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Veremos como é que Andraz Sporar vai conseguir superar a actual situação, que parece ser de falta de confiança. À falta de um ponta de lança na linha avançada, o Sporting jogou em Portimão com Luciano Vietto no meio, Tomás descaído para a direita e um ala/extremo à esquerda. Creio que não era intenção original de Rúben Amorim jogar desta maneira, até considerando os alas/extremos que temos: Jovane, Nuno Santos, Plata, Tabata, Joelson e agora R. Camacho.

Mas, ainda mais do que a falta de um ponta de lança, preocupa-me a extrema juventude de vários jogadores do plantel. Receio que não tenham estabilidade competitiva em jogos cruciais, em particular com Benfica, Porto ou Braga. A presença de João Mário e Palhinha no meio campo pode ser muito importante neste contexto.

Rúben Amorim é grande adepto do 3x4x3. Em Braga teve sucesso, espero que no Sporting também tenha. Depende dele próprio e da capacidade de ser aplicado pelos jogadores.

O 3x4x3 tem a virtualidade de colocar cinco jogadores na fase ofensiva, numa espécie de 3x2x5. O mesmo acontece em situação defensiva. O sistema parece favorecer jogadores como Coates, que é um central lento, Porro e Nuno Mendes, laterais com pendor ofensivo, e avançados/alas como como Jovane e Nuno Santos que entram bem na grande área.

Também João Mário e Pedro Gonçalves ficam confortáveis com este sistema no papel de médio interior ofensivo. Mas, como sempre, é a qualidade dos jogadores em campo e a capacidade de concretizarem os movimentos previstos, adaptando-se sempre à dinâmica do jogo adversário, que ditará o sucesso ou o fracasso do modelo.

Texto da autoria de Leão Zargo

publicado às 04:18

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53 comentários

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De Schmeichel a 13.10.2020 às 10:32

Por norma não aprecio treinadores que só jogam com o seu sistema….. por exemplo não acho o Guardiola assim tão bom treinador, porque na prática joga o estilo que joga porque tem jogadores top que o permitem fazer esse tipo de jogo….. eu gostava de o ver aplicar esse estilo de jogo numa equipa pequena.

No caso do Sporting do Amorim acho sempre um risco jogar só com um sistema, viu-se por exemplo na Liga Europa que não conseguíamos controlar o meio campo, porque se é verdade que com este sistema ficamos com as laterais mais preenchidas, a realidade é que o meio campo fica menos ocupado. Neste aspecto a contratação do João Mário pode ser importante, mas mais importante é ter um jogador pulmão que corra muito e defenda muito, neste caso o Palhinha em detrimento do Matheus Nunes, jogador muito passivo defensivamente para a posição que ocupa.

Não concordo que este sistema goste de centrais lentos como diz o Leão Zargo, bem pelo contrário veja-se as equipas holandesas que criaram este sistema de jogo que jogavam com centrais rápidos, porque relembro ao jogar com laterais muito subidos e apenas com um médio defensivo, acontece em casos de diagonais ofensivas das equipas adversárias, os centrais precisam de se posicionar rápido a preencher os espaços vazios deixados pelos laterais. Relembro que temos jogado com o Coates, o Feddal e o Neto que são todos lentos, só o Eduardo Quadresma tem velocidade.
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De Leão Zargo a 13.10.2020 às 12:06

Schmeichel

Absolutamente de acordo quanto ao risco de jogar só com um sistema, embora deva haver aquele em que os jogadores estão mais rotinados e as suas movimentações mais interiorizadas. Na verdade, durante o jogo, os jogadores têm de se adaptar a diversas circunstâncias.

Eu não afirmei que o sistema 3x4x3 gosta de centrais lentos, que são sempre um problema. Considerando que Coates é um dos defesas titulares, parece-me que ele fica mais confortável com três defesas do que com dois, disfarçando melhor a sua lentidão. Claro que a velocidade de Quaresma (ou de Illori se não tivesse determinadas limitações tácticas) constitui sempre um factor benéfico e permite resolver inúmeras situações de jogo.

