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Crise, expectativas e realidade

Naçao Valente, em 18.02.23

As televisões, que por diversas vias têm grandes receitas com o futebol, encontraram nos programas de debates, meramente especulativos a captação de audiências. E tratam o futebol como se fosse a coisa mais importante das nossas vidas. Assim banalizam a palavra crise a partir de resultados desportivos, o que nesse contexto parece-me desadequado.

Crise num clube de futebol tem a ver com a sua sustentabilidade, assente numa boa ou má situação financeira. Mas para a comunicação social, uma equipa que perde jogos, se for um dos grandes, é logo atirado para a crise. Não admira por isso que o Sporting tenha estado debaixo de fogo durante está época. Acontece que no plano desportivo umas vezes ganha-se muito, outras menos,e acontece com todos os grandes.

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Está época do Sporting tem decorrido muito abaixo do esperado, o que não é sinónimo de nenhuma crise, porque tem vindo a recuperar financeiramente. A situação desportiva pode explicar-se por vários factores conjunturais, e tem a ver com expectativas e realidade. Fazendo uma breve resenha histórica das últimas tês épocas constatamos:

Nos primeiros meses em que treinou o Sporting, Rúben Amorim limitou-se a reconstruir uma equipa devastada por acontecimentos recentes. Na época seguinte, com aquisições de qualidade (Pedro Gonçalves, Nuno Santos, Pedro Porro) com a chegada de João Mário por empréstimo, e com lançamento de jovens prometedores (Gonçalo Inácio, Nuno Mendes) e ainda com o regresso de Palhinha, constituiu-se uma equipa que surpreendeu, e contra as expectativas muito baixas (dos adeptos, dos adversários e da imprensa) e conquistou-se o campeonato, sem esquecer que era a única prova que disputávamos e ainda sem adeptos nos estádios para complicar.

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Na época que se seguiu, as expectativas estavam muito altas e um pouco de acordo com a realidade. A equipa campeã perdeu João Mário, bem substituído por Matheus Nunes e perdeu Nuno Mendes, sendo reforçada com Sarabia. Deste modo, bateu-se até ao fim pelo primeiro lugar, acabando com os mesmos pontos da época em que se foi campeão. Apenas um adversário da zona das Antas muito reforçado, nos conseguiu ultrapassar.

Nesta época, as expectativas continuaram altas, mas a realidade mudou. A equipa perdeu Palhinha e Matheus Nunes (este com o campeonato já a decorrer) e deixou de contar com Sarabia. Está claro que Manuel Ugarte, apesar da sua elevada qualidade e Morita não são João Palhinha e Matheus Nunes, com a agravante que não estando os médios actuais disponíveis, tem que se recorrer a jovens da formação. Apesar de haver Pedro Gonçalves, não se tem mostrado competente nessa função. Acresce que durante quase toda a primeira parte da época, houve uma quantidade elevada de lesões, sobretudo na defesa.

Coates-Celebs-Sporting-Midtjylland.jpg

Se os adeptos não perceberem esta realidade de base e se não a adequarem a expectativas realistas, vão ter razões, que a razão desconhece, para “malhar” em tudo o que mexe. Eu sei muito bem que é polémico “pôr as coisas a nu”. Vão aparecer as teorias que o Sporting tem obrigação de vencer sempre. Em teoria, e como grande clube também o penso, mas também reconheço que para que isso aconteça tem que haver matéria-prima suficiente e de qualidade. E analisando a situação com frieza isso não existe.

Rúben Amorim tem dito que temos uma equipa bipolar. Com equipas ditas grandes temos feito bons jogos, até na Liga dos Campeões, e não foi com elas que perdemos mais pontos. Então coloca-se a seguinte interrogação: sem entrar em contradição com a minha análise, que mantenho, porque é que isto acontece? Deixo à reflexão dos leitores.

