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Ser Sporting não se implora, não se ensina, não se espera, somente se vive... ou não.
O Estádio José Alvalade inaugurado no dia 10 de Junho de 1956 tornou-se no local de encontro de várias gerações de sportinguistas. Sendo um invulgar fenómeno simbólico, constituiu o espaço social e o cenário desportivo de grandes momentos históricos do Sporting Clube de Portugal. A construção do Estádio foi uma verdadeira história de amor e paixão, que faz recordar um fado muito popular nessa época cantado por Carlos Ramos: “O amor é louco / não façam pouco / desta loucura”. Coisa de loucos apaixonados!
Curiosamente, o hábito de chamar “lagartos” aos sportinguistas está relacionado com o financiamento da construção da obra. Os benfiquistas chamaram “lagartos” aos títulos de subscrição, em virtude da sua cor e características gráficas. Numa verdadeira acção de marketing, o jornal Sporting de 10 de Fevereiro de 1951 proclamou que “cura-se a ferida com o pelo do mesmo cão, como é vulgar dizer-se” e determinou que “doravante, adopta-se (para os títulos) a designação de LAGARTOS para mais facilmente a propaganda atingir os seus objectivos”.
A verdade é que nos dias de jogo do Clube, nas proximidades do campo de futebol, ouvia-se exclamar a plenos pulmões “olhó lagartinho” ou “comprem o lagarto”, adquirindo a expressão outro significado aos olhos apaixonados dos leões. Entre os sportinguistas de há 30 ou 40 anos ainda era frequente chamarem-se de “lagartos” entre si, era como falar da concretização de um sonho. Através do Plano Financeiro, os “lagartinhos” angariaram uma verba de 7 716 539 escudos, ficando a construção em 25 mil contos.
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