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Ser Sporting não se implora, não se ensina, não se espera, somente se vive... ou não.
Algumas considerações de José Couceiro - director-técnico da Federação Portuguesa de Futebol - num almoço-debate, organizado pelo International Club of Portugal (ICP), num hotel de Lisboa, com o tema “Deixa jogar... E formar para o mundo":
- "Para se ter um futebol de qualidade, precisamos de espaços com melhores qualidades. Vamos ter de ter, obrigatoriamente, melhores condições. Com o processo de certificação da FPF, só a partir de um determinado nível é que se pode fazer contratos de formação desportiva".
- "Os pais são um factor excessivo de pressão sobre os jovens. Não é preciso que sejam pais mal-educados, basta o pai estar na bancada a dar indicações contrárias ao que o treinador pediu ao filho, por exemplo. Coloca os jovens numa posição difícil. Obedecem ao treinador ou ao pai? Não têm de intervir”.
- "Copiar tudo o que se faz nas equipas seniores profissionais nos escalões de formação, sobretudo nos mais baixos, é um erro. É necessário adaptar o jogo à criança e não obrigar o jovem futebolista a adaptar-se ao jogo dos adultos".
- "O jogador é o centro de tudo. Quando os dirigentes ou os treinadores julgam que são eles o espaço central num jogo, estão a cometer um erro básico. Os treinadores são muito importantes para potenciar os jogadores, os dirigentes têm um carácter decisivo no processo, mas sem jogadores de qualidade, não se formam equipas de qualidade".
- "Há uma grande pressão sobre os treinadores encarregues das equipas de formação e fraco reconhecimento na sua valorização. Os clubes trabalham a um nível muito bom. Não há selecções nacionais sem clubes. O trabalho vem dos clubes e as selecções nacionais ajudam a potenciar".
Actualmente director-técnico da FPF, José Couceiro regista passagens, enquanto treinador de futebol, por Alverca, Vitória de Setúbal, FC Porto, Belenenses, Kaunas, da Lituânia, Selecção lituana, Gaziantepspor, da Turquia, Lokomotiv de Moscovo, da Rússia, Estoril Praia e Sporting, no qual também desempenhou o cargo de director-geral e foi candidato à presidência, nas eleições de 2013.
O homem que eu gostava de ver à frente do futebol do Sporting. Houve essa oportunidade em 2013, mas, claro, os sócios é que sabem mais e melhor e por isso não o elegeram.
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