Em conclusão, discordo das abordagens que na comunicação social decretam uma crise a qualquer resultado negativo, e sem pôr em causa a vontade de vencer, penso que devemos adequar as expectativas à realidade. Com os pés bem na terra, acredito que mesmo com as limitações descritas, a equipa pode fazer melhor. E ainda falta muito campeonato. Até lá é preciso começar a preencher lacunas, tanto quanto possível.

publicado às 03:20

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34 comentários

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De Nuno Lourenço a 18.02.2023 às 08:50

Bom Dia,

Tendo a concordar com o post… Apenas discordo quando afirma que Manuel Ugarte “não é Palhinha”. Não só tem muito mais potencial (o português está no seu “prime”, enquanto o Uruguaio tem uma margem de progressão mais elevada), como já na época passada atingiu um patamar superior. Será a nossa próxima grande venda (e não será por 20M€).

SL
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De Naçao Valente a 18.02.2023 às 13:49

Nuno Lourenço.

Tem razão, em parte, em relação a Ugarte. Não ponho em causa que sendo ainda muito novo, não venha a ser melhor que Palhinha. O que digo é que ainda não é.
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De Orlando Santos a 18.02.2023 às 09:53

Ugarte seria melhor aproveitado a 8, para 6 há diversas soluções. Não sei porque nunca experimentaram.
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De Naçao Valente a 18.02.2023 às 13:50

Orlando Santos,

Será porque não há melhor para 8?
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De Orlando Santos a 18.02.2023 às 16:38

Morita, talvez, não vejo quem mais. Ugarte é capaz de pegar na bola e arrancar em força levando o jogo para o lado adversário, quem mais faz isso no Sporting?
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De Naçao Valente a 18.02.2023 às 16:47

A questão é essa. Não vejo mais ninguém, e acaba por ter influência na dinâmica da equipa.
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De De Perry a 18.02.2023 às 10:09

Tudo tem haver com a preparação de uma época. Em que o principal é o treinador e os jogadores, sabendo que tem que se manter sempre a estrutura principal da equipa, podem sair jogadores, mas se perdemos algum que seja essencial para o jogo do treinador atual, está tudo estragado. Neste momento se tivéssemos um médio centro a sério, estávamos muito mas muito melhores, para mim até podia ser o João Mário. O treinador não se importou da saída do João Mário, porque tinha o Matheus para o substituir, mas João Mário foi o titular campeão nacional, e ainda tínhamos o Bragança agora lesionado. Foi aqui que residiu a morte do artista, independentemente de algum reforço ter falhado e os problemas na finalização. Pote podia ter ido para o lugar de Sarabia onde foi campeão e melhor marcador, nunca médio. Agora com a chegada do novo defesa central e se St. Juste não tiver lesões, podemos colocar Inácio do lado esquerdo da defesa e colocar nos 4 do meio campo do lado esquerdo o Matheus Réis, indo Nuno Santos para o lado original do lado esquerdo da frente onde foi campeão. Chermiti será o ponta de lança titular se Amorim quiser e o incentivar para Isso. Ugarte está rebentado,,, Tanlongo deve. Estar a ser preparado. Tiago Tomás vai regressar, fica a faltar o médio centro, mas aqui não pode haver falhanços da estrutura tem que ser um jogador que pegue de estaca. O Benfica foi buscar 2 ,Enzo e Aurness e qual quer deles muito bom . O scouting, Amorim , Hugo Viena e o presidente que trabalhem e pesquisem como deve ser, pois é para isso que lá estão
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De Naçao Valente a 18.02.2023 às 14:03

Perry,

Apresenta, na sua perspectiva, muitas soluções. Todos nós temos opiniões que são especulativas, o que é normal. Com certeza que os técnicos que conhecem a realidade estão conscientes dos problemas que existem. Talvez se cometessem erros na constituição do plantel, mas também aconteceram factores imprevisíveis. Além disso, é do senso comum que vitórias dão confiança e derrotas fazem perdê-la. Acredito que com este plantel, sem lesões, se pode fazer uma melhor segunda volta.
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De De Perry a 18.02.2023 às 14:17

