Saltar para: Post [1], Comentários [2], Pesquisa e Arquivos [3]
Ser Sporting não se implora, não se ensina, não se espera, somente se vive... ou não.
Uma das características do ser humano, do ponto de vista emocional, é a paixão, mas que no futebol atinge níveis exagerados. Assim transformam-se discussões que deviam ser civilizadas, em confrontos, por vezes violentos e desajustados.
A avaliação dos treinadores, por exemplo, é frequentemente feita de forma irracional. O principal critério dessa avaliação pelos adeptos, são os resultados. Enquanto a equipa ganha, o técnico é bestial, mas se não ganha passa num ápice a besta. Embora esta norma seja geral, vou concentrar-me no que se passa no Sporting, por ser o clube que apoio e que sigo com mais atenção. Quando Rui Borges chegou ao Clube, este tinha sido ultrapassado pelo Benfica na classificação geral, em função do que se passou, após a saída de Ruben Amorim.
Passado algum tempo, o Sporting estava de novo isolado, com seis pontos de avanço sobre o segundo, apesar de ter perdido vários jogadores fundamentais, chegando ao ponto de neste último jogo, ter jogado com jogadores adaptados ou trazidos da equipa B, na zona do meio campo. Para além disso, nota-se muito bem desde a segunda metade do campeonato, que os jogadores mais utilizados que continuam a jogar, estão fisicamente esgotados, com respeito pelos que acham que não estão sujeitos a essas mundividências porque são super-homens.
Mas para além do cansaço e da ausência dos chamados “peso pesados” aconteceram nestes dois últimos jogos, erros infantis a roçar a estupidez. Huljmand, no jogo anterior, fez um penálti desnecessário e a seguir comete uma falta para segundo amarelo. No jogo com o Aves, repetiu-se a mesma cena com Diamondé. Porquê? O certo é que se desperdiçaram seis pontos em três jornadas!
Nota-se que a equipa recua no terreno na segunda parte. Porquê? De forma deliberada ou por incapacidade? Ao contrário de algumas análises que leio por aqui, não me parece que seja deliberada, mas fruto de diversos factores, como incapacidade física e falta de força mental. Como é possível perder pontos preciosos, no último minuto do prolongamento? As responsabilidades devem ser devidamente repartidas por toda a estrutura, não criando bodes expiatórios, e analisando com serenidade e bom senso. Há erros e erros. Uns são evitáveis, outros nem por isso.
Sem ser optimista, nem pessimista, apenas realista, concluo que a situação não está fácil. A equipa continua bem desfalcada, as arbitragens, ao contrário do que aqui leio, nalgumas opiniões, têm-nos prejudicado, e os erros comprometedores, persistem. Quero acreditar que com a recuperação dos nossos melhores, a equipa poderá voltar à sua antiga dinâmica, de modo a continuar na luta até ao fim. Desde o início que digo que a conquista da prova só está garantida quando chegarmos à "meta". E também gostaria que algumas análises sobre a situação não se baseassem unicamente em percepções unívocas, mas em diversos factores conjugados. No futebol, como noutras áreas, as coisas não são a preto e branco, como as paixões que nos dominam.
A subscrição é anónima e gera, no máximo, um e-mail por dia.