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Cortar os tentáculos do polvo

Naçao Valente, em 12.05.22

Sem ser politicamente correcto, do ponto de vista do sectarismo clubístico, manda o bom senso que não se atribua as conquistas do clube das Antas apenas à utilização de métodos irregulares. Em nome da verdade, o FC das Antas tem uma boa equipa que não é inferior à do Sporting, quer do ponto de vista colectivo, quer em valores individuais. Mas, por outro lado, é também lícito considerar que quando se torna necessário, aparecem para o Antas as “ajudazinhas” que podem fazer diferenças.

Também não se pode ignorar a rede montada a partir dos anos 80, pelo clube das Antas para mexer os cordelinhos do futebol tuga, a seu favor, sob a batuta de uma figura para quem os valores éticos, são letra morta. Todos sabemos e lamentamos, mas é evidente que isso aconteceu perante a passividade de outros clubes, incluindo o nosso. Cortar com essa passividade e agir é o caminho.

polvo-fc-porto-toupeira.jpg

Ao analisarmos este campeonato, podemos pôr a tónica na inclinação dos campos a favor do Antas, mas não podemos esquecer os nossos próprios erros. Reconheço que fizemos uma boa prova, mas tivemos algumas distracções, nomeadamente no início da segunda metade da época, perdendo seis pontos por culpa própria. E nem podemos justificar esses desaires com equívocos de arbitragem. Tivemos uma ligeira quebra que pode acontecer a qualquer equipa, e isso foi fatal.

Esta época mostrou que se quisermos vencer temos de estar preparados para lutar contra tudo e contra todos. A luta pela abolição do sistema, denunciado por Dias da Cunha, e mais recentemente por Frederico Varandas, não se pode limitar a palavras, a protestos, a denúncias. Com isso, lidam bem os corruptos. É preciso agir com inteligência e com uma estratégia bem definida e melhor executada. Qual será então a melhor estratégia?

Sem menosprezar outras opiniões, essa estratégia insere-se na política desportiva iniciada à cerca de dois anos. Começa pela constituição de uma equipa competente e motivada capaz de disputar todas as provas sem medo. A luta passa, em grande parte, por mostrar eficácia dentro do campo, como já se viu, e com muito bons resultados. Passa pela unidade de toda a estrutura, e pelo apoio dos adeptos, em todos os momentos.

Dividir para reinar foi também a fórmula utilizada pelo adversário, e na qual nos deixámos envolver. Para além disso, a derrota do sistema corrupto não se faz de um dia para o outro. Temos de manter serenidade e paciência para conseguir que a estratégia dê resultados. Cada passo em falso é recuar à estaca zero, como aconteceu nos últimos quarenta anos. Mais do que lamentos, e proclamações, agir significa fortalecer financeiramente o Clube, para que a equipa possa estar devidamente preparada física e mentalmente para vencer e paulatinamente cortar os tentáculos do polvo.

publicado às 07:04

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27 comentários

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De FF a 12.05.2022 às 08:52

Bom-dia, Nação Valente
Absolutamente de acordo com o teor do seu texto.
No entanto e, se me permite, creio que, embora fundamental, não é suficiente a sua sugestão; pois com a corrupção existente em Portugal e não apenas no campo desportivo enquanto não fôr eficazmente combatida, não evitará que o "sistema" instituído continue.
E esse trabalho competirá ao sistema judicial. Mas com o governo que temos, é certo e sabido que nada será feito.
Saudações leoninas.
FF
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De Naçao Valente a 12.05.2022 às 12:48

FF,

Concordo consigo. Eu situei a minha reflexão apenas no campo desportivo, mas é verdade que a corrupção, pequena ou grande, é transversal a toda a sociedade, incluindo o próprio sistema judicial. É muito difícil de combater faz porque parte da natureza humana. E se me permite uma discordância é também transversal a regimes e governos de todas as matizes, desde ditaduras a democracias.

