Saltar para: Post [1], Comentários [2], Pesquisa e Arquivos [3]
Ser Sporting não se implora, não se ensina, não se espera, somente se vive... ou não.
O futebol como gerador e alimentador de emoções, criou dentro se si e à sua volta uma máquina que movimenta milhões de euros, e garante milhares de empregos. Por isso, mesmo em período de menor actividade desportiva a máquina não pode parar. Na ausência de competições, a atenção dos adeptos é dirigida, pela vertente comunicativa, para os negócios dos clubes, sobretudo relacionados com compra e venda de activos.
Para além do dia a dia real dos clubes, a máquina informativa alimenta-se de exercícios de imaginação, quando não de adivinhação sobre o futuro imediato. São oráculos modernos, que baseados no que chamam de fontes, vão para além do óbvio, para manterem presentes as suas audiências. Prevêem transferências, discutem valores, garantem reforços. São um espectáculo dentro do espectáculo.
Nós adeptos, uns mais que outros, gastamos uma boa parte do nosso tempo enredados nos meandros de especulações. Entramos na dança e rejubilamos , indignamo-nos, criticamos. Muitas vezes sem profundo conhecimento de causa, julgamos como juiz em causa própria, baseados em “sound bites”
Depois de passar a poeira e de vir à tona a realidade, que pode ser ou não como foi sendo pintada, vamos ao que realmente interessa, que é o jogo jogado com os protagonistas reais, e não com os inventados. Nesse aspecto, e no que ao SCP diz respeito, parece haver uma certeza razoável. A nossa equipa não deve sofrer alterações significativas. Dos jogadores fundamentais sabemos que saiu Palhinha, e que talvez saia Matheus Nunes. Se assim for, a espinhal dorsal mantém-se com alguns reforços pontuais, adquiridos sem utilização de recursos exagerados.
Ao contrário, os nossos rivais directos, parecem estar a investir “à grande e à francesa” quase que numa espécie de campeonato do defeso. Sem negar a natureza de adepto, procurando valorizar o que é nosso, entendo que, discretamente, estamos no caminho certo. Muitas vezes a melhor equipa não é a que está recheada de estrelas, mas a que mantêm a sua coesão, assente na continuidade, e na assunção da modéstia.
Em suma, para além das usuais perspectivas de comentadores profissionais ou ocasionais, embora possa parecer que estamos a perder no campeonato das contratações, considero que a estrutura técnica está, dentro dos condicionalismos e da realidade, a cumprir um plano que se pretende que vá para além do imediatismo e que garanta solidez.
A subscrição é anónima e gera, no máximo, um e-mail por dia.