O 3x4x3 é muito difícil de implementar, por ser menos utilizado pelos jogadores ao longo da sua carreira, mas principalmente porque quem o aplica tem de ser versátil e culto tacticamente, com boa ocupação dos espaços e capacidade de pressão. Isto é válido para todos os sistemas, mas é ainda mais para 3x4x3.

Com quatro jogadores no meio campo também apostaria em João Mário e Palhinha. Mas, há Pote que pode tornar-se indispensável.
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De Schmeichel a 13.10.2020 às 14:25

Leão Zargo,

Uma coisa que não comentei foi a questão do ponta de lança…. cada vez mais o futebol moderno utiliza as bases do Futebol Total que foi apresentado pela Holanda, isto é, todos os jogadores podem aparecer em zonas de finalização, caso disso é o Liverpool que por norma joga sem ponta de lança fixo utilizando as movimentações dos avançados e médios para criar espaços nas defesas.

Dito isto, acho que para o campeonato português esta premissa não funciona porque jogaremos muitos jogos contra equipas fechadas onde só a movimentação não chega, caso disso o jogo do Setúbal época passada…. Para se ser campeão em Portugal temos de ter no mínimo 2 pontas de lança para precaver lesões ou castigos, e em particular jogos no Inverno à chuva ou contra equipas pequenas onde o futebol aéreo é essencial, não vejo no Sporting actual nenhum jogador com essas características.
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De Leão Zargo a 13.10.2020 às 14:45

Na verdade, Schmeichel, para além da juventude de grande parte do plantel, a situação do ponta de lança é a que mais me preocupa. As características do nosso futebol com equipas muito fechadas e os campos pesados no inverno torna necessário um ou dois pontas de lança com qualidade. Falta-nos um que constitua alternativa a Sporar.
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De Juskowiak a 13.10.2020 às 11:39

Bem... o bom sistema é aquele que ganha, e o resto é conversa.

Se há 10 anos Guardiola me dissesse que ia jogar em 4-6-0, ou lá o que era aquilo, fartar-me-ia de rir. E no entanto os resultados que alcançou falam por si.

Se Ruben Amorim for campeao, nem que seja em 0-0-10 então o seu sistema será um sucesso.

Continuo a insistir na ideia de que aquele meio campo está muito macio. Precisamos de jogar com um 6 a sério, do tipo alto, forte e generoso na arte da pancadaria.
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De Rui Gomes a 13.10.2020 às 12:06

Bem... o "tiki-taka" de Guardiola teve muito sucesso, mas em detrimento do jogo, assim como foi o "catenaccio" em tempos de outrora dos italianos.

Além do mais, ele tinha um lote fabuloso de jogadores ao seu dispor.

Uma das razões porque ainda hoje não sou fã de Guardiola, apesar de muitos o considerarem um grande treinador. À frente de equipas galácticas desde que saiu do Barcelona e ainda não conseguiu ganhar a Champions.

O futebol é um jogo muito simples que se tornou muito complicado com as "invenções" dos treinadores ao longo dos anos. À essência, qualquer sistema de jogo devia ser em função das características dos jogadores da equipa. Invariavelmente, no entanto, o treinador, qualquer treinador, decide antecipadamente o sistema de jogo da sua preferência e depois encaixa os jogadores nesse sistema.
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De josé antonio a 13.10.2020 às 13:16

Excelente análise, estou completamente de acordo.
Um treinador tem que se adaptar aos jogadores que tem no plantel , esse é que é o treinador.
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De Juskowiak a 13.10.2020 às 14:07

Rui, aceito que o Tikitaka e o jogar à italiana são sistemas menos vistosos, em termos do espetáculo, do que um 433, ou um 442.

Mas vejo o espetáculo como algo secundário, ou seja quando vou a Alvalade é para ver o Sporting ganhar, de preferência a jogar bonito, mas "só" quero é ganhar!

