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Ser Sporting não se implora, não se ensina, não se espera, somente se vive... ou não.
Rodrigo Roquette, num texto, transcrito aqui no Camarote Leonino, faz uma apreciação negativa, devido à falta de ideias claras e objectivas pelas candidaturas, que até agora se apresentaram a eleições, e enumera uma série de sugestões, que poderiam fazer parte de um programa a apresentar aos sócios.
Num post que aqui escrevi, a propósito da candidatura de Francisco Varandas, intitulado Candidatura: A montanha pariu um rato? escrevi: "Na forma, pareceu-me haver uma grande preocupação com os efeitos visuais, o que talvez fosse dispensável. Mas isso é o menos relevante. Já quanto ao conteúdo, o achei algo vazio. Para uma candidatura que tem sido anunciada com pompa e circunstancia, vejo apenas no campo das ideias uma muito vaga enumeração de linhas gerais, inteiramente expectáveis, e de qualquer candidato".
Indo um pouco ao encontro das críticas de Rodrigo Roquette, que subscrevo, o que disse sobre a candidatura do Dr. Varandas, aplica-se aos outros candidatos, com o mesmo show-off e o vazio de ideias, ou dizendo de outro modo, com a inexistência de um projecto objectivo.Até este momento, procura-se captar o voto do eleitor, com a parafernália de apoios sonantes, ou com a apresentação de nomes de treinadores, como o às de ouros de um baralho de cartas.
Esse tipo de trunfos eleitorais, pode convencer alguns eleitores, mas parece-me que não é a principal razão para motivar o voto em qualquer candidatura. Não passa de fogo fátuo. Como escrevi no post Não é tempo de aventureirismos, quem quiser ganhar as eleições "tem de ter um projecto consistente e credível" . O que me parece, até este momento, é que os candidatos se limitam a mostrar desejo e ambição de ocupar o lugar da presidência, com muito foguetório e pouca substância. E desculpem-me a comparação: passa a ideia de putos pequenos a dizer, a minha é maior que a tua. Mas, salvo melhor opinião, isto é um assunto de homens.
Sem me debruçar especificamente sobre as medidas apresentadas, como ponto de partida, para elaboração de um projecto coerente e realista, admito que muitas delas fazem sentido, precisando de ser estruturadas e adequadas à verdadeira situação do Clube. Constituem um bom ponto de partida, para uma reflexão séria sobre o que queremos para o Clube, e como o queremos ver dirigido. Haverá outras que não passam de demonstração de meras utopias, sem pôr em causa a boa intenção.
Deixo, para terminar, algumas interrogações. O que pretende Rodrigo Roquette, cujo currículo desconheço, com esta reflexão? Contribuir apenas para um debate, até agora muito pobre? Ou não haverá outros objectivos que estejam inclusive a ser lançados, como uma semente, para o aparecimento de uma eventual candidatura?
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