Oxalá que se realize o que o caro amigo pensa, naquilo que eu penso a partir de agora rea para preparar a próxima época. Amorim é uma pêra muito doce, para ele os jogadores podem cometer erros sejam defensivos ou atacantes e jogam sempre ao contrário de outros treinadores que jogadores que enterram vão para a jarra. É que os outros jogadores também esmorecem quando isso acontece. Exemplo o guarda redes para mim encostava, Paulinho encostava, Esgaio encostava, o banco muitas vezes faz bem quando não se corresponde. A justiça faz bem nos grupos de trabalho, mesmo que as alternativas não sejam assim tão boas, mas têm que sentir que nada está garantido. Vamos a ver se Amorim não exerce proteção
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De Naçao Valente a 18.02.2023 às 14:34

Preso por ter cão e preso por não ter. Quando Amorim faz alterações e perde é criticado por isso. Quando não faz é criticado por não o fazer.

Costuma dizer-se que "casa onde não há pão todos ralham e ninguém tem razão". Por exemplo Adan tem cometido erros infantis que prejudicam a equipa. Vai substituí-lo por quem? Por um jovem sem experiência? O treinador de guarda-redes, deve informá-lo da situação de ambos.

O problema como tem referido o Julius é que a manta é curta. Tapa-se de um lado, destapa-se de outro. Olha-se para o "banco" e o que se vê?
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De FF a 18.02.2023 às 10:28

Bom-dia, caro Nação Valente,
Concordo com a sua sempre correcta análise. No entanto falta um elemento na equação: o homem do apito que, infelizmente, tem tido influência negativa e prejudicial normalmente contra o SCP.
Por não me ter sido possível, na altura, responder ao seu comentário do dia 14 do corrente, permita-me que faça agora a seguinte observação:
É sobejamente conhecida a promiscuidade entre o futebol e a política.
Creio ter sido na década de 60 do século passado que surgiu a trilogia com o objectivo definido que se conhece. Depois do 25/4 sobressaiu o futebol, isto é, os órgãos que superintendem a modalidade (Fátima já não é o que era e o Fado já teve melhores dias). Assim o futebol erigiu-se em Estado dentro do Estado com leis próprias que violam a Lei Fundamental do país.
O Estado dispõe dos instrumentos necessários e suficientes para repôr a legalidade, cabendo ao governo a sua aplicação. Mas o actual governo, bem como os que o antecederam, não só não o fazem como ainda incentivam, provàvelmente para proveito próprio, potenciando assim a corrupçãp.

Na nota atribuída ao árbitro do jogo do dia 5/2, Julius sensatamente terá tentado apaziguar a situação, penso eu, numa altura em que de todos os lados se atiram achas para diversas fogueiras.
Já o ex-árbitro do painel do RaioX terá atribuído a mesma nota talvez por dever corporativo.
As imagens televisivas mostraram a agressão, que passou impune, do ser abjecto, intrìnsicamente maldoso que personifica o ADN do clube das Antas.
FF
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De Julius Coelho a 18.02.2023 às 11:29

"do ser abjecto, intrìnsicamente maldoso que personifica o ADN do clube das Antas"

O jornalista Rui Santos apresentou há alguns dias atrás uma carta aberta ao treinador Sérgio Conceição, expondo a sua forma de atuar no banco em muitos jogos em que raramente não é avisado pelos árbitros ou mesmo com várias expulsões, nessa carta é evidente a crítica e a forma "vellaca" e hipócrita como depois o Conceição se faz de inocente e de anjinho, terminou a carta dirigindo-se ao Sérgio dizendo-lhe "deixa-te disso que nós não somos tão parvinhos"

A semana passada saiu um artigo no site do FC Porto em que vem exposto o nome da esposa do Rui Santos e do estabelecimento no Porto de que é proprietária, hoje o FC Porto vem a demarcar-se desse artigo.