Lembro como exemplo o caso do apito dourado no desporto, ou as vigarices bancárias do "cavaquismo".
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De Greenlight a 12.05.2022 às 10:40

Nação Valente diz aquilo que, o comum dos mortais não pode aqui dizer. O Fcp venceu o campeonato, não apenas por causa dos favores da arbitragem, mas também porque tinha um boa equipa, para consumo doméstico, entenda-se, pois lá fora falhou claramente. Seria até interessante a comparação do tempo de utilização de jogadores das respectivas formações, no Fcp e no Sporting, na época que está a terminar. Suspeito que, também aí, o Fcp levaria vantagem, o que não deixa de ser curioso, pois na época transacta, terá acontecido exactamente o contrário. Independentemente dessa comparação, na corrente época, a utilização de jogadores da nossa formação terá sido menor e não há que lamentar excessivamente o facto se os chamados reforços exteriores, forem, de facto, de qualidade. Na época a terminar esse reforço interno ou externo foi insuficiente. É também por aí, no reforço interno ou externo da nossa equipa de futebol, que também se combate o Sistema corrupto pois será sempre mais difícil inclinar o campo, sistematicamente, contra uma boa equipa.
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De Rui Gomes a 12.05.2022 às 11:51

A usual conversa da treta!!!

A verdade nua e crua é que se não tivessemos sido roubados nos dois jogos com o FC das Antas o título era do Sporting.
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De Greenlight a 12.05.2022 às 13:15

La está! O comum dos mortais é logo atacado apesar de dizer praticamente o mesmo que o ilustre autor do post.
Repito, o Fcp foi beneficiado com a arbitragem mas o Arruaceiro-Mor soube armar a sua equipa, mesmo depois da saída de Luis Diaz e ainda conseguiu integrar jovens da formação portista, mais até que Ruben Amorim fez este ano no Sporting. O Fcp, com PdC à frente é um clube detestável, mas há que reconhecer os seus pontos fortes para além do condicionamento da arbitragem pois só assim o Sporting poderá combater o Fcp no próximo ano. A treta de que a nossa Direcção e Amorim fizeram tudo ou quase tudo bem só augura a repetição do insucesso na próxima época. A começar pela inexistência de um verdadeiro ponta de lança, apenas para repetir a minha habitual lenga lenga.
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De Naçao Valente a 12.05.2022 às 13:03

Greenlight,

Concordo com a sua análise, e com a na conclusão, pois é com o reforço da nossa equipa que se combate o Sistema. A comparação com as duas épocas é curiosa porque na época anterior ganhámos com uma equipa inferior à actual, nas palavras do próprio treinador.

Na minha perspectiva, a conquista do campeonato dezanove anos depois, deveu-se à constituição de uma equipa jovem aguerrida, muito motivada, e acompanhada de alguma "estrelinha". Por outro lado, considero que o nosso adversário principal não nos levou a sério, e quando acordou era tarde. De qualquer modo, se ganharmos o próximo jogo, fazemos os mesmos pontos que nos levaram ao primeiro lugar. O que mudou foi que o FCAntas, com mais ou menos ajudas, esteve muito bem.
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De S a 12.05.2022 às 11:22

Deixem de ser inocentes, as ajudas aquele clube, são conforme as necessidades. Acham que foi por acaso, que depois das ameaças de morte aos árbitros, esse clube ter sido 3 vezes campeão em 5 anos. Isto não é conspiração, há provas disso, e nem queixas fizeram, tal o medo.
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De Naçao Valente a 12.05.2022 às 13:23

S,

Respeito a sua opinião, mas a pressão sobre os árbitros é geral. A questão é se e como se conseguem influenciar. E nesse aspecto o Antas está na primeira linha. A minha convicção é que, como escreveu Greenlight, quanto mais fortes formos, menos margem de manobra deixamos aos homens do apito.
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De Rui Gomes a 12.05.2022 às 13:36

Para a corrupção há sempre "margem de manobra", nem que seja apenas 2 centímetros, como se viu na última jornada e a exemplo do que decidiram sobre um golo de Pote na época passada.

Não por mera coincidência, pelo mesmo escroque, João Pinheiro, que nos roubou escandalosamente no Dragão.