O que fica para a história são as taças que conquistámos e não as fintas do Futre e espero que as conquistas de RA, mesmo que jogue "feio", entrem no museu já para o ano.
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De Leão Zargo a 13.10.2020 às 15:21

Caro Rui

O Barcelona de Guardiola assentava em quatro jogadores excepcionais: Iniesta, Busquets, Cesc e Xavi. Diria que qualquer deles jogaria com qualidade extra independentemente do sistema.
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De Leão Zargo a 13.10.2020 às 12:17

Juskowiak

A grande vantagem de Palhinha pode decorrer dessa necessidade que refere. Mas, o 3x4x3 tem a virtualidade de ser um esquema que se desdobra facilmente em 5X4X1 quando defende ou num 3X2X5 quando ataca. O jogo interior do adversário fica bastante controlado.
Por essa razão, gostaria de ver Pote ao lado de JMário, talvez com uma missão menos ofensiva. Pote é muito evoluído técnica e tacticamente e acredito que fará o lugar com grande competência.
No 3x4x3 tanto se joga com dois médios interiores lado a lado com com um mais recuado (6) e outro mais ofensivo (8).

Mas, é como diz, "o bom sistema é aquele que ganha, e o resto é conversa".

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De Juskowiak a 13.10.2020 às 14:12

Ou Palhinha com Pote e João Mário à sua frente. Penso que o sacrificado deverá ser Matheus Nunes.

Isto se RA não persistir na teimosia de ter somente pesos-pluma no meio campo! É urgente meter um calmeirão à frente dos centrais, nem que seja o Doumbia!
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De Leão Zargo a 13.10.2020 às 14:48


Juskowiak, é importante ter um 6 com boa presença física, mas é ainda mais importante a reacção rápida à perda de bola e o equilíbrio entre linhas. O 3x4x3 é muito especial, não é defensivo nem ofensivo, mas exige maturidade táctica colectiva e individual, automatismos afinados nas transições defesa/ataque/defesa e grande capacidade de posse de bola (e de luta pela recuperação da bola).
Isto que afirmo não altera a conveniência de ter um 6 com um bom perfil físico, até para o recuo para posição defensiva e protecção dos defesas.
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De Rui Gomes a 13.10.2020 às 20:03

Juskowiak,

Não se trata de ser mais ou menos vistoso.

Quem é que quer ver jogos em cadeia com uma equipa a ter constantemente 80 a 85% de posse de bola? Era isso que o Barça de Guardiola fazia.

Resultou temporariamente porque era a única com esse sistema. Se tivessem surgido mais, matavam o futebol.
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De Paulo Salcedas a 13.10.2020 às 12:15

Não quero discutir as virtudes e defeitos do 3x4x3, todos os sistemas de jogo têm virtudes e defeitos, a questão é saber adaptar o sistema aos jogadores que temos e também ter a equipa preparada para outros sistemas em função dos adversários, o que foi o que não aconteceu por exemplo no jogo da LE com o Lask, em que se impunha claramente outro sistema/abordagem ao jogo.
Quanto à questão do 6, não quero apenas músculo, quero um jogador que saiba sair a jogar porque esse factor é importantíssimo na primeira fase de construção.
Creio que Palhinha reúne essas condições e pode ser uma mais valia no meio campo do Sporting.
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De Leão Zargo a 13.10.2020 às 12:26

Paulo Salcedas

De certeza que Palhinha reúne essas condições e RAmorim conhece-o bem. No Braga, normalmente jogava ao lado de Fransérgio com Esgaio e Sequeira nas alas.

