Saltar para: Post [1], Comentários [2], Pesquisa e Arquivos [3]
Ser Sporting não se implora, não se ensina, não se espera, somente se vive... ou não.
"A escrita é a pintura da voz" (Voltaire)
Não é nenhum segredo de polichinelo. Tenho sido e sou crítico da direcção do Sporting presidida por Bruno de Carvalho. Isso não impede que reconheça as boas decisões que tomou ou venha a tomar, a favor da Instituição a que preside. A atitude crítica também não impede que apresente sugestões que melhorem as práticas, susceptíveis de correcção. É nesse sentido que, na época natalícia, símbolo de paz e boa vontade,me atrevo a deixar alguns conselhos ao Presidente, sem qualquer pretensiosismo, e apesar da sua pouca disponibilidade para ouvir vozes ponderadas.
Primeiro conselho: no ano que aí vem enterre o machado de guerra. Foram cinco anos de guerras desgastantes e inúteis, contra tudo e contra todos, e todas perdidas. Não beneficiaram o Clube que dirige e só ajudaram a degradar a sua imagem.
Segundo conselho: Faça uma reflexão séria sobre o seu mandato. Saliente pontos positivos e negativos e tenha coragem de fazer a "mea culpa" quando for o caso. E tenha sobretudo a coragem de não repetir os mesmos erros. Se aceita uma ajuda, digo-lhe que assuma uma atitude institucional. Mas para isso é preciso, antes de mais, mudar a forma e o conteúdo da comunicação.
Terceiro conselho: do que já ficou dito, infere-se, que se quer ser factor de união, deve abandonar a perseguição aos sócios, que ousaram ou ousarem discordar da sua acção. São, alguns há muitos anos, sócios por devoção ao Clube, e não tiram disso qualquer proveito financeiro pessoal. As purgas de quem não nos presta cega vassalagem, são próprias de sistemas ditatoriais. E mesmo que tenha sido eleito democraticamente, esse facto não lhe dá direito de exercer o poder absoluto.
Quarto conselho: não lhe fica bem, utilizar os eventos do Sporting para "malhar" a torto e a direito, nos que não são seus incondicionais, e para justificar e reforçar o seu poder. Esses eventos, devem servir para apelar ao sportinguismo, de forma positiva, e não para dividir adeptos e sócios em bons e maus. Com as suas idiossincrasias e as suas diferenças todos querem o melhor para o Clube, o que nem sempre pode coincidir com a acção de quem, transitoriamente, o serve.
Quinto conselho: concentre-se nas funções que exerce. Governe a sua casa com competência e humildade. Assuma erros e corrija-os. Não "sacuda a água do capote" desculpando-se com adversários, árbitros ou outros agentes desportivos. Não é com guerrilhas e verborreia fácil que se muda o que está errado. É com trabalho, com inteligência, com descrição.
Desejo-lhe, com toda a boa vontade, a si e à sua família, presente e futura, um bom Natal.
PS: Desejo ao Camarote Leonino, ao super Rui Gomes, aos magníficos redactores, aos indispensáveis leitores, um Feliz Natal.
A subscrição é anónima e gera, no máximo, um e-mail por dia.