Voltamos ao antigamente, aos tempos do bando do norte que como se vê mantem as mesmas aclividades de violência psicológica para espalhar o medo a todos aqueles que erguerem a voz delatando as verdades. É óbvio que esse artigo foi propositadamente lá colocado para o objetivo de aviso ao Rui Santos e aqui espelha de novo os tempos difíceis que vivemos, a ser governados por políticos fracos, por uma justiça fraca e por policias fracos que permitem que um bando de pulhas façam o que querem sem qualquer punição.

Vejam bem ao que isto chega.
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De RCL a 18.02.2023 às 12:29

Julius
Já antes havia a perseguição aos árbitros que não alinhavam até aos Carvalhos, no fim dos jogos.
Isto já vem de longe, é a lei do Texas.
Ficamos à espera da reação das autoridades a essa notícia passada no Porto Canal.
No entanto, os fruteiros, desta vez , estão lixados, meteram - se com os lampiões. Nós estamos de cadeira a seguir os desenvolvimentos.
SL
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De Anónimo a 18.02.2023 às 13:05

Não diria melhor, relativamente ao comentário.
Incisivo, de acerto na muge, cristalino como a água, direto e corrosivo.
"Vejam bem ao que isto chega." e, o que mais se verá, acrescento meu caro.
O despudor com que as sucessivas governações e clientelismos políticos, têm conduzido e orientado a sociedade, nos seus diversos e múltiplos campos e vectores, estão bem à vista.
Mais dificuldades e angústia, maior insegurança social e cívica, mais crimes de sangue, corrupção, tráfico de influências, abusos de confiança, evasão e fuga ao fisco, perda de poder de compra, pobreza, crise habitacional, espiral inflacionista, crise energética, fenómenos de viciação nos resultados e mais violência nas competições desportivas, etc...
O jornalismo sério, independente e de investigação, encontra-se condicionado e tende a ficar com grilhetas cada vez robustas por forma a filtrar a verdade a que temos direito.
A lei da manipulação, da retórica alinhada e concordante com diretrizes superiormente definidas, impõe-se de forma óbvia e sem qualquer receio de aforismo nos media.
Os bandos e grupos de energúmenos, desordeiros e delinquentes, passeiam de forma descontraída e impune, ostentam a propriedade de bens e "luxos" sem que lhes seja reconhecida a proveniência de trabalho digno e honesto, etc...
Todos os dias se dão passos, para o abismo, para o caos e para a catástrofe.
Triste e lamentável realidade, até quando?
Fraterno Abraço Leonino.

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De Naçao Valente a 18.02.2023 às 14:46

Penso que por equivoco não se identificou. Assim torna-se mais difícil responder porque não se conhece o interlocutor.

Em relação ao desabafo que apresenta, não o vou comentar porque não se enquadra na temática específica do blog.

Abraço Leonino
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De Julius Coelho a 18.02.2023 às 18:15

Nação Valente,
O anónimo é conhecido, é o amigo Rumo Certo-Ventos Favoráveis.
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De Naçao Valente a 18.02.2023 às 19:53

Também me pareceu pelo estilo de escrita, mas ver para crer
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De De Perry a 18.02.2023 às 13:25

Isto nem com o fundo mandato de Pinto da Costa á frente do FCP vai ter fim. Estes comportamentos já têm uma base com muitos anos e interesses sujos que tem como base outros interesses que não é só o futebol. Ali não há lei nem Roque, como disse o caro amigo Julius enquanto a justiça tiver do lado do criminosos e fechar os olhos porque quer, não há possibilidades nenhumas.
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De Naçao Valente a 18.02.2023 às 16:45

Amigo Július,

Foi directo ao assunto. Sérgio Conceição é um hipócrita que nos atira areia para os olhos. Quando as coisas correm a favor parece que tem asinhas. Se começam a correr mal, vira diabo para condicionar a arbitragem. Portanto, digamos que é bipolar conscientemente assumido. E sendo injusto, acaba por tirar vantagens. Num outro país não sei se conseguia ser assim.
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De Julius Coelho a 18.02.2023 às 18:11