Na linha avançada no Braga, Amorim tinha Paulinho com RHorta e Trincão, e no Sporting não sabemos se vai jogar com Sporar ou um ataque muito móvel com características diferentes. Lá está, os jogadores são determinantes.
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De Julius Coelho a 13.10.2020 às 12:57

Paulo o 6 nao tem propriamente que sair a jogar tem sim que saber meter a bola bem curto , medio e longa distancia , o Amorim previligia o jogo com muito apoio de passes curtos em constantes triangulaçôes ou passe de risco a rasgar e o 6 tem que ter essa tecnica que por exemplo Battaglia e Eduardo nao têm , Doumbia atrapalha-se e foge do risco do passe a rasgar preferindo com mais garantias lateralizar ou mesmo para tras.
Matheus Nunes e Wendel faziam-no muito bem com Coates a pivot e agora com Joao Mario ganhamos mais um elemento muito valido para esse tipo de futebol em que nao ficamos a perder com a saida do Wendel.
Quem sair a jogar naquela zona com adversários de topo pode ser suicidio.
Sair sim a jogar mas sempre em apoio com passes de primeira.
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De Julius Coelho a 13.10.2020 às 13:03

Com Palhinha metido no esquema ganhamos mais luta no meio campo e os espaços melhor preenchidos naquela zona mas perdemos a ratice do passe a rasgar e as boas triangulaçoes que "matam" o adversario , mas é uma opçao muito valida.
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De Leão Zargo a 13.10.2020 às 14:27

julius,

acha que essa "ratice" pode ser dada por Pote no lugar de Palhinha?
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De Julius Coelho a 13.10.2020 às 14:44

Boa pergunta , tenho a tentaçao de dizer que sim para esse aspecto mas temeroso pelas condiçâo do Pote que tem que estar muito bem fisicamente para a executar , só dessa forma pode fazer bem o lugar e entâo se for contra adversarios top o risco fica ainda maior tudo porque Pote ainda perde demasiadas bolas em zonas proibitivas. Ainda tem que melhorar nesse aspecto quando o conseguir salta para outra dimensâo.
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De Leão Zargo a 13.10.2020 às 14:58

julius,

tenho grande confiança na evolução do Pote, mas o que refere sobre a condição física é essencial. De certeza que mais tarde voltaremos a conversar sobre o Pote e sobre a importância dele no futebol do Sporting.
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De Julius Coelho a 13.10.2020 às 15:55

Todos nos sportinguistas estamos esperançados num Pote de enorme qualidade no futuro mas ainda lhe falta e agora este contra tempo de ter sido obrigado a parar devido ao virus foi um pequeno passo atras na boa condiçao que parecia ja estar , um dos motivos porque fomos eliminados pelos austriacos.

Bruno Fernandes tambem passou por essa fase e demorou a melhorar , o perder a bola com facilidade em zonas proibitivas.
Esperemos que o Pote reine com intensidade essa lacuna ou que melhor perceba onde e em que situaçao nao valha o risco.
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De Julius Coelho a 13.10.2020 às 12:31

Há muito para comentar mas Joao Mario vem certamente alterar em muito tudo o que Amorim tinha pensado antes da sua chegada nesta janela de transferencias.

Pretende-se que a equipa seja mais consistente independente das posiçoes dos jogadores no terreno e isso obriga a outro tipo de treinamento acima de tudo mental e fisico , o correr muito nao quer dizer que se corra sempre bem , o treinador tem á prova a sua capacidade de conseguir dar á equipa essa consistencia ao mesmo tempo que saiba melhor gerir o esforço de cada um , o correr pela ueva desgasta o jogador e os colegas que o acompanharam para nada e depois mais tarde chega a factura ainda a meio do jogo bem mais cedo que seria de prever.

O Porto é a equipa que melhor interpreta esse aspecto, a mais eficaz distribuiçao quase milimetrica dos seus jogadores no terreno que os ajuda a uma maior consistência de forma mais permanente sem terem que correr dispersados.
Um dos elementos base do jogo é a pressâo sem bola , para muitos que desconhecem ela começa de tras para a frente e nao da frente para tras , de tras vem a ordem dos colegas para correr ao espaço que em simultaneo e depois deles preenchidos os avançados fazem o mesmo e desta forma consegue-se fazer pressâo com menor desgaste.

A pressâo é fantástica de ver mas é o movimento que mais desgasta as equipas e tem que ser muito bem treinado para que depois nao andem com a lingua de fora ja a meio das segundas partes.

