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Ser Sporting não se implora, não se ensina, não se espera, somente se vive... ou não.
No esquema de jogo de Rúben Amorim os laterais são fundamentais ao nível da estratégia ofensiva. Funcionando como verdadeiros alas, têm especial intervenção no desmontar da estratégia defensiva dos adversários, especialmente através de cruzamentos, combinações ou desmarcações.
Se na lateral esquerda Nuno Santos corresponde às exigências da posição, na lateral direita Ricardo Esgaio e Geny Catamo ficam muito aquém dessas exigências. O primeiro apresenta notórias limitações ofensivas, especialmente nos cruzamentos e combinações em tabela, e o segundo, para além de uma génese com "formação" ofensiva, pela utilização predominante do pé esquerdo tem um raio de acção mais limitado.
Neste sentido é licito questionar se Iván Fresneda já é uma solução alternativa.
Ao jogador espanhol é reconhecido enorme potencial e prognosticado brilhante futuro. Não terá a explosão ofensiva de Pedro Porro mas é, inegavelmente, um lateral completo, com as qualidades necessárias para corresponder plenamente às exigências da posição de lateral direito no Sporting.
Em contra pode-se argumentar a idade (19 anos recentemente) e o necessário período de adaptação, inclusive Rúben Amorim referiu recentemente essa exacta necessidade, mas trata-se de um jogador que se estreou na equipa sénior aos 17 anos e que na época passada assumiu a titularidade numa equipa da Liga Espanhola. E que idade tinha o Nuno Mendes quando assumiu a titularidade no Sporting?
O treinador do Sporting também justificou a escassa utilização de Iván Fresneda dando o exemplo do que ocorreu com Manuel Ugarte. Compreendendo este raciocínio, mas creio que neste momento a equipa necessita muito mais de uma melhoria na posição do lateral espanhol do que no passado necessitava na posição do jogador uruguaio. As necessidades da equipa parecem-me colocar estas duas apostas em patamares diferentes.
Agora que se avizinham jogos propícios a uma rotação de jogadores (Liga Europa, Taça de Portugal, Taça da Liga) talvez seja a altura ideal para apostar, de um forma constante, na titularidade de Iván Fresneda. Pode ser a solução para a equipa, ofensivamente, não ficar tão limitada e inconstante no corredor lateral direito.
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