Não me surpreenderia que este mesmo escroque venha a ser premiado com a final da Taça da Liga, como árbitro ou VAR, para completar a encenação burlesca.
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De Rui Gomes a 12.05.2022 às 13:38

Perdão... devia ter dito a "Taça de Portugal".
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De Luís Antunes a 12.05.2022 às 11:51

Bom dia,
Não sei se "existe" alguma estratégia (excepto na questão da equipa de futebol) e, a existir, se dará frutos, pois como já foi aqui comentado, se todos o país é ele corrupto, se os sucessivos governos nada fizeram, vai ser complicado.
E peço desculpa, se isto soar a desculpa de "calimero", mas eu acho que o Porto foi campeão com ajudas sim!
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De Naçao Valente a 12.05.2022 às 13:17

Luís Antunes,

Como já escrevi noutro cometário, e no meu ponto de vista, a corrupção é um fenómeno transversal a todas as sociedade, incluindo governos e regimes, porque no fundo está na própria natureza humana, o que não significa que não se deva combater.

Considero, sem ser dono de qualquer verdade, que existe uma estratégia bem visível na área do futebol, e que penso ser extensiva aos órgão directivos no apoio directo e no posicionamento no contexto do nosso futebol.

Na questões das "ajudas" voltando a não ser politicamente correcto, até pode ser que o Antas tenha tido mais, especialmente nos jogos directos, mas nós também tivemos uma ou outra. E insisto que perdemos pontos onde não se podiam perder.

.
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De Luís Antunes a 12.05.2022 às 14:02

Caro "Nação Valente", concordo consigo. Mas se nós perdemos pontos onde não podíamos, o que dizer do FC Antas com o Estoril, connosco, com o Guimarães. Pois é, fazendo bem as contas... Enão me venham com o que se passou no Braga-Antas, pois tivessemos nós vencido o SLB e o jogo seria "completamente diferente".
Saudações leoninas.
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De Leão Zargo a 12.05.2022 às 14:40

Caro Nação Valente

Não esquecendo toda a envolvente no que refere a compadrios e corrupção, concordo que o nosso foco deve consistir num plantel competente capaz de se bater (e vencer) em todos os campos, resguardado por uma Direcção forte e em adeptos unidos. A Direcção deve intervir institucionalmente em todas as instâncias desportivas em defesa dos interesses do Sporting. Mais do que isso está fora do nosso campo de acção, influência e decisão.

O amigo Nação Valente refere a luta levada a cabo por Dias da Cunha, e mais recentemente por Frederico Varandas, pela justiça do nosso sistema desportivo. E com razão. Acrescento João Rocha e a amargura que sentiu por não conseguir alterar o estado de coisas que vigorava no seu tempo.
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De Naçao Valente a 12.05.2022 às 15:43

Caro amigo Leão Zargo,

Concordo. Para além do foco na competência dentro do campo, a Direcção deve na medida do que é possível, lutar pelos interesses do Clube a nível institucional, como creio que tem sido feito.

Refere e bem o papel de João Rocha na luta pela justiça no futebol. Se não estou enganado os seus mandatos coincidiram com o início da implantação do famigerado "sistema". então em roda livre. A verdade é que a corrupção uma vez instalada é difícil de combater. Penso que o projecto Roquete pretendia de uma forma positiva cortar os tentáculos do "polvo" mas falhou. Veremos se é desta que se consegue.
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De Luis Carvalho a 12.05.2022 às 16:05