Temos um problema ainda nao resolvido na equipa e que deve dar enormes dores de cabeça ao treinador , no sistema de 3 centrais os alas tëm que ser de qualidade top e o mesmo com os centrais , é um sistema que obriga a muito tempo de treinamento , acontece que Feddal á esquerda ainda nao deu as garantias para que o Nuno faça mais vezes o corredor sendo esta uma das suas principais caractristicas e a equipa perde por isso , existe o remendo que é colocar um extremo veloz com tarimba que saiba fazer o mesmo corredor tambem a fechar como o caso do outro Nuno (Santos) mas obriga a um super desgaste e os 2 Nunos acabam os jogos substituidos.

Temos outros problemas que num outro dia com mais tempo poderei descrever e apresentar. ( como o outro diz ( na minha modesta opiniâo))
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De Leão Zargo a 13.10.2020 às 14:25

Julius

Como afirma, no 3x4x3 os alas têm de ter qualidade super, à direita ou à esquerda. Feddal tem os seus pontos fracos, mas Neto também terá. Curiosamente, o Barcelona de Cruyff tinha dois laterais (Ferrer e Sergi) no 3 da defesa.
Os extremos puros praticamente desapareceram, então os laterais têm de se reinventar e isso é permitido pelo 3x4x3. Mas exige-se intensidade, capacidade física para conseguirem fazer o corredor, ligação com os alas e colocação da bola na grande área com qualidade.

O FC Porto é forte por várias razões, nomeadamente por essa que refere: a organização no espaço do terreno sem a necessidade de grandes correrias. Correr muito não é necessariamente útil, com efeito.


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De Julius Coelho a 13.10.2020 às 14:57

O 3x4x3 transforma-se a defender num 5x3x2 ou muitas vezes num 5x4x1 nas equipas pequenas num 6x3x1.

Nas equipas que conseguem recuperar mais vezes a bola e estando na posiçao de 5x3x2 dependendo da zona da recuperaçâo a importancia aumenta quando do golpe de contra ataque ter que ser muito rapido , o passe bem medido para um dos 2 mais adiantados que ganham logo posiçao em chegar primeiro que o defesa para depois fazer a triangulaçâo no devolver o passe atras para o colega e lançar um dos corredores , se ganhamos a bola na esquerda é porque o adversario estava mais posicionado nessa zona assim o nosso lateral ou extremo do outro lado tem que sprintar a ganhar espaço para o tal lançamento que esta em movimento , nem precisam de se olhar .
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De Julius Coelho a 13.10.2020 às 14:58

Com muito treino e bons executantes dá resultado .
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De Leão Zargo a 13.10.2020 às 15:10

julius,

eu diria que SÓ com muito treino e bons executantes é que dá resultado. De outra forma, o melhor é optar por outra coisa!
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De Leão Zargo a 13.10.2020 às 15:08

O 3x4x3 é o sistema que melhor revela que o futebol se joga com cabeça. Como refere, é de grande versatilidade desdobrando-se com harmonia 5x4x1, por hipótese, ou num 3x2x5 ofensivo, também por hipótese. Provavelmente, a maior dificuldade da sua implementação está na transição defensiva pois implica uma grande dinâmica e coordenação colectiva.
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De Julius Coelho a 13.10.2020 às 15:22

Eu por acaso sempre apoiei mais o sistema 4 2 3 1 , preenche melhor os espaços mantem um bloco mais junto e melhor capacidade de resposta para os varios timings que o jogo obriga , este sistema engana qualquer adversario porque se torna multiple num ápice , permite a saida dos laterais mas deixando o seu espaço atras melhor protegido e a defenser é uma muralha .
Parece ficar mais problematico a atacar mas tudo depende da estratégia adoptar perante o tipo de adversario , obriga sim aos 2 jogadores á frente da defesa multiplas funçoes com um deles com ordens para sair porque tem melhores caractristicas para isso cada vez que a equipa recupere a bola.
Joguei sempre com esse sistema e dei-me muito bem

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De Leão Zargo a 13.10.2020 às 15:32