Amigo Nação Valente
Podemos sempre discutir motivos para o menor rendimento da nossa equipa, ou porque jogadores nucleares saíram e os que chegaram são inferiores, ou porque as segundas linhas não correspondem ao que se esperava, mas quando conseguimos ser melhores, somos impedidos de ganhar, como se viu contra o clube que aprisionou o futebol português.
Este episódio que referi acima, relata o que está a passar o jornalista Rui Santos é mais uma prova real do modus operandi que o poder oculto do nosso futebol utiliza, não importando os meios para roubarem o que não lhes pertence, esse sim é o principal obstáculo que o Sporting tem enfrentado nos últimos 40 anos sem que nada nem ninguém tenha a coragem de os enfrentar e pô-los em "su sítio".
Não sabemos até que ponto este tipo de avisos e ameaças tenham chegado a vários árbitros condicionando-os decididamente e passaram a viver também eles prisioneiros desse bando.
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De Naçao Valente a 18.02.2023 às 14:25

FF,

Obrigado pelo contributo. Acrescenta a questão da arbitragem à minha reflexão. É verdade que esta nos tem prejudicado, especificamente nos jogos com o Antas. Mesmo no jogo para a Liga Europa fomos prejudicados.

A política evita interferir no futebol, para além daquilo que diz, porque os adeptos também são eleitores, e consideram que isso pode reflectir-se nos seus votos. Ao contrário, eu penso que, com algumas excepções. os eleitores separam as águas..

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De RCL a 18.02.2023 às 14:23

O grande Ruy de Carvalho diz : “ nunca pensei que houvesse tanta gatunagem”.
Está tudo ligado.
SL
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De LG a 18.02.2023 às 14:43

Muito bem, afinal o nosso problema é não "adequarmos as expetativas à realidade". Também gostei da voltas semânticas com a palavra "crise".

Inserir "this is fine dog meme". Fica perfeito!
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De Naçao Valente a 18.02.2023 às 16:30

LG,

Disse uma vez um professor universitário a propósito da avaliação de uma tese: "perfeito é Deus, mas não escreve teses."

Adequarmos as expectativas à realidade, não é certamente o único problema, mas do ponto de vista do adepto não será irrelevante. Uma coisa é o que gostaríamos que acontecesse, outra é o que pode acontecer. Dando um exemplo, eu posso ter a expectativa de ser um "Einstein", mas realisticamente sei que nunca o serei.

Quanto a frases em inglês não as vou inserir num texto de português para portugueses.

Com a minha imperfeição espero ter sido um pouco mais explícito.

Quanto a questões semânticas deixo-as para os especialistas.
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De AHR a 18.02.2023 às 15:40

Um post para acalmar os ânimos e apaziguar os mais exaltados. Concordo que o Sporting, com a equipa que tem, pode fazer mais e melhor, até porque já o fez com os mesmos jogadores. Assistimos a boas exibições do Sporting esta época, inclusivamente com os nossos dois rivais. No entanto, ainda não os conseguimos vencer. Nos momentos decisivos o Sporting tem falhado, e isso é que custa a digerir. Não é um problema de hoje, mas que já vem de longe, e as excepções a este fado só confirmam a regra. A situação do Sporting esta época é como a guerra - ninguém sabe como vai acabar.
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De Naçao Valente a 18.02.2023 às 16:36

AHR,

Obrigado pelo contributo. Nas competições desportivas, que é o que aqui abordamos, sabe-se como começam, mas não se sabe como acabam. Daí que considere que a sua conclusão, não podia ser mais assertiva.
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De Leão Zargo a 18.02.2023 às 18:27

Amigo Nação Valente

Depois do jogo de ontem, senti que o Sporting está numa séria encruzilhada, na medida em que há o risco de se quebrar a forte ligação e empatia entre a maioria dos adeptos com o treinador e a equipa de futebol. Por outras palavras, sem concretizar, Rúben Amorim referiu-se a isso na conferência de imprensa depois do jogo com os dinamarqueses. Pedro Gonçalves também abordou o assunto queixando-se de falta de apoio. O Sporting é um clube complexo, como todos sabemos, a autocrítica é quase proibida no futebol, a nossa cultura vai rapidamente do oito ao oitenta, com a emoção à flor da pele é apenas um passo para chegar a uma convulsão maior.

