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Ser Sporting não se implora, não se ensina, não se espera, somente se vive... ou não.
Miguel Braga, Responsável de Comunicação do Sporting, no programa Raio-X da Sporting TV, esta segunda-feira, descreve em pormenor o incidente que constou da confrontação a Frederico Varandas, logo após o presidente falar à comunicação social, no Dragão.
"Eu estava ao lado do presidente e vi todo o incidente, não me contaram, eu vi! Frederico Varandas foi à sala de imprensa dizer o que muitas pessoas em Portugal pensam e não têm coragem de verbalizar. O que passou a seguir é digno de um filme de classe B. Após o presidente exercer um direito que está na constituição de falar na sala de imprensa chegamos à garagem para nos dirigirmos ao autocarro que estava a cerca de 30 metros.
Aí irrompe um Vítor Baía que estava muito irado e tresloucado a insultar o presidente do Clube. Estamos a falar aqui de um antigo internacional português que é vice-presidente e administrador do FC Porto. Vítor Baía agrediu verbalmente o presidente do Sporting e não estava sozinho, vinha com outros elementos que nem sequer se sabe quem são, uns a tentarem agarrá-lo e outros a empurrarem-nos.
Fiquei mais espantado depois quando chegou o Sérgio Conceição a insultar o presidente do Sporting. Todos já vimos o treinador do FC Porto nos estádios, agora pensem numa zona sem câmaras - um pormenor maquiavélico -, atrás do Vítor Baía com as mesmas palavras e a mesma agressividade.
No meio da confusão vi o presidente parar e a dizer a Vítor Baía que não tinha medo e desafiou-o a dizer alguma coisa enquanto pegava no telemóvel. Nesse momento irrompe por trás do presidente o Rui Cerqueira fazendo voar o telemóvel e a carteira. Eu ainda tentei-me chegar ao telemóvel e fui empurrado por elementos sejam seguranças, Super Dragões, funcionários, seja o que for pois nunca se percebe quem é quem no Dragão.
O Vitor Baía chegou a cabeça ao presidente. Foi inenarrável e depois não têm a coragem de admitir, podiam ser homenzinhos pois há testemunhas. Não sei se o Sérgio Conceição negou, mas já veio alguém dizer que apenas 'mandou uma boca'. E depois ainda veio Rui Cerqueira vitimizar-se quando foi o responsável pelo telemóvel e a carteira terem caído, não foi uma leve palmada na mão. O telemóvel desapareceu e não há magia, apesar de ser o Estádio do Dragão. Ver estes senhores fazerem-se de virgens ofendidas...
Eu nunca vi elementos credenciados a baterem em jogadores, agora há esta maçada de estar tudo filmado. Depois há a polícia... Pelo menos em Lisboa quando se vê alguém a bater num jogador será detido na altura, ou logo em seguida, mas aqui viu-se uma total impunidade. Até tivemos alguns assistentes a gabarem-se de terem batido em jogadores do Sporting!
É segunda-feira e há várias autoridades que já se deviam ter pronunciado e até agora nada. No caso do Vítor Baía, temos agressões verbais e tentativa de agressão física; em relação ao Sérgio Conceição, a agressão verbal; com o Rui Cerqueira, houve a agressão física e tirou o telemóvel ao presidente.
Sobre os indivíduos de colete azul que agrediram Matheus Reis não se sabe quem são, mas um sabe-se quem é pois até foi para uma rede social onde disse que o Matheus não o cuspiu. É difícil perceber como as coisas chegaram a este ponto, mas é uma consequência da inacção das autoridades. Esperamos que tudo isto tenha consequências".
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