Obrigado pelo nível de futebol que conseguiste apresentar e que saudades tínhamos de ver a equipa a jogar bem à bola (talvez desde o tempo do Peseiro que não me lembro da nossa equipa a jogar assim). Tivemos muito azar em momentos decisivos senão quem sabe até onde poderíamos ter chegado apesar de todas as limitações?
Obrigado por teres mantido o nervo naquele jogo em Barcelos quando sabias que um mau resultado redundaria na tua saída prematura e na provável entrada do Vítor Pereira (que susto).
Obrigado por teres aguentado com frieza aqueles momentos surreais do Natal (aquele 1º treino então depois de teres sido despedido deve ter sido qualquer coisa) e percebo que tenhas decidido procurado defender-te na imprensa e no tribunal.
Obrigado por, apesar de benfiquista, teres dado a este Sporting um “cheirinho” do que é o saber estar no desporto, a integridade e o nível que sempre tinha sido apanágio do meu Sporting, aguentando estoicamente todo o tipo de provocações (embora agora se veja que estás mesmo a explodir).
Peço que mantenhas a calma nos dias depois da Taça que, independentemente do resultado, se adivinham um verdadeiro calvário para ti e saibas que a esmagadora maioria dos sportinguistas está-te grata e com muita pena de, desta vez, não te conseguirmos segurar, ao contrário do que conseguimos fazer no Natal.
Desejo toda a sorte para a tua carreira, que possas aproveitar toda a experiência e calo que ganhaste no nosso clube (de preferência nunca nos nossos rivais).
Toda a sorte já para Domingo onde espero poder-te dar-te no fim um abraço sentido de parabéns e agradecimento (estarei estrategicamente sentado no Jamor)!
Até Domingo!
City Lion
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