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Neste momento, o futebol é uma indústria gigante que envolve muitos milhões e da qual desfruta muita gente, mas não é uma indústria produtiva, no sentido de contribuir para a produção de bens e serviços necessários à sobrevivência da humanidade.

Vive-se de pão, mas não de futebol. Apesar disso, a situação da actividade desportiva não deixa de ser de enorme complexidade. Numa situação limite, se acabasse, provocaria uma catástrofe económica, pelo número de pessoas que colocaria no desemprego.

Mas não duvidamos de modo algum que a actividade desportiva irá continuar, não apenas pelo peso económico que representa, mas pelo papel que desempenha na componente lúdica, bem inerente ao ser humano. Contudo, não pode sobrepor-se às necessidades de sobrevivência. Em primeiro lugar estão as vidas humanas, sem as quais nada existe.

Deste modo, o futebol só pode voltar aos estádios em absoluta segurança. É certo que a natureza humana, com o seu inerente egoísmo, não vai querer perceber que é tempo de pôr de parte rivalidades para salvar o desporto. Quando a situação melhorar, cada qual vai querer "puxar a brasa à sua sardinha" e a guerra entre "tribos" vai voltar. Não me parece fácil a resolução do problema.

Ou se resolve terminar as provas ainda em disputa, e reajustar todos os calendários, ou se anulam todas as provas para efeito de atribuição de títulos, salvaguardando a continuidade das competições europeias, através de um acordo entre todas as federações. Mas, tendo em conta os interesses envolvidos, é um bico de obra.

Texto da autoria de Nação Valente

publicado às 05:03

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9 comentários

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De Leão Zargo a 05.04.2020 às 12:03

Caro Nação Valente

É um facto, agora estão em causa vidas humanas e isso é que tem de prevalecer. Os pequenos e grandes problemas, os que nunca foram resolvidos e que se arrastam no tempo inquinando tudo e todos, e os que pela sua natureza nunca serão ultrapassados, em breve estarão aí de novo. Aliás, basta ler algumas declarações de dirigentes de clubes para perceber que aguardam a ocasião para conflituar como sempre.

No entanto, uma crise gravíssima como esta deixará marcas, e talvez permita encontrar plataformas de entendimento que anteriormente não foi possível alcançar. No fim de contas, o mundo mudou sempre e continuará a mudar, a evoluir (ou a regredir). Oxalá as mudanças sejam no sentido do humanismo e da democratização política e social, com um efeito poderoso nas actividades económicas e desportivas, nomeadamente.

Um grande abraço e votos de muita saúde
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De Rui Gomes a 05.04.2020 às 12:38

Caro Leão Zargo,

Correndo o risco de ser acusado de ser cínico, uma vez que se encontre uma resolução para a pandemia, as consequências financeiras e económicas só serão sentidas a curto prazo. Passado algum tempo, tudo voltará ao mesmo.

Assim é a sociedade global e nada a vai mudar...
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De Naçao Valente a 05.04.2020 às 17:18

Caro Leão Zargo,
Gostaria que desta crise sanitária e económica resultassem entendimentos acima da clubite, como admite. Mas não estou convicto que assim será. E se a nível político as circunstâncias possam gerar soluções inovadoras, como já tem acontecido, tenho mais reservas que isso aconteça no mundo do desporto..

Não vejo nos dirigentes desportivos, e na irracionalidade do adepto, que muitas vezes se sobrepõe ao homem, discernimento para colocar acima da rivalidade doentia, o interesse geral. Espero estar enganado.

Desejo que continue bem, e a animar este espaço com boas histórias do passado para muitos, desconhecidas. Abraço.
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De Carlinha MR a 06.04.2020 às 20:37

Não poderia concordar mais consigo, meu caro LZ!
E com isto, subscrevo-lhe a respeito do texto muito sensato como sempre do nosso estimado Nação Valente!
Beijinhos aos dois, votos de muita saúde e de protecção constante!
Carlinha

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De Perry a 05.04.2020 às 12:24

E mais, as fortunas que se pagam no desporto vão deixar de ser pagas, não vai haver rentabilidade para isso. É bom que os dirigentes do Sporting, consigam ajustar os orçamentos e os seus ganhos pessoais para níveis compatíveis com a subsistência do clube, é lógico que os contratos têm que se cumprir, mas quem conseguir fazer a adaptação correcta vai ter muitos ganhos no futuro, duvido que a Champions, venha a dar os dinheiros que tem dado. Acredito que os grandes clubes europeus tentem no futuro, depois de haver a vacina do vírus, criarem uma liga própria para eles. Penso que se isso acontecer Portugal só terá um representante ou nenhum, somos um país mais pequeno que Espanha 7 X, do que França 10 X, etc, etc.
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De Rui Gomes a 05.04.2020 às 12:34

O futebol. com a sociedade, só serão afectados num futuro próximo, depois voltará tudo à "normalidade".

As operadoras televisivas precisam do futebol, tanto como o futebol precisa delas, e aí reside o epicentro financeiro.
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De Naçao Valente a 05.04.2020 às 17:29

Caro Rui,

Obrigado por dar relevância ao meu texto/comentário. Concordo que passado o período da epidemia, tudo voltará, em certo sentido à normalidade. O que não sabemos é quais serão as condicionantes dessa normalidade.
Quanto ao comportamento de dirigentes e adeptos, duvido que haja grandes mudanças. Para além disso o negócio move muito dinheiro quer para os clubes, quer para os países. E se for necessário que o poder político ponha ordem nos interesses particulares, ligados ao futebol.

Tudo de bom.

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De António Vieira a 06.04.2020 às 21:31

Concordo com o conteúdo do texto, só o que não aceito é considerar o futebol uma industria porque como diz "mas não é uma industria produtiva" eu penso que é mais um comercio, onde se negoceiam e se troca-se seres humanos sem que os mesmos muitas das vezes não tenham voz activa sobre a sua vida...

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