Chegados aqui, fico preocupado com o que possa acontecer nas próximas semanas convicto de que só uma reacção muito forte da nossa equipa pode equilibrar a situação. Segue-se um jogo em Chaves que se calcula ser muito difícil. Ontem Amorim disse que que as pernas dos jogadores pesavam mais de 200 quilos e que a bola parecia quadrada. Como é que vai ser se não vencermos em Chaves e se não eliminarmos o Midtjylland? O futebol é o momento, como se costuma dizer, e um ambiente de descrença transforma-se depressa em azedume irreversível, em que os críticos da Direcção vão aproveitar para virar contra o treinador e equipa a sua estratégia de poder.

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De De Perry a 18.02.2023 às 19:09

É isso mesmo caro Leão Zargo, mas nenhuma direção deve estar presa ao sucesso e ao trabalho do seu treinador, as coisas no futebol podem falhar por várias razões como aqui foi dito. É necessário ter sempre um trunfo na manga, andar á frente dos acontecimentos, ter um sexto sentido, isso faz a diferença toda na vida.
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De Naçao Valente a 18.02.2023 às 20:07

Uma reflexão que subscrevo, amigo Leão Zargo. A situação não está fácil. Parece-me que o descontentamento latente ainda não pôe em causa a equipa técnica e a Direcção. Acredito que a equipa tem qualidade para dar a volta, mas precisa de haver serenidade.

A interrogação que coloca é pertinente, mas nem quero admitir que vá acontecer. Dar essa oportunidade aos críticos, uma minoria que pretende que isso aconteça, seria um sério revés para o Sporting. Direcção e equipa técnica, assim como os jogadores, têm que manter a cabeça fria. Neste momento o discurso de Rúben Amorim parece não estar a ajudar, colocando constantemente em cima da mesa a sua saída.

Espero que esse cenário nunca se coloque.
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De Leão do Norte a 18.02.2023 às 19:23

Caro amigo Nação Valente,
A sua lúcida e racional reflexão é por mim subscrita.
Excluindo o oportunismo e os interesses associados à comunicação social, compreendo parte do ambiente que envolve a equipa de futebol do Sporting. As expectativas raramente têm em conta a realidade e caso não se equiparem a frustração é o resultado final.
No entanto o problema não está na frustração, mas na forma como ela se expressa. E este fenómeno é um crónico e histórico problema do Sporting CP.
A conjuntura é difícil, o que torna cada momento decisivo, mas abdicar ou desistir não pode ser a solução. Pelo menos, como referiu, podemos fazer melhor.
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De Naçao Valente a 18.02.2023 às 20:21

Caro amigo Leão do Norte,

Com serenidade, empenho e determinação a equipa tem condições para ultrapassar a situação. Custa-me acreditar que esta equipa que já praticou bom futebol, faça um jogo tão desinspirado como aconteceu no último encontro, com tantos erros. Não se desaprende de jogar de um jogo para outro. Não consigo encontrar explicação.

Por outro lado, vejo Rúben Amorim com um discurso que parece reflectir algum negativismo. E os "abutres" estão à espreita. É o momento de cerrar fileiras, com confiança e lucidez.
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De Maximilien Robespierre a 18.02.2023 às 22:04

Não precisamos comprar ninguém. Se comprassemos algum jogador corríamos o risco de comprar mais um Paulinho ou um Trincão e termos que vender uma das jóias da coroa. O que é preciso é o Rúben colocar os melhores jogadores a jogar.

SL

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