O 4x2x3x1 permite igualmente organização da equipa e da ocupação do terreno de jogo. Gosto principalmente dos tês médios que jogam perto do ponta da lança, tornando-se muito perigosos ofensivamente. Têm de ser muito bons tecnicamente, é claro. Deles, os dois alas têm de ser capazes de marcar o lateral adversário quando a equipa perde a bola.
Para mim, estes três médios ofensivos são o núcleo dinâmico da equipa num 4x2x3x1 e determinantes para o seu sucesso.
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De Julius Coelho a 13.10.2020 às 15:38

Confesso-lhe que adoro esse desenho estratégico , menos riscoso , mais homogeneo , mais unido e compacto e que mantem o adversario sempre alerta nao podendo subir com muitas unidades com a rapìdez que gostaria.
Treinei-o durante anos por isso o conheço de olhos fechados , os meus jogadores ja sabiam todos o que fazer mesmo os suplentes quando entravam
nao havia necessidade de correrias "locas" do desgaste pela ueva.
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De Julius Coelho a 13.10.2020 às 15:41

Nesse sistema sim, exige um ponta de lança de eleiçao que saiba jogar de costas para a baliza que seja forte contra a armada aerea defensiva adversaria e que conheça os timings e por ultimo que seja matador porque oportunidades nao lhe vao faltar em cada 90mts.
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De Julius Coelho a 13.10.2020 às 15:48

havendo boa condiçao fisica qualquer sistema pode funcionar , no 343 obriga a mais desgaste de alguns elementos e voltamos ao 4º homem, ao libero da equipa ao grande patrao que dobra todo o mundo que pauta as linhas do fora de jogo e as posiçoes das bolas paradas contra , que manda nas saidas da equipa , felizmente o Sporting tem um jogador (o unico) Coates que interpreta bem esse papel , na falta dele o esquema fica coxo.
Num adversario top matreiro que tenha nos corredores tambem jogadores muito rapidos e que aposte com extremos rapidos , Neto á direita e Feddal á esqquerda serâo pera dôce quando apanharem o Nuno e o espanhol desposicionados.
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De Leão Zargo a 13.10.2020 às 16:09

É interessante isso que refere do Coates. A propósito do 3x4x3, pensei na vantagem para o Coates por causa da proximidade dos outros dois defesas, mas o julius vê outros aspectos que resultam da capacidade de comando dele, o patrão da zona defensiva.
Vou observar com atenção a movimentação do Coates no jogo com o Porto, embora se saiba que ele estará com algum desgaste por causa da viagem para o jogo da selecção.
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De Leão Zargo a 13.10.2020 às 16:00

julius, um ponta de lança de eleição e matador... como o Acosta!!!
A propósito, parece-me que a equipa de 1999-00 jogava numa espécie de 4x2x3x1 com o Vidigal e o Duscher, embora este fosse mais ofensivo, depois Mpenza, Barbosa e De Francheschi (e ainda havia o Edmilson para uma das alas) e o matador lá à frente.
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De Leão Zargo a 13.10.2020 às 16:03

Ou o Delfim no 2 mais recuado.
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De Julius Coelho a 13.10.2020 às 16:12

Curioso que ia recordar-lhe o Delfim mas antecipou-se.
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De Leão Zargo a 13.10.2020 às 16:19

Tem razão, não se pode esquecer o O Delfim. Foi muito importante principalmente na 1ª volta e marcou golos preciosos de livre directo numa altura em que a equipa ainda não engrenava.
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De Julius Coelho a 13.10.2020 às 16:05

Sim, exactamente , apresentamos nesse ano varias vezes esse desenho tactico e que feliz ente tambem nos deu muito bons resultados.
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De Leão Zargo a 13.10.2020 às 15:51

