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Ser Sporting não se implora, não se ensina, não se espera, somente se vive... ou não.
Um artigo da autoria de Lídia Paralta Gomes, jornal Expresso, em que ela avança um 'onze' com jogadores que, na sua opinião, mais desiludiram esta época:
Melhor marcador do Benfica na Liga dos Campeões. Acho que chega.
Isto é tudo uma cadeia: Douglas foi comprado pelo Barcelona sem ninguém saber muito bem porquê e chegou ao Benfica simplesmente porque é jogador do Barcelona, como aconteceu, em tempos idos, com Samuel Okunowo. Um daqueles esotéricos casos de um defesa que tem extremas dificuldades em defender, um rapaz que aterrou na Luz para substituir Pedro Pereira, ou como um dia escreveu o malogrado Elliott Smith numa das suas belas canções, “fighting problems with bigger problems”.
Desde 2013, época em que foi comprado ao Arsenal de Sarandi, que cada ano era visto como o ano da afirmação de Lisandro López no Benfica. E desde 2013 que Lisandro não fez esquecer nem Garay, nem Lindelof, nem sequer Jardel, nem tão-pouco que em tempos houve outro Lisandro López a jogar em Portugal. Também não vai ser o futuro Luisão - foi emprestado a meio da época ao Inter e por lá ficará.
Chegou ao Sp. Braga no mercado de janeiro, depois de começar a época no Olympiacos. Ainda com a camisola dos gregos, jogou contra o Sporting na Champions e no final de um dos encontros ouviu Jorge Jesus dizer-lhe que ele andava a “jogar como o trabalho”. Tenho a certeza que foi isso, “jogar como o trabalho”. Apesar desse muito elogioso scout report, Diogo Figueiras não vingou no Minho: fez apenas quatro jogos na equipa de Abel.
Foi assobiado no seu próprio estádio, bateu palmas aos adeptos que o assobiaram no seu próprio estádio, foi colocado à venda no OLX por 1 euros e depois no Natal foi enviado pelo Benfica para um clube obscuro na Turquia. Em suma, não foi uma boa época para Filipe Augusto.
O espanhol está aqui apenas por não ficar muito bem na fotografia no quesito “relação preço/rendimento”. Em Fevereiro de 2017, Óliver foi comprado pelo FC Porto por 20 milhões de euros, tornando-se numa assentada no jogador mais caro de sempre dos dragões (em igualdade com Imbula) e na segunda compra mais cara de sempre da história do futebol português, apenas atrás de Raúl Jimenez. Para a nacional realidade, 20 milhões de euros é aquilo que em termos oficiais podemos chamar de “uma batelada de dinheiro” e não se pode dizer que esta temporada Óliver tenha rentabilizado o investimento: fez apenas 26 jogos, dos quais 13 a titular. Não marcou golos, fez três assistências. Poucochito.
Chegou a Vila do Conde pela mão de Jorge Mendes e com o rótulo de “mais cara contratação de sempre do Rio Ave”. Está certo que nos dias de hoje, quando falamos de futebol, 800 mil euros são trocos, mas não deixa de ser um investimento, digamos, interessante e um pomposo título para um jogador que, até agora fez 214 minutos no campeonato e apenas um jogo a titular. É possível que o diminutivo não seja por acaso.
“Quando errei, pedi desculpa”. Podia ser uma música de Roberto Carlos, mas é uma citação de Gabriel Barbosa, vulgo Gabigol, numa entrevista à “Folha de São Paulo”, falando da sua fugaz passagem pela Europa. O brasileiro fez a primeira metade da época no Benfica, que, em números, se resume assim: cinco jogos, um golo, 43324987 posts no Instagram, incontáveis pedidos de desculpa.
Foi uma das contratações de inverno do FC Porto e encontra-se em parte incerta desde a derrota dos dragões em Paços de Ferreira, onde foi titular. Oito jogos e zero golos depois, o FC Porto está obrigado a pagar seis milhões pelo seu passe e desesperadamente obrigado a pedir a alguém que tenha a gentileza de colocar uma tarja a dizer “Mete o Waris” num qualquer estádio nacional na próxima época.
Podia perfeitamente estar na corrida para a lista de craques do ano na eventualidade de não existir VAR. Em não podendo, o costa-marfinense cujo negócio vai custar ao Sporting qualquer coisa como 7,2 milhões por 70% do passe, arrisca-se a terminar a época com zero golos marcados no campeonato. Nas Taças, onde, a bem da verdade, foi mais vezes opção, as coisas correram melhor, ma non troppo: dividiu pela Taça de Portugal, Taça da Liga, Liga dos Campeões, Liga Europa e colossos como o Vilaverdense, União da Madeira, Steaua de Bucareste, Olympiacos e Astana os oito golos que tem em 28 jogos.
Título de notícia do diário “Marca” a 20 de Agosto de 2017: “Seferovic amenaza histórico récord de Eusébio”. Título de notícia do diário “Record” a 20 de abril de 2018: “Seferovic e namorada rendidos ao charme de Lisboa”. Assim vai a marcha do marcador da época do suíço no Benfica. Eu própria, em agosto, escrevi que Seferovic não era “de esferovite”, um erro tremendo na medida em que o homem se foi esfarelando ao longo da época. Começou com quatro jogos oficiais seguidos a marcar, ameaçou o recorde de cinco consecutivos de Eusébio (e Nolito, já agora), mas depois de Rui Vitória mudar o sistema tático de 4-4-2 para o 4-3-3, o helvético de ouro tornou-se em pirite: não marca desde dezembro frente ao V. Setúbal, num jogo da Taça da Liga. No campeonato a seca ainda é maior, já que não sabe o que é fazer um golo desde Outubro.
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