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Ser Sporting não se implora, não se ensina, não se espera, somente se vive... ou não.
Para alívio de todos os sportinguistas o Bruno Carvalho encerrou um problema que ele próprio criou, mas conhecendo bem o personagem nunca se sabe. No meio disto tudo o Sporting foi obviamente o grande perdedor, tendo dado durante largos dias uma imagem de desnorte para gáudio dos nossos adversários e reabrindo as feridas do divisionismo interno.
O que mais sobressaiu neste caso foi o verdadeiro carácter de Carvalho, tantas vezes aqui descrito com justiça neste blog. Incapaz de tomar uma decisão que achava justa mas que percebeu ser impopular e tendo tentado “popularizá-la”, usando nomeadamente os amigos Eduardos para lançar o maior ataque interno à honorabilidade de um treinador do Sporting de que há memória, com receio também de uma cisão directiva, deixou-os cair depois de demasiado tempo a deixar o barulho à volta do tema tornar-se ensurdecedor. Os métodos usados para desgastar Marco Silva para além de vergonhosos, deixaram marcas irreparáveis na relação entre os dois, o que para o futuro do Sporting não pode ser positivo.
Triste figura fez o Zé Eduardo que no fim até já achou bem termos como treinador alguém que no próprio dia voltou a apelidar como um “diabo” e fazer mais uma série de acusações graves que vai ter que provar em tribunal, mas ok como é bom treinador já pode ficar. Na verdade isto não me admira em quem se identifica como grande apoiante de Bruno Carvalho – ao menos se este tivesse na sua área de responsabilidade a mesma competência que Marco Silva aparenta ter …
Os índices de popularidade de Carvalho estão agora bem abaixo do que ele acha justo (o que concerteza não será demonstrado na sempre condicionada e enganadora pouco representativa AG de dia 17 de aclamação/relegitimação para a qual o trabalho de arregimentação vai bem avançado) e agora está refém de um simples empregado do clube.
Depois do vergonhoso episódio com Manuel Fernandes, sem esquecer muitas outras situações que temos aqui alertado como por exemplo as contratações “cirúrgicas” de mais de 30 jogadores, a maioria com fraca utilização; a mentira quanto à injecção de dinheiro no clube; a situação caótica na Academia; o ainda maior isolamento e afastamento dos poderes de decisão; a incapacidade de renovar com Bruma, Ilori, Dier e as maiores promessas sub-18 e toda uma atitude trauliteira e lampiona que envergonha a maioria dos sportinguistas; a reputação de Carvalho levou mais um forte rombo, mesmo entre os seus maiores defensores. O que lhe sobra é a reestruturação financeira que estava alinhavada e que em alguns casos até é embaraçosa para o clube como a troika foi para Portugal e a guerra com os fundos, que há três anos eram apresentados pelo Bruno como a salvação do clube (mais um flip-flac que fez).
Na questão do Manuel Fernandes confesso que gostei de o ver “de rabinho entre as pernas” fazer as pazes com o grande capitão, mesmo sabendo da pouca honestidade do gesto (o que me ri agora quando no Sábado o Bruno dizia que afinal até é saudável termos opiniões diferentes). Neste caso com o Marco SIlva, fez-me pena vê-lo na televisão tão “bola baixa”, parecia que lhe estavam a apontar uma pistola para dizer o que disse sem a mínima convicção e até se esqueceu de usar a sua habitual voz rouca e arrastada.
O Bruno e a sua fanática e pouco representativa falange de apoio (agora menor e mais nervosa) sabe muito bem que os sportinguistas não lhe perdoarão mais uma argolada deste género e cá estaremos atentos para, tal como fizemos neste caso, tentar que o fim seja o melhor para o Sporting.
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