Compreendo a sua opinião. Julgo que esse “desenho estratégico” é uma evolução do 4x3x3 e que pretende resolver os seus pontos fracos. Como o Julius afirma, o adversário tem de estar sempre alerta.
Uma outra vantagem pode ser a eficácia da pressão zonal. Apesar de requerer médios ofensivos de grande qualidade técnica e táctica, é bastante flexível como 3x4x3 e adapta-se bem à dinâmica da equipa adversária.
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De Julius Coelho a 13.10.2020 às 16:03

Sim claramente uma evoluçao do 4x3x3 , o Benfica foi campeâo com esse 4x2x3x1 com o Ramirez mais junto ao puro 6 espanhol Javi Garcia mas era sempre o Ramirez a sair quando ganhavam a bola e com o Paraguayo Cardoso a ponta de lança , nessa altura eu ja jogava faz tempo com esse sistema no Peru.
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De Julius Coelho a 13.10.2020 às 16:11

O Porto timidamente mesmo que o Sergio nao o demonstre com clareza joga (jogava) muitas das vezes nesse sistema com o Marega a ser a referência la na frente como homem mais adiantado .
O Corona a lateral era um engodo para o adversario.
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De Julius Coelho a 13.10.2020 às 17:00

Eu arrisco dizer que o 3 4 3 obriga a maior concentraçao e condiçao fisica , um sistema com maior risco , enquanto no 4 2 3 1 o sistema pode aguentar melhor uma menor condiçao fisica , melhor rentabilidade de um plantel que ja seja mais limitado .No resumo o 3 4 3 nao se compadece nem espera melhor forma da equipa , o 4 2 3 1 disfarça melhor e pode esperar que a equipa va melhorando a sua condiçao fisica e a eficacia dos movimentos.

De todas as formas o importante sao as dinamicas e as sub-estratégias ( os planos individuais) que o treinador tem para cada um, que fazem depois mover essas mesmas dinamicas .
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De Leão Zargo a 13.10.2020 às 17:24

Julius
Tem razão quanto à concentração e à condição física e eu acrescento coordenação e rotinas de movimentos. Mas jogadores como os do Sporting possuem cultura e conhecimento do jogo.
O 3x4x3 favorece uma certa ocupação do meio campo adversário, e isso pressão sobre a bola e boa gestão do espaço. Para isso é indispensável uma condição física irrepreensível e uma eficácia na coordenação dos movimentos.
Uma maior proximidade entre os jogadores ajuda a superar algumas debilidades do sistema em caso de menor condição física.
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De Anónimo a 13.10.2020 às 16:16

Com os jogadores que temos o melhor mesmo é o 4x2x3x1. Os 3 defesas devem ser defesas e não "centrais".Não os temos Mas temos 6/7 jogadores de enorme categoria que devem ser a espinha dorsal da equipa

Addan

Porro - Coats - Feddal - Nuno Mendes

Palhinha (Mateus) - Pote (Bragança)

Jovane (João Mário) - João Mário(Vietto) - Nuno Santos (Pote)


Sporar ( Tomaz)

Chegar ao Natal na luta e depois podemos ser mais experientes e mais abertos na hora de atacar
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De Rui Gomes a 13.10.2020 às 16:23

Não deixa de ser curioso que continuam a surgir leitores que recusam/esquecem identificação para comentar.

Na próxima vez não será publicado.
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De Luis Moreira a 13.10.2020 às 17:07

Luis Moreira. Desculpas.
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De Julius Coelho a 13.10.2020 às 17:14

Luis , estamos de fora e nao vemos nem ouvimos o que faz e pensa a actual equipa tecnica do Sporting ,

Podemos sim opinar e arriscar essas mesmas opinôes , eu por exemplo arrisco que perante o quadro de plantel que Amorim tem á sua disposiçâo e vendo claramente a falta de um ponta de lança matador com tarimba foi o motivo que o levou a arriscar a mobilidade de mais avançados e partir para o 3 4 3 , acredito que se tem chegado esse avançado ponta de lança nesta janela e se as caractristicas desse jogador fossem a experiencia , saber jogar bem de costas para a baliza adversaria, matador e guerreiro nas bolas aereas o Amorim reconsiderava o 4 2 31.
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De Rui Gomes a 13.10.2020 às 17:29

Duvido muito Julius. Mesmo com esse chamado "matador" ele continuaria a alinhar no sistema actual.