Vale a pena ser mais assertivo nas análises, vejamos, leio aqui que o combate à corrupção se combate com o reforço da equipa. Tem alguma lógica, mas carece um pouco de análise, de conhecimento do passado. Quantas épocas o Sporting teve muito melhores equipas que o Antas e não ganhou? Várias e não foi por erros nossos, foi mesmo porque fomos empurrados para baixo de uma forma ignóbil. Esta época aconteceu que o Sporting teve 1 jogo muito mau, nos Açores, onde perdeu por culpa exclusivamente sua, outro que empatou onde ficou por marcar um pénalti claro sobre o Coates( Marítimo) e outro que perdeu em casa contra o Braga, onde lá apareceu um pénalti extremamente discutível que deu o empate ao Braga. O Antas nos momentos difíceis foi levado ao colo, Sporting nas Antas, Estoril, Bessa e Guimarães. O que fez a diferença nesta Liga, foi isto, nos momentos decisivos o Sporting foi prejudicado e o Antas beneficiado, o resto é pouco importante. Podemos e devemos reforçar a equipa, mas atenção, temos muitas fragilidades financeiras, mas o nosso reforço da equipa não acaba com os mergulhos do Taremi vistos ao contrário pelos Pinheiros da vida, com os amarelos para nós em dose dupla quando comparados com o Antas, etc, etc. E muita atenção, a vitimização dos lampiões neste final de época, vai ter direito a bónus na próxima época, é que em 2023/24 vamos ter menos equipas na Champions.
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De Naçao Valente a 12.05.2022 às 16:40

Luí Carvalho,

Compreendo e em certo sentido aceito a sua análise que vai ao encontro genericamente do pensamento sportinguista. Todos sabemos quem controla os órgãos fundamentais no mundo do futebol, como também sabemos como tiram disso proveito.

A questão é saber como se combate a corrupção desportiva exercida de forma subtil e difícil de ultrapassar? A questão é como se retira o domínio de centros de decisão a quem os controla? A questão é se conseguimos que haja pessoas que não sejam corruptíveis? A questão é se queremos enveredar pelo mesmo caminho?

Não há ninguém que deseje mais transparência e moralização no futebol do que eu desejo. E como não vejo no actual contexto como isso se faz, que defendo o reforço permanente da equipa, que se traduz também no reforço financeiro do Clube como tem vindo a acontecer.

O que a história nos mostra é que este "sistema" de décadas tem resistido a diversas "investidas" da justiça. Há melhor exemplo do que o apito dourado? Que consequências teve? O "sistema" foi desmantelado?

Eu não quero viver num muro de lamentações, nem espero que as instituições políticas intervenham, por razões óbvias. Eu quero que se faça algo, e se não vejo outra solução, que se aja, mesmo com pequenos passos. Mas espero que se passe do diagnóstico à acção. Novas ideias são sempre bem vindas.

SL

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De Luis Carvalho a 12.05.2022 às 22:26

As suas perguntas são todas pertinentes, o problema mesmo são as respostas. Não são fáceis, nem óbvias, diria que a transformação do edifício do futebol teria que começar pelas Associações Distritais, onde imperam pessoas dedicadas( algumas) mas sempre manipuladas pelos principais Clubes e alguns verdadeiros testas de ferro, de clubes. Conhecemos com rigor algum Presidente de Associação Distrital adepto, sócio do Sporting? Eu não, poderá existir, mas não creio. Percebo o que diz em relação aos políticos, mas nenhum político se quererá “ meter” muito no futebol, nem muito menos intervir e até percebo porquê, fica chamuscado em dois tempos. Quando se apanha um polvo, sabe como se mata o molusco cefalópode, vira-se-lhe o capuz!
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De Manuel Parreira a 12.05.2022 às 16:56

Caro Nação Valente.
Concordo com o seu post, no entanto deixe-me sublinhar que os nossos maiores inimigos estão dentro do clube, são os nossos próprios adeptos que estão constantemente atacando o clube, mais concretamente os jogadores, aonde o Sporting se vê obrigado a pagar multas e mais multas, como aconteceu no último fim de semana, lá se foram mais 14 mil euros. O sistema de que nos falava o Dias da Cunha, está implementado de tal maneira que não sei o que se poderá fazer (quando até o secretário do desporto vem elogiar o corrupto do norte, está tudo dito) eu acho que precisávamos de mais união entre os adeptos, puxarem todos para o mesmo lado e a partir daí tudo será mais fácil, uma equipa competente e que entre em campo com ganas de vencer todos os jogos, mas com a consciência de que irão lutar contra 12 ou 14.
Saudações leoninas desde a Califórnia.
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De Naçao Valente a 12.05.2022 às 17:45

Caro Manuel Parreira,

Obrigado pelo contributo. A questão que coloca é pertinente. A contestação, algumas vezes com razão, outras sem razão nenhuma, é responsável pela falta de sucesso.

