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Ser Sporting não se implora, não se ensina, não se espera, somente se vive... ou não.
Achei alguma (não muita) piada ao relato de Fernando Santos sobre uma conversa sua com João Palhinha na altura do particular com a Espanha, no início deste mês.
Instado pelos jornalistas em Budapeste a comentar a exibição do "leão" frente à França, o seleccionador nacional, entre alguns elogios pouco claros, teve isto para dizer:
"Naquele momento achei que o João era o jogador ideal para entrar. Não podemos individualizar. O João está a melhorar muito e tem uma capacidade de ouvir e tentar perceber. No jogo com a Espanha, ele entrou como se estivesse a jogar no Sporting, com três defesas-centrais atrás. No Sporting, os dois médios têm de sair no adversário sistematicamente porque se passarem por eles ficam os três centrais. A jogar a quatro, crias um problema atrás se sais. 'Estás a jogar a quatro, não estás a jogar no Sporting'.
Ele quis falar comigo logo depois do jogo mas eu não gosto de falar nessa altura. No dia seguinte encontrei-o e ele e disse-me: 'Já percebi tudo porque estive a ver o jogo'. Quando se está habituado a uma rotina, é difícil voltar atrás. O João é um jogador muito bom, mas ainda pode crescer".
A ouvir Fernando Santos, quase que se fica com a ideia que Palhinha nunca antes tinha jogado à frente de quatro defesas.
Creio, fundamentalmente, que o seleccionador escolheu as suas palavras cuidadosamente para de algum modo justificar a sua pouca utilização do jogador do Sporting, até à segunda parte do embate com a França. Aliás, se a memória não me trai, contra a Hungria foi para a bancada.
E apesar da sua boa exibição contra os franceses, não o espero ver como titular contra a Bélgica. Se Danilo estiver fisicamente apto, será ele a desempenhar a função de "6".
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