Parece-me que ele pretende insistir neste sistema, leve o tempo que levar à equipa a ganhar a dinâmica desejada.
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De Julius Coelho a 13.10.2020 às 17:40

O importante é estarem todos fisico e mentalmente bem , solidarios e comprometidos com o que acordaram no balneário , mas so mesmo os melhores tecnicamente podemo jogar nesse sistema de maior exigencia do passe de risco quando la atras é um ai jesus nas saídas , é aí nessa zona e na fase de saida que fico mais apreensivo no sucesso do sistema .

Agora o adversario é o Porto e para piorar a situaçâo é precisamente nos centrais que estamos com inumeros problemas , ja temos poucos e desses 2 estao para ja descartados e ainda vamos ter um Coates em periodo de reanimaçao depois de jogos e viagens no outro lado do Atlantico.

Teremos que ser mais conscenciosos uns com os outros audazes mas responsáveis e acima de tudo muito solidários com muito espirito de sofrimento , eles, se fazem um golo primeiro ,....."ya fuiste"!! .
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De Leão Zargo a 13.10.2020 às 16:55

Considerando a constituição do plantel, o 4x2x3x1 parece ser o mais indicado, mas Rúben Amorim escolheu um sistema muito diferente. Há transição com o 4x3x3, mas não há com o 3x4x3. O RAmorim conhece os jogadores e fez as contas. Para o trio de defesas ainda tem a possibilidade de adaptar Borja ou o próprio Nuno Mendes.

Mas, na verdade o 4x2x3x1 é onde eu vejo mais possibilidades para Matheus Nunes jogar e onde há boas alternativas para o trio de médios ofensivos. Mas, não me parece que seja levado à prática pois as rotinas são diferentes do que está a ser treinado diariamente.

Tem de se identificar com um pseudónimo.

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De Leão do Norte a 13.10.2020 às 21:12

Correndo o risco de me repetir face a outros posts gostaria de deixar dois desejos sobre este tema.
Um é que o Rúben Amorim não se torne "fundamentalista" de um sistema e que tenha a "maleabilidade táctica" para perceber que deve ser ajustado conforme as circunstâncias do jogo e em algumas ocasiões conforme as equipas adversárias.
A outra é que, nestes "espartilhos" tacticos, não se perca o talento do Pedro Gonçalves. Este "miúdo" joga tanto!
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De Leão Zargo a 13.10.2020 às 21:31

Leão do Norte,

nesta questão de sistemas tácticos, como tudo na vida, fundamentalismos não ajudam a encontrar as melhores soluções em cada momento. Isso é certo.
Também desejo (e muito) que não se perca o talento do Pedro Gonçalves. Trata-se de um belíssimo jogador.
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De Leão do Norte a 13.10.2020 às 22:38

Nem de propósito, e sobre este tema, acabei de ouvir umas declarações de Sven-Goran Eriksson sobre a realidade dos sistemas no futebol e que podem espelhar a ação do Rúben Amorim.

"Quando iniciei a minha carreira o sistema era tudo, fazia as substituições dos jogadores em função do sistema e nunca ao contrário.
À medida que fui progredindo na carreira e lidando com melhores jogadores fui mudando a ideia. O sistema é importante mas os jogadores são mais importantes. E quanto melhores forem os jogadores mais tens de aproveitar as características deles e não obrigá-los a cumprir o teu sistema. E chegas ao ponto em que escolhes o sistema que melhor se adequa aos teus jogadores."

Ora atendendo ao ponto da carreira dos dois treinadores até à data e percebendo o percurso de Eriksson, muito provavelmente podemos perspectivar o futuro "ideológico" de RA.
Esperemos nós sportinguistas que o Sporting construa planteis que façam Rúben Amorim perceber, enquanto é nosso treinador, que já tem jogadores com qualidade suficiente para se "imporem" ao seu sistema.

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