E assim se jogou mais um clássico

Rui Gomes, em 02.10.17

O primeiro clássico da época acabou empatado e há duas formas de o encarar: o FC Porto pode lamentar os dois pontos que deixou em Alvalade pelos 45 minutos atacantes, dominadores e rematadores que fez; o Sporting pode contentar-se por ser a primeira equipa a travar os dragões no campeonato pelo cansaço e falta de ritmo que foi acusando.

DECLARAÇÕES DE JORGE JESUS, em sinopse:

Resumo do jogo: "Na primeira parte, o FC Porto melhor. Na segunda parte, o Sporting melhor. Na primeira parte alguma dificuldade do Sporting em entrar na velocidade do FC Porto, acho que se notou que o jogo com o Barcelona deixou alguma fadiga. Mais tarde, as equipas ficaram niveladas em termos físico e o jogo passou a ser outro. Foi um excelente jogo, sem golos é verdade, mas ficou mostrado que até hoje o Sporting e o FC Porto são as melhores equipas".

O resultado: "Não é o resultado que queríamos, porque pretendíamos acabar esta jornada no primeiro lugar, mas hoje compreendo que alguns dos jogadores do Sporting não tivessem estado ao nível deles. E quando defrontas o FC Porto, que é uma equipa forte, e consegues equilibrar o jogo é sinónimo que estiveste bem. O Sporting esteve bem defensivamente, o FC Porto também. Até hoje são equipas a quem é difícil marcar golos".

Os adeptos: "O Sporting devia ser um caso de estudo, falando de adeptos. Tantos anos sem ganhar títulos de forma consecutiva e cada vez parece que há mais sportinguistas. Parabéns a eles".

Ser campeão, disse Sérgio Conceição: "Quando dizemos certeza, não é certeza absoluta. O que temos é convicção. O treinador do FC Porto tem convicção que será campeão, a mesma convicção do treinador do Sporting e, julgo, a mesma do treinador do Benfica".

Tags:

publicado às 06:03

Comentar

Para comentar, o leitor necessita de se identificar através do seu nome ou de um pseudónimo.

navegação

64 comentários

De Rui Gomes a 02.10.2017 às 14:57

Caro Julius,

Nem o desgaste nem a diferença entre adversários explica tudo.

Estamos ainda na fase inicial da época, temos muitos meses de competição pela frente e, em especial, a travessia do Inverno que exige muito mais às equipas.

A questão que mais me confronta é a dúvida se temos plantel para manter qualidade competitiva ao longo de toda a época, tendo em consideração que, como usual, Jorge Jesus tem apostado e vai continuar a apostar nos seus preferidos 13/14 jogadores. Ele faz sempre isso e não vejo nada que me possa persuadir que não fará o mesmo esta época.

Fábio Coentrão seria um excelente reforço mas está preso por arames. De semana a semana a sua disponibilidade física estará sempre em dúvida.

Jonathan Silva dá tudo o que tem para dar, mas como bem sabemos tem as suas limitações.

Battaglia tem vindo a progredir, especialmente no contexto defensivo, mas nunca será o "8" que Adrien Silva era, por ser tecnicamente limitado. Um dos problemas no jogo de ontem foi precisamente isto.

Bruno Fernandes, para render, terá forçosamente de jogar mais adiantado no terreno sem a exigência absoluta de vir atrás recuperar bolas. Como Jesus o tem vindo a utilizar, é dos jogadores que acumula mais quilómetros no relvado e o desgaste ao longo da época é inevitável, com a equipa a sofrer por consequência.

Fala-se muito em Bas Dost e é verdade que carece de confiança neste momento, mas a realidade é que não está a ser servido. Ontem houve 3/4 tentativas, nenhuma delas de verdadeira qualidade. O facto de ter sido suplente nos jogos da Champions, por opção estratégica de Jesus, é contraproducente. Temos o segundo melhor marcador da Europa, que quase batia Messi, e nos grandes jogos é suplente ?... Não duvido, minimamente, que se Doumbia estivesse estado apto para o jogo de ontem, seria ele o titular, novamente opção táctica de Jesus.

Estamos a depender de mais em Gelson e Acuña nas alas, tornando-os previsíveis para as defesas adversárias. Invariavelmente, especialmente Gelson, é obrigado a jogar excessivamente encostado à linha e tem 2/3 a fazer cobertura defensiva.

O nosso banco é o que é graças a Jorge Jesus, com o apoio do presidente que, como já referi, faz-lhe as vontades todas. No mercado de Janeiro iremos ter mais contratações a pedido do treinador. É o seu forte... exigir jogadores.

Bem... poderia dizer muito mais, mas vou ficar por aqui neste momento.

De mike1906 a 02.10.2017 às 15:07

Concordo consigo quando diz que dependemos demasiado de Acuna e Gelson. Apenas acrescento que o problema se torna mais preocupante quando verificamos a forma de Gelson a cair a pique.

Ontem não conseguiu fazer nada de palpavel até ao min 82, quando fez o seu 1º cruzamento do jogo.

De juliuscoelho a 02.10.2017 às 15:53

Neste caso no jogo de ontem a diferença de desgaste entre equipas explica grande parte da nossa menor prestaçäo e nao podemos esconder essa realidade em que sustentei em pormonor os motivos.

Quanto á qualidade do nosso banco a conversa é outra bem diferente.
Sempre disse que a nossa epoca estará em.muito dependente dos nossos alas,centrais e extremos nao se lesionarem e manterem-se minimamente operacionais ,serao quase sempre os mesmos a ir a jogo porque as opçoes sao de muito menor qualidade.

JJ trompeou-se na escolha dos Matheus mandou o bom embora e ficou com o viläo .Ficou com o Bruno César e mandou embora o Geraldes.
Falamos ja muito de Jonatham é sinal que Coentrao nao tem estado muitas vezes presente.
Battaglia esteve bem contra o Barcelona e ontem queria mas nao podia.
A grande falha tem sido o Alan Ruiz JJ apostou muito nele e seria uma excelente soluçao para a equipa principalmente para Bas Dost.
BAS Dost caiu com a queda do Alan e esse preguiçoso nao entende que a equipa e o treinador o necessitam.

Ontem nao existiu capacidade fisica para garantir intensidade para ligar o nosso jogo.
Levamos à maior parte do jogo (obrigada) a gerir o tempo e os processos defensivos.