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Ser Sporting não se implora, não se ensina, não se espera, somente se vive... ou não.
A época futebolística de 99/00 ficará para sempre na memória de todos os sportinguistas que a puderam viver. Tal deve-se, essencialmente, ao facto de nela se ter quebrado o longo e deveras penoso jejum, ao nível do título de campeão nacional, que a equipa de futebol atravessava.
Com a surpreendente carreira da actual equipa de futebol, e pela possibilidade de terminar um novo e similar tempo de jejum, começam-se a estabelecer comparações entre as duas épocas. A história não se repete, as realidades são muito distintas e as condicionantes mais ainda. No entanto, e sem estabelecer qualquer relação directa, há uma série de curiosas coincidências que se podem estabelecer entre ambas, e que ajudam a alimentar a ilusão do ansiado título de campeão nacional.
Convém recordar que este post é apenas, e a título de curiosidade, um simples relato de coincidências, que obviamente não têm implicação directa no desfecho da presente época. Mas, essencialmente para quem acredita em coincidências do destino, pode vir a ter algum interesse.
A primeira associação começa logo pelo similar período temporal sem o título de campeão nacional. Dezoito anos (dezassete épocas desportivas) na época de 99/00 e dezanove anos (dezoito épocas desportivas) na presente época.
No início das duas épocas as expectativas desportivas, nomeadamente quanto à conquista do título, eram muito reduzidas e tinham como ponto de partida um quarto lugar na época anterior. Muito embora em moldes bastante diferentes, era notório que as duas direcções sofriam contestação externa e viam os seus projectos serem colocados em causa se os resultados não aparecessem a breve prazo.
Na constituição do plantel optou-se, igualmente, pela aposta num guarda redes experiente, estrangeiro e possuidor de um curriculum com passagens por grandes clubes europeus. Com todas as evidentes diferenças entre Schmeichel e Adán, não deixa de existir um traço comum entre eles e na aposta feita.
A participação nas competições europeias saldou-se por uma eliminação precoce de ambas as equipas, perante adversários pouco credenciados a nível europeu.
Apesar de inícios de época distintos, ambas as equipas conseguiram ultrapassar o habitual síndrome da época natalícia em condições favoráveis para a disputa do título nacional.
O habitualmente denominado "mercado de inverno" ao nível de contratações, saldou-se por um triplo reforço em posições iguais ou similares. Um defesa direito (César Prates e João Pereira), um central/lateral esquerdino (André Cruz e Matheus Reis) e um avançado (Mbo Mpenza e Paulinho).
Com o decorrer da época ambas as equipas foram demonstrando uma imagem e um estilo de jogo assentes num vincado espírito de luta, na união e na coesão, com as sucessivas vitórias a serem conseguidas através do rigor, do esforço e da aplicação (algumas até com muito sofrimento) e não com exuberância ou "nota artística", tantas vezes desnecessárias e ilusórias face ao verdadeiro objectivo.
Notou-se que a união do grupo constituiu um factor essencial para a génese de uma crença que levou a várias vitórias. Curiosamente, na segunda metade da época de 99/00, também se instituiu o discurso da importância do jogo a jogo e se passou a apelidar esses mesmos jogos como sucessivas finais.
A nível da calendário, e nos últimos quatro jogos, há ainda duas coincidências. Defrontar o Rio Ave, em Vila de Conde, na 31ª jornada e defrontar o rival da segunda circular na 33ª, e penúltima jornada, se bem que desta vez na posição de visitante.
Esperemos que a estas coincidências se junte aquela que será a mais importante de todas, a conquista do título nacional.
Apesar das coincidências apresentadas, é um dado óbvio que cada uma destas épocas tem uma especificidade própria, não repetível e que entre as duas existem múltiplas diferenças. Excluindo de forma óbvia a ausência de público, talvez a orientação técnica da equipa e a aposta feita nos jovens sejam as mais salientes. Mas, a título de curiosidade, aqui ficaram algumas coincidências que nos podem levar a "sonhar" com o que o destino nos reserva... a conquista do ambicionado título.
Todavia, convém recordar que a realidade, especificamente a do futebol, não se compadece com sonhos, mas com acções concretas. É essa acção, jogo a jogo, que certamente nos vais levar ao nosso objectivo e aí sim estabelecer uma "irmandade" entre estas duas épocas.
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