A união na equipa e entre os adeptos é de facto fundamental para combater o "sistema" que continua bem blindado, e tem resistido a tudo, nomeadamente à acção da justiça. O exemplo que dá é uma vergonha. Como diz teremos de lutar contra 12 ou mais, e às vezes com menos.

Saudações leoninas
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De Manuel Parreira a 12.05.2022 às 20:41

Caro Nação Valente.
É exatamente como bem diz; os adeptos umas vezes tem razão para contestar e outras não, no entanto não há razão nenhuma em quaisquer circunstâncias, a atirar tochas para o relvado, eu vejo todos os jogos do Sporting, e fico pasmado ao ver que mesmo com a equipa a jogar bem e a ganhar e a ter um prestação bastante positiva e até com uma jogada perigosa lá veem as tochas a estragar tudo.
O acho que o Sporting já devia pôr cobro a isto, porque se for a esperar pelo governo vamos esperar sentados.
Um abraço e obrigado por responder ao meu comentário.
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De João F. a 12.05.2022 às 19:46

O que sei desde há muito, é que o Sporting para ganhar, tem que vencer dentro do campo a equipa com quem vai jogar, mais a dos apitadores de serviço sabiamente escolhidos e corrompidos e toda a cambada dirigente corrupta, que se passeia nos corredores do poder do futebol podre deste País, sejam a CD, CA e CJ, todos muito bem apoiados pelo grupelho de parasitas que palreiam nos meios de CS e que se intitulam jornalistas.
O Sporting mais vezes vencedor no futuro, terá de ter uma equipa muito superior à dos adversários, de maneira que possa ganhar no campo de forma folgada, sem resultados tangentes, senão o apitador de serviço, procurará dentro do campo, nivelar o resultado final. Claro que para o conseguir, tem de ter um lote de jogadores homogéneo, com um nível muito acima da média para o campeonato português. Penso que é isto que se está a tentar fazer a pouco e pouco, com os recursos que o Clube tem, sem se fazer asneiras. Veremos...
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De Naçao Valente a 12.05.2022 às 21:40

Tal e qual caro João F. Fazer uma equipa acima da média da Liga é a garantia para ganhar jogos de forma clara, para não dar oportunidades aos homens do apito. E com os adversários directos abordar os jogos como finais. Não podemos ser sempre campeões, mas seremos muitas mais vezes.
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De Leão do Norte a 12.05.2022 às 23:59

Caro amigo Nação Valente,
Cortar os tentáculos a um polvo não é nada fácil.
O facto de não terem esqueleto permite-lhe adaptar-se a qualquer circunstância de forma a atingir o seu objectivo. Para além disso é um animal que turva e obscura a realidade de forma a esconder-se e a esconder a extensão dos seus tentáculos.
Bem ao contrário, aqueles que tendo esqueleto e actuam na claridade, e que com ele competem, não beneficiam dessas vantagens anatómicas.
Esta realidade subverte, logo à partida, a possibilidade de, equitativamente, disputarem as mesmas conquistas.
Como se combate esta desigualdade que influência desde a origem?
Honestamente não sei.
A força desportiva, a união e a persistência no objectivo, a inteligência na estratégia, certamente ajudam, mas podem não chegar.
Pode parecer fatalismo mas creio que, entre um ou outro percalço, o polvo só perde os tentáculos quando perder a cabeça.
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De Naçao Valente a 13.05.2022 às 00:23

Apresenta uma descrição deliciosa das características do polvo, amigo Leão do Norte. Talvez por experiência de proximidade conhece melhor o "bicho". E justifica a sua longa resistência.

Na mesma linha, a sua conclusão faz todo o sentido, e mata a charada, de forma simples. Para vencer o polvo é preciso "cortar-lhe" a cabeça. Isso levanta outra interrogação? Mas como?

Sem dúvida com realismo, agravou o meu pessimismo, até porque já se deve ter reproduzido para garantir a espécie..


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