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Ser Sporting não se implora, não se ensina, não se espera, somente se vive... ou não.
Se se quiser encontrar bodes expiatórios, o presidente Varandas está na lista, porque é o primeiro responsável pelo que se passa no Sporting. Mas se quisermos ser honestos na análise, no SCP existem órgãos colegiais, que são responsáveis pelas decisões. Estou certo que a vinda de Amorim para o Clube, assumida por Varandas, resultou de conselhos de pessoas que faziam parte da estrutura desportiva.
O mesmo se terá passado com João Pereira. Contratado como jogador, para terminar a carreira de futebolista, e iniciar a de treinador nos escalões inferiores, onde milita há anos, com o intuito de substituir Amorim, numa transição programada. A saída deste, de forma abrupta e criticável, fez despoletar a entrada de João Pereira, antes do que estava previsto.
Isto são os factos, para além da espuma de todas as discussões. E se não se pode atribuir unicamente a Varandas, os louros da contratação de Amorim, porque correu bem, também não se pode atribuir-lhe toda a responsabilidade, do eventual falhanço do novo treinador. Como aconteceu com Amorim, esta decisão foi, quase de certeza colegial. Se for um erro de casting há vários responsáveis.
Ao contrário dos muitos especialistas cá do burgo de tudo e mais umas botas, confesso a minha incapacidade para responsabilizar seja quem for, sem provas provadas. Se João Pereira falhar na missão que lhe entregaram, então falha muita boa gente. Falham os que desenharam esta solução, e falham aqueles que a executam. E aqui responsabilizo todos os executantes, desde os que dirigem aos que têm que executar, os jogadores. Apercebo-me que há muito tempo que diziam que esta equipa até jogava de olhos fechados. Em certo sentido concordo, embora a expressão seja exagerada, pois como se explica, que de um dia para o outro, nem saibam jogar de olhos abertos. Muito estranho.
Quero acreditar na tese do nosso amigo Leão do Norte, que acentua que a equipa, se bem o interpreto, mais que de tácticas, precisa de tratamento psicológico. Também sou levado a crer, que estes jogadores, (e é mais uma teoria), sofrem da perda do paizinho, e não são capazes de fazer o luto. Seja como for, atribuir a J. Pereira todas as culpas, parece-me desculpa de mau observador, até porque o rapaz não é nenhum génio do mal. Mas para além dos eventuais erros cometidos, há uma coisa que João Pereira não tem tido. Chama-se estrelinha. Até isso, o treinador “fujão” levou para lá de toda a equipa técnica. Não sei como escapou o roupeiro! E vá lá, continuem a incensá-lo, depois de ter puxado “fogo ao circo”.
E enquanto não chega o psicólogo, João Pereira precisa de dar um grande murro na mesa, senão, mais que erro de casting, vai acabar por ser destruído. O Sporting CP, aconteça o que acontecer, continuará